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Governador destaca potencial do Paraná na produção de alimentos nos 50 anos da Cargill

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Empresa teve a primeira fábrica no País instalada em Ponta Grossa. Durante o evento, também foi inaugurada a unidade cogeradora de energia que abastecerá 80% da planta

O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta quinta-feira (23) do aniversário de 50 anos da inauguração da fábrica da Cargill no Paraná, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Foi a primeira unidade da multinacional norte-americana instalada no Brasil, em 1973.

Ele destacou a importância da empresa para o setor agropecuário, unindo alto padrão de produção e sustentabilidade. Durante o evento, a empresa inaugurou uma unidade cogeradora de energia, com investimento de R$ 35 milhões.

Ratinho Junior afirmou que o Brasil, e em especial o Paraná, tem grande potencial para suprir a necessidade de produção de alimentos para garantir a segurança alimentar nos próximos anos. “O mundo precisa produzir 20% a mais de alimentos nos próximos dez anos para alimentar o crescimento populacional. Disso, 80% serão produzidos na América Latina e 70% devem ser produzidos no Brasil”, afirmou o governador.

“O potencial do Paraná e a expertise de empresas como a Cargill garantem um futuro promissor, de geração de empregos, renda e segurança alimentar para a nossa população”, completou.

Ele também elogiou a nova estrutura sustentável da fábrica. “Somos o estado mais sustentável do Brasil, eleito duas vezes pelo Ranking de Competitividade dos Estados e sendo referência para o mundo em sustentabilidade, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), porque temos iniciativas públicas e privadas alinhadas pela preservação da natureza”, disse.

O presidente da Cargill no Brasil, Paulo Sousa, falou sobre a importância da parceria com o governo estadual. “O Governo do Paraná tem sido um grande parceiro. O Estado tem ótimos atrativos para as empresas investirem e vontade de fazer as coisas acontecerem, o que é muito importante para o setor produtivo”, afirmou.

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Ele também afirmou que a unidade cogestora, inaugurada nesta quinta, deve fornecer 80% da energia consumida pela planta. Ela reúne sistema de tratamento de água, modificações na caldeira da planta, nas tubulações de vapor da fábrica e nos sistemas elétricos, além da instalação de um turbogerador a vapor.

“Isso agrega eficiência e sustentabilidade. Nós usávamos a rede pública de energia, mas agora, com a cogeração, aproveitamos o vapor da nossa caldeira, que vem da biomassa, para produzir energia para as operações térmicas da fábrica”, explicou.

CARGILL – A planta da Cargill em Ponta Grossa tem capacidade de processamento de 750 mil toneladas de soja por ano — cerca de 2 mil toneladas/dia. E o objetivo é continuar avançando. “Esse ano estamos sendo abençoados por uma safra recorde, com grande produção, rendimentos excelentes no campo, o que acaba convertendo em mais renda para o agricultor e mais dinheiro na rua, beneficiando toda a sociedade”, salienta o presidente da Cargill.

O otimismo não é à toa. De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a expectativa da primeira safra 2022/2023 no Estado é de produção de 20,89 milhões de toneladas de soja, volume que, se confirmado, será o maior da história do Paraná.

A empresa surgiu nos Estados Unidos em meados de 1860 e teve sua primeira instalação na América do Sul em Buenos Aires, na Argentina. Com sua expansão durante os anos, a linha de produtos foi diversificada, indo desde produtos alimentícios e agrícolas, até financeiros e industriais para todo o mundo. Hoje são mais de 150 mil funcionários em todo o mundo, com a empresa presente em 70 países e marcas como Liza, Tarantella, Elefante e Pomarola.

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A fábrica da Cargill de Ponta Grossa conta com 200 funcionários. Somente no Paraná, são mais de 1,2 mil colaboradores diretos e cerca de 15 mil indiretos. “Ponta Grossa foi a nossa primeira fábrica de processamento de soja no Brasil. Hoje somos o segundo maior processador do País e tudo começou aqui, isso sem contar a nossa história com Paranaguá, também de mais de 50 anos”, destacou Souza.

A prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt, comentou sobre a importância da Cargill no processo de industrialização local. “Nossa cidade teve dois períodos: antes e depois da industrialização, com a Cargill sendo pioneira, abrindo caminhos para outras indústrias chegarem à cidade. Hoje podemos dizer que o nosso setor produtivo é rico graças a essa sementinha plantada pela empresa há 50 anos”, afirmou.

A empresa tem operações ainda em outros sete municípios paranaenses: Paranaguá, com o Terminal Portuário; Castro, com a planta de moagem de milho por via úmida; Toledo e Quatro Pontes, estas duas com unidades industriais de nutrição animal; além de operações em Cascavel, Maringá e Pato Branco.

PRESENÇAS – Participaram do evento o secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; o secretário de Inovação, Modernização e Transformação Digital, Marcelo Rangel; o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; os deputados federais Sandro Alex e Tião Medeiros; o secretário de Indústria, Comércio e Qualificação de Ponta Grossa, Paulo Barbosa Pinto; o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Ponta Grossa, Bruno Cesar Costa Pinto; e o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Miguel Sanches Neto. Pela Cargill, participaram o líder de Operações da América Latina, Yuji Nagata, e o superintendente da planta de Ponta Grossa, João Júnior.

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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