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Influenza aviária terá abordagem especial durante Seminário sobre defesa agropecuária

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Regulamentação de produtos à base de proteína vegetal, além de outros desafios da defesa agropecuária brasileira estão na programação do Sedagro, no final deste mês, em São Paulo

Com a missão de zelar pelos rebanhos e lavouras, contra pragas e doenças; assim como pela idoneidade dos insumos agropecuários e garantir a qualidade dos alimentos consumidos no país, a defesa agropecuária brasileira será foco de amplo debate no período de 28 a 30 deste mês, durante a segunda edição do Seminário sobre Defesa Agropecuária (Sedagro).
Debates sobre as questões sanitárias do rebanho nacional, a inspeção de produtos cárneos, o comércio internacional e a regulamentação e oportunidades de mercado dos produtos à base de proteína vegetal ilustram os desafios dessa área.
Entre eles, a Influenza Aviária, doença que se instalou em alguns países vizinhos e estará no centro do debate inicial, sob a ótica do governo federal, dos auditores agropecuários, da iniciativa privada e do conselho de classe. Ambos vão contribuir com abordagens voltadas à prevenção e ao enfrentamento da doença que ronda o país.
Nesse contexto, caberá ao Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Goulart, trazer o assunto à discussão, durante a abertura do Seminário. Na sequência, um painel dedicado somente à Influenza Aviária, aprofundará diversos aspectos da doença, assim como os impactos para o país, caso ela ingresse em território brasileiro.
O debate sobre a Influenza, popularmente conhecida como Gripe Aviária, terá a participação de representantes do governo federal e do setor privado, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (SP).
De acordo com o ANFFA Sindical, a realização do Sedagro reforça a importância da Defesa Agropecuária do Brasil. A segunda edição do evento também ocorrerá dentro da programação da IV Expomeat (Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal), em São Paulo, no mesmo formato presencial do ano passado.
Desafios

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O Seminário atualizará todos os temas da programação, mostrando a evolução e perspectivas de alguns desses desafios, sob o ponto de vista de áreas estratégicas da defesa agropecuária do Mapa, segundo os programas de governo e ações no campo, agroindústrias, laboratórios e unidades de fronteiras. “É um momento único para passarmos a limpo temas sensíveis dessa área, que é o coração da agropecuária nacional”, destaca Janus Pablo de Macedo, presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical), responsável pela realização do evento.
No segundo dia do Sedagro, os Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affas) farão nova rodada de discussões com painelistas do governo federal e iniciativa privada. Desta vez, com um olhar sobre o futuro das atividades de fiscalização e inspeção industrial e sanitária de produtos à base de carne, para os próximos dois anos. A pauta do debate traz temas complexos, como o autocontrole, a certificação sanitária, a inspeção baseada em risco e outros assuntos.
“É o momento de aprofundarmos nesses temas essenciais ao desenvolvimento do agronegócio brasileiro”, avalia Antonio Andrade, diretor do ANFFA, que participa do debate. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e ABPA também contribuem com o painel, com enfoque no papel do setor privado nesse contexto.
Outro assunto que promete atualizar a situação do regulamento dos produtos à base de proteína vegetal é destaque no último painel do Sedagro, no dia 30 deste mês. “Regulamentação de produtos à base de proteína vegetal” ou plant based, também vai mostrar em que etapa o país se encontra quanto ao processo de regulamentação desses produtos, com a participação de representantes do governo federal.
A análise de especialistas da iniciativa privada e da academia, representada pelo Laboratório de Avaliação Nutricional e Funcional de Alimentos (Lanfa/Ufla), além da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) e da Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos (Abiam) — ambas do setor privado — enriquecerão as discussões sobre esse tema.

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Da Assessoria

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Agronegócio mineiro bate recorde histórico no primeiro trimestre

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O agronegócio de Minas Gerais alcançou um desempenho sem precedentes no primeiro trimestre de 2025, com um faturamento equivalente a R$ 26,1 bilhões — o maior já registrado desde o início da série histórica, em 1997. Os dados, divulgados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), revelam que o setor movimentou cerca de 3 milhões de toneladas em exportações e superou a mineração, tradicional carro-chefe da economia mineira, ao responder por 45,3% das vendas externas do estado.

O mês de março também entrou para a história como o melhor já registrado em termos de receita, superando todos os meses anteriores desde o início do monitoramento. Comparado ao primeiro trimestre de 2024, o crescimento da receita foi de 26%, mesmo com uma queda de 14,2% no volume embarcado. O bom resultado foi impulsionado pela valorização das commodities agrícolas, cujo preço médio por tonelada subiu 47%. Em outros setores da economia mineira, a valorização média foi de 13%.

O café mais uma vez se destacou como o principal produto exportado pelo estado. Foram embarcadas 7,8 milhões de sacas, o que gerou uma receita equivalente a R$ 16,8 bilhões. A participação do grão na receita total do agronegócio mineiro foi de 64%, consolidando sua importância para a economia estadual. Em relação ao mesmo período do ano passado, o valor das exportações de café aumentou 77%, enquanto o volume cresceu 3%.

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Minas manteve sua posição como o terceiro maior exportador de produtos do agro no Brasil, atrás apenas de Mato Grosso e São Paulo. Os produtos mineiros chegaram a 150 destinos diferentes, com destaque para a China (responsável por 19% das compras), Estados Unidos (13%), Alemanha (10%), Itália (5%) e Japão (5%).

Entre os destaques do período estão os ovos, cujas exportações dispararam. Impulsionado pelo surto de gripe aviária nos Estados Unidos, o segmento registrou alta de 266% em valor e 153% em volume, totalizando 2 mil toneladas embarcadas e uma receita de R$ 23,2 milhões. No mesmo intervalo de 2024, haviam sido exportadas 809 toneladas, com faturamento de cerca de R$ 5,8 milhões. Segundo a Seapa, a demanda dos EUA e do Chile ajudou a alavancar as vendas do produto mineiro.

As carnes também mostraram força nas exportações. No total, foram embarcadas 115 mil toneladas, com receita de R$ 2,24 bilhões — aumento de 23% na comparação anual. A carne bovina liderou entre os cortes exportados, gerando R$ 1,56 bilhão com 57 mil toneladas, impulsionada principalmente pelas vendas aos Estados Unidos, que cresceram 148%. A carne de frango contribuiu com R$ 550 milhões e 49 mil toneladas, enquanto os suínos somaram R$ 104 milhões com 8 mil toneladas exportadas.

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Apesar do cenário geral positivo, alguns segmentos registraram retração. O complexo sucroalcooleiro, que reúne açúcar e etanol, teve queda de 50% na receita e de 46% no volume exportado. O setor movimentou R$ 1,48 bilhão no trimestre, reflexo da baixa nos preços internacionais.

Já o complexo da soja também apresentou resultados negativos: a receita caiu 18,3% e o volume 8,8%, com R$ 3,17 bilhões arrecadados e 1,4 milhão de toneladas exportadas. Apesar do recuo, houve melhora nos embarques durante o mês de março, com o início da nova safra.

O grupo de produtos florestais, formado por celulose, papel e madeira, também enfrentou dificuldades. A receita totalizou R$ 1,41 bilhão, representando uma queda de 15%. Segundo a Seapa, o desempenho foi impactado pela desaceleração de economias importadoras e pela continuidade de gargalos logísticos no transporte marítimo global.


Fonte: Pensar Agro

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