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Após ajudar municípios atingidos pelas chuvas, técnicos do Paraná relatam trabalho em São Paulo

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A equipe da Defesa Civil do Paraná enviada no dia 23 de fevereiro ao litoral norte de São Paulo retornou no último domingo (26) ao Paraná, após auxiliar o trabalho de assistência humanitária desenvolvido nos municípios afetados pelas chuvas na região. O reforço teve como foco o suporte às equipes locais na elaboração da documentação para acesso a recursos de resposta aos desastres e também na criação de centros de assistência humanitária.

O apoio foi solicitado pela Defesa Civil de São Paulo após o governador Carlos Massa Ratinho Junior oferecer o suporte do Paraná ao estado vizinho. O major Daniel Lorenzetto, o capitão Anderson Gomes das Neves e o cabo Silvio de Araújo Correia ficaram no Posto de Comando de São Sebastião, cidade com o maior número de afetados pelas chuvas durante o Carnaval. Os deslizamentos de terra que causaram, em todas os municípios, a morte de 65 pessoas até o momento.

“Foi um orgulho representar o nosso Estado, contribuir com a nossa experiência, sugerir coisas e aprender também com a organização. É uma situação muito triste, cada ocorrência tem sua particularidade, mas ficamos felizes em poder contribuir de alguma maneira”, ressaltou Lorenzetto. A equipe se reuniu todos os dias desde que chegou com o comitê de gestão composto pelos outros órgãos presentes na cidade, onde foram definidas as demandas de trabalho.

Os três profissionais têm grande experiência na gestão de desastres. O major Daniel e o capitão Gomes fazem parte do Grupo de Apoio a Desastres (Gade), da Defesa Civil Nacional, e já auxiliaram em eventos como as inundações no Sul da Bahia, em 2021, e os deslizamentos de terra em Petrópolis (RJ), no ano passado.

TRABALHO – Durante três dias de trabalho, os paranaenses atuaram na verificação de documentos necessários para homologação da situação de emergência nos municípios afetados na região. Além de São Sebastião, as cidades que decretaram situação de emergência foram Ubatuba, Caraguatá, Bertioga, Ilhabela e Guarujá. Com isso, todas já tiveram acesso aos recursos estaduais e federais que permitem a assistência humanitária e ações de restabelecimento e reconstrução dos locais atingidos.

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Outra frente de apoio foi na criação de centros de distribuição e assistência humanitária. “Reunimos secretários para assessorar a criação do espaço, orientamos conforme nossa experiência a melhor escolha de local para a construção de um centro logístico, o que tinha que comprar, como receber, armazenar e distribuir os itens à população”, disse o major.

Os profissionais também auxiliaram no desenvolvimento de planos de trabalho de limpeza urbana, e prestaram apoio à Defesa Civil de São Sebastião no mapeamento de áreas de risco. “Fomos para Boiçucanga, um local no município que foi muito atingido e tinha muitas residências em área de risco. Passamos o dia lá, até quase oito da noite, fazendo avaliação com geólogos para gerar um relatório sugerindo a retirada dessas pessoas”, afirmou.

Outro trabalho foi relacionado à busca de vítimas. “Sugerimos uma pesquisa de inteligência para ver qual seria a melhor forma de conseguir chegar num número exato de desaparecidos. Verificamos as famílias que tinham dado falta de pessoas, sugerimos um link com a Polícia Civil e o IML para fazer o confronto dos dados”, afirmou Lorenzetto.

EXPERIÊNCIA – O Paraná tem grande expertise na gestão de desastres, com trabalho tanto de resposta imediata às pessoas afetadas, como no auxílio aos municípios na elaboração de decretos de situação de emergência ou de estado de calamidade pública.

Com as informações técnicas contidas nesses decretos, as prefeituras conseguem ter acesso aos recursos estaduais e federais que permitem a assistência humanitária e ações de restabelecimento e reconstrução dos locais atingidos. Entre a documentação reunida para a elaboração dos decretos estão formulários de avaliação de danos, mapas das áreas afetadas e relatórios sobre a intensidade do impacto social dos desastres.

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Segundo o major, essa foi também a oportunidade de aprimorar as técnicas de gestão de desastres, com um trabalho conjunto com equipes de outros estados. “A tendência hoje é que esses desastres que ocorrem no Brasil desloquem equipes de vários estados. É uma troca de experiência muito grande, cada um vivenciou uma ocorrência durante sua atividade e consegue ter um olhar de resolução baseado no que aconteceu, trazendo exemplos positivos”, disse.

Ele destacou que as possibilidades de resgate foram ampliadas graças ao acesso a outras tecnologias. “Conhecemos um navio atlântico com recursos de engenharia e capacidade de atender as pessoas com leito de hospital, UTI, área odontológica, alojamento para aeronaves. É um recurso que você vê de perto, sabe que se acontecer algo no nosso Litoral pode solicitar”, explicou o major.

TRAGÉDIA – Segundo o último boletim do Governo de São Paulo, divulgado por volta das 11h nesta terça-feira (28), até o momento, 65 óbitos foram confirmados, sendo 64 em São Sebastião e um em Ubatuba. Equipes do município de São Sebastião, com psicólogas e assistentes sociais, fazem um trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas. Já foram identificados e liberados para o sepultamento 57 pessoas. São 21 homens adultos, 17 mulheres adultas e 19 crianças.

Atualmente, a prioridade segue no socorro às vítimas e no atendimento aos mais de 1.090 desalojados e 1.126 desabrigados. Desde o último dia 19, mais de 1.000 pessoas entre, policiais militares, bombeiros, técnicos da defesa civil e profissionais de saúde do Governo do Estado de São Paulo, das Forças Armadas, da Polícia Federal, da prefeitura municipal de São Sebastião e voluntários participam das ações de busca e salvamento.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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