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Retorno da chuva traz alento aos agricultores do Oeste paranaense; perdas em algumas lavouras chegam a 50%

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Precipitações foram em volumes mais expressivos e uniformes, contudo, chegaram tarde em algumas localidades, que já contabilizam perdas. Isso porque foram dias seguidos de intenso calor e falta de umidade, resultando em danos a muitas lavouras.

 

O retorno da chuva, na segunda-feira (03), trouxe ânimo aos agricultores do Oeste do Paraná. A afirmação é do engenheiro agrônomo Cevio Mengarda, vice-presidente do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon.

As precipitações foram em volumes mais expressivos e uniformes (média geral um pouco superior a 50% ), contudo, chegaram tarde em algumas localidades, que já contabilizam perdas. Isso porque foram dias seguidos de intenso calor e falta de umidade, resultando em danos a muitas lavouras.

Segundo Mengarda, as áreas de soja cultivadas mais cedo com material de ciclo precoce são as mais prejudicadas, uma vez que estão no período de enchimento de grãos.

Ele explica que é nesse período que as plantas mais necessitam de umidade, embora as lavouras no ciclo de desenvolvimento vegetativo também sofram com calor intenso e falta de água.

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Ao destacar que as áreas cultivadas com milho na microrregião de Marechal Cândido Rondon igualmente sofreram impactos com a seca, o agrônomo aponta para perdas de até 50% em algumas lavouras.

Apesar das perdas já registradas, o agrônomo diz que as chuvas retomadas neste início de semana contribuem bastante para as lavouras de soja e milho, aumentando a perspectiva de uma safra entre razoável e boa no Oeste do Estado.

O vice-presidente do Sindicato Rural Patronal de Marechal Rondon acrescenta que o momento é de cautela, haja vista que o desempenho das plantas está sendo bem diferente de uma área para outra.

Ele orienta os produtores para não se descuidarem das aplicações de agroquímicos, pois é nesse período que as pragas atacam em maior intensidade, como é o caso dos percevejos.

 

Fonte: Com assessoria

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Ponte desaba e expõe gargalos logísticos para o escoamento da safra

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O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22.12), trouxe à tona os problemas crônicos da infraestrutura logística brasileira. A estrutura, que conectava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desmoronou sobre o rio Tocantins, provocando uma tragédia com uma morte confirmada e pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Caminhões que transportavam ácido sulfúrico e herbicidas também caíram no rio, levando as prefeituras a emitirem alertas sobre contaminação da água.

O acidente ocorre em um momento crítico para o agronegócio nacional. O Brasil deve alcançar uma safra recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 8,2% em relação à safra anterior reflete o crescimento da produção de soja e milho, mas evidencia os desafios logísticos de um setor cada vez mais pressionado por gargalos estruturais.

A ponte Juscelino Kubitschek estava localizada na região do Matopiba, uma das áreas de maior crescimento do agronegócio no Brasil, englobando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos dez anos, a produção de grãos na região aumentou 92%, saltando de 18 milhões de toneladas em 2013/14 para 35 milhões em 2024.

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Essa expansão, no entanto, tem sobrecarregado a infraestrutura local. O intenso tráfego de cargas pesadas, principalmente de fertilizantes e grãos, contribuiu para o desgaste da ponte, que já apresentava rachaduras e denúncias de negligência na manutenção.

Além de afetar a segurança da população, o desabamento representa um entrave significativo ao escoamento da safra. Os portos do Arco Norte, responsáveis por 35,1% das exportações de grãos em outubro de 2024, são fundamentais para o agronegócio brasileiro. A interdição da ponte pode impactar negativamente a logística de transporte para esses portos, aumentando custos e atrasos.

O transporte de fertilizantes também está em alta, com as importações alcançando 4,9 milhões de toneladas em outubro, um crescimento de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar colapsos como o ocorrido no rio Tocantins.

Entidades do agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacam que episódios como este evidenciam a urgência de investimentos em infraestrutura. “O crescimento do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma logística eficiente. A tragédia no rio Tocantins é um alerta para a necessidade de modernização das rotas de transporte e manutenção das estruturas existentes”, afirma a CNA em nota.

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O Ministério dos Transportes já anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o desabamento e prometeu reconstruir a ponte em 2025. Enquanto isso, o setor agropecuário pede soluções imediatas, como rotas alternativas e a implementação de medidas para mitigar os impactos sobre a logística da safra.

Embora críticas à expansão do agronegócio tenham ganhado destaque após o acidente, é crucial equilibrar o debate. O setor é um pilar da economia nacional, responsável por 25% do PIB e por grande parte das exportações brasileiras. Investir em infraestrutura adequada e eficiente não é apenas uma questão de atender às demandas do agronegócio, mas de assegurar que o crescimento econômico venha acompanhado de segurança, sustentabilidade e benefícios para toda a sociedade.

O desafio agora é transformar essa tragédia em um ponto de virada, priorizando investimentos estratégicos que garantam a competitividade do agronegócio no mercado global, sem negligenciar a segurança das comunidades locais e a preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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