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No 2º dia, encontro do PlanificaSUS projeta ações para replicar programa nos municípios

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Profissionais da saúde seguem reunidos em Cascavel, no Oeste do Estado, no 7º Encontro de Formação de Tutores Regionais do PlanificaSUS. Este é o segundo dia da capacitação promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), e tem como objetivo principal a expansão do programa de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná. O evento encerra nesta quinta-feira (16).

Após o encontro os participantes, que representam as 22 Regionais de Saúde, terão a missão de repassar aos tutores municipais a metodologia utilizada no programa. As ações serão implantadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para um atendimento direcionado e conjunto das equipes multiprofissionais.

O PlanificaSUS é uma estratégia para a integração e organização da Atenção Ambulatorial Especializada em rede com a Atenção Primária à Saúde. “A Atenção Primária, que é o foco desse programa nacional, é a principal porta de entrada do SUS e o elo com toda a Rede de Atenção à Saúde (RAS). Acompanhar o usuário, dar continuidade aos cuidados dele e estar próximo, poderá evitar problemas futuros, com doenças graves”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

O programa foi implantado no Paraná em 2019, mas por conta da pandemia somente em 2022 ganhou força. Todos os 399 gestores municipais aderiram à proposta, e o resultado dessa ação pôde ser aplicado em 423 UBS. Para este ano, o PlanificaSUS deverá ser implantado em mais 450 unidades, abrangendo 30% das UBS de todo o Estado.

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“A adesão de todos os municípios é um grande diferencial a nível nacional, pois dentre os 17 estados que implantam o programa, o Paraná destaca-se como o único que conquistou essa abrangência”, disse a diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

RESULTADOS – A Regional de Foz do Iguaçu, por exemplo, tem 53 UBS, que abrange nove municípios (Foz do Iguaçu, Itaipulândia, Matelândia, Medianeira, Missal, Ramilândia, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu e Sertanópolis). Destas, 11 já fazem parte do programa e está prevista, para este ano, a expansão para mais 23 unidades, somando 44 UBS participantes do Planifica SUS até ao final de 2023.

Na Regional de Foz do Iguaçu a ação está voltada para a Linha de Cuidado do Idoso. As equipes fazem acompanhamento frequente das pessoas, monitorando-as. De acordo com a diretora Lelita Santos, a ação refletiu na diminuição de internamentos e no cuidado com a própria saúde do idoso, resultando em qualidade vida.

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“As equipes estão mais inteiradas, dentro da sua região, havendo maior integração e apoio dos gestores municipais. Agora vamos replicar essas novas ações para expandir ainda mais a outras unidades do município”, afirmou a diretora.

Outro projeto que abrange o PlanificaSUS é a imunização. As salas de vacinas, na maioria localizadas nas UBS, fazem parte desse trabalho. Para a chefe da Divisão de Vigilância do Programa de Imunização da Sesa, Virgínia Dobkowski, o acompanhamento e a busca ativa dos usuários, sabendo especificamente onde eles estão, ajudam a manter o calendário vacinal em dia.

APS – A Atenção Primária à Saúde é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde. É desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.

Fonte: Governo do Paraná

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SAÚDE

Crianças também precisam de transplante de coração

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Segundo o Ministério da Saúde, 67 crianças e adolescentes com até 17 anos de idade aguardam por um coração no Brasil; Pequeno Príncipe tem cinco pacientes em espera
No último domingo, dia 20, o apresentador de televisão Fausto Silva entrou na fila de espera por um transplante cardíaco. Embora o procedimento seja mais comum em adultos, no Brasil 67 crianças e adolescentes com até 17 anos de idade aguardam por um coração para continuar vivendo. O número representa 17% do total de pacientes brasileiros esperando por esse órgão. Os dados, atualizados até o dia 16 de agosto, são do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde.

 

O Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, tem hoje cinco crianças listadas na fila do transplante cardíaco e outras duas estão sendo avaliadas para entrar na lista. Segundo o cardiologista Bruno Hideo Saiki Silva, responsável clínico pelo Serviço de Transplante Cardíaco e Miocardiopatias da instituição, a criança mais nova atualmente no rol de espera tem 1 ano e 10 meses, enquanto o adolescente mais velho está com 16 anos.

 

No caso das crianças pequenas, é ainda mais difícil encontrar um coração de tamanho compatível. “Ofertas de coração com pacientes abaixo de 30 quilos são um grande desafio”, informa Bruno. É o caso do paciente do Pequeno Príncipe, que aguarda há mais tempo na fila – desde novembro de 2022. Quando foi listado, ele tinha 1 ano e 6 meses.

 

“Para haver compatibilidade entre doador e receptor, existe a necessidade de uma concordância entre peso e altura. Por exemplo, o peso do doador não pode ser menor que 20% ou maior que o dobro do peso do paciente em lista de espera”, detalha o cirurgião cardiovascular responsável por uma das equipes do Serviço de Cirurgia Cardíaca no Pequeno Príncipe, Fabio Binhara Navarro. Neste ano, a instituição já realizou quatro transplantes cardíacos.

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Indicação de transplante cardíaco em crianças

De acordo com o cirurgião cardiovascular Fabio Binhara Navarro, crianças e adolescentes podem nascer com malformações no coração ou desenvolver doenças que afetem o funcionamento da estrutura do órgão no decorrer dos anos. Em alguns casos, o tratamento com medicamentos ou cirúrgico (correções de anomalias) não normaliza a função, por isso o transplante cardíaco é indicado.

 

Pacientes que apresentem estágio final de insuficiência cardíaca, ou seja, quando o coração não bombeia sangue suficiente para atender às necessidades do corpo, precisam do transplante.

 

Como é feito o transplante cardíaco pediátrico?

Para o procedimento ser realizado, são necessários diferentes profissionais, como cirurgiões cardiovasculares, cardiologistas, intensivistas, anestesistas, enfermeiros, instrumentadores, perfusionistas, psicólogos e assistentes sociais. No Pequeno Príncipe, a equipe multidisciplinar analisa cada caso desde a consulta pré-operatória, assim como auxilia na seleção do órgão que a criança vai receber e no procedimento cirúrgico, além dos cuidados depois que o transplante cardíaco é finalizado.

 

A cirurgia, bastante complexa devido à pouca idade dos pacientes, exige duas equipes. “Enquanto parte dos profissionais vão para a retirada do coração do doador, outra parte prepara o receptor, de forma simultânea. Tudo com o intuito de diminuir o tempo de isquemia [tempo em que o fluxo sanguíneo do coração é interrompido] do coração transplantado, para que ele seja o menor possível, preferencialmente menor do que quatro horas”, ressalta o cirurgião cardiovascular.

 

Essa divisão da equipe, segundo o médico, é fundamental para um procedimento seguro, principalmente quando a captação do órgão é realizada em outros estados, exigindo transporte aéreo. Durante o procedimento, é utilizada uma máquina que faz a função do coração e do pulmão (máquina de circulação extracorpórea) e mantém a circulação sanguínea dos demais órgãos. Nesse momento, o coração doente é retirado, e o órgão saudável é implantado.

 

Pequeno Príncipe é referência no atendimento de bebês

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O Hospital é referência no atendimento de crianças menores de 2 anos. É o caso de Miguel Gabriel da Silva Valoroski, que realizou um transplante cardíaco pouco antes de completar 1 ano. Ele foi diagnosticado com fibroma, um tumor que cresceu dentro do músculo do coração, e só esse tipo de procedimento poderia normalizar o funcionamento do órgão.

 

O transplante do menino foi um sucesso. De acordo com a mãe, Beatriz Valoroski das Almas, um dia após a cirurgia, ele foi desentubado e recebeu alta antes do esperado. “Ele ficou mais tempo na Unidade de Terapia Intensiva [UTI] antes da cirurgia do que depois do procedimento, que é complexo. Ele se recuperou muito rápido, foi um milagre”, comemora.

 

Conforme Navarro, após o transplante, o paciente é monitorado continuamente e necessita de terapia para imunossupressão, com medicamento que atua no seu sistema imunológico, impedindo o processo inflamatório que pode levar à rejeição do órgão. Depois da alta hospitalar, que varia entre 15 e 30 dias, a criança ou adolescente é acompanhado pelo Serviço de Cirurgia Cardiovascular e Cardiologia do Pequeno Príncipe até completar 18 anos.

 

Sobre o Hospital Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de 100 anos para crianças e adolescentes de todo o país. Disponibiliza desde consultas até tratamentos complexos, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Atende em 35 especialidades, com equipes multiprofissionais, e realiza 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Conta com 361 leitos, 68 de UTI, e em 2022, ainda com as restrições impostas pela pandemia de coronavírus, realizou cerca de 250 mil atendimentos e 18 mil cirurgias que beneficiaram pacientes do Brasil inteiro.

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