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Temporada do Pinhão: leis aprovadas na Alep garantem a preservação e o consumo consciente da semente símbolo do PR

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O dia 1º de abril é marcado no Paraná pelo início da liberação, por parte do Instituto Água e Terra (IAT), da colheita, venda, transporte e armazenamento do pinhão, fruto símbolo do Paraná. Esse período segue até o fim de junho, quando a semente atinge sua maturação. Do plantio à colheita, da gastronomia e preservação ao turismo, a Assembleia Legislativa do Paraná tem tido um papel fundamental na elaboração de leis para garantir o protagonismo do pinhão no Paraná.

Nos últimos anos, os deputados estaduais têm proposto e aprovado leis para proteger e garantir a comercialização e produção segura do fruto símbolo do Paraná.

A mais atual, ainda tramitando na Casa e de autoria da deputada Cristina Silvestri (PP), pretende introduzir o pinhão na merenda escolar dos paranaenses. Em sua justificativa, o projeto destaca a importância socioeconômica do pinhão para o interior do Paraná, sobretudo naquelas regiões de maior pobreza. “Por sua propriedade nutricional, manutenção da cultura e preservação de nossas araucárias, peço o apoio”, finaliza.

Além, outras diversas Leis estaduais existem para garantir a preservação do pinheiro do Paraná e do pinhão. A Lei estadual nº 20223/2020, de autoria dos deputados Hussein Bakri (PSD), Luiz Claudio Romanelli (PSD) e do ex-deputado Emerson Bacil estabelece regras de estímulo, plantio e exploração da espécie Araucária angustifólia incentivando o plantio sustentável com fins comerciais da planta. Para a Lei, toda pessoa que plantar a espécie em imóveis rurais para fins de exploração dos produtos e subprodutos madeireiros e não madeireiros oriundos do plantio deverá cadastrar a plantação no órgão ambiental estadual.

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Em 2013, por exemplo, foi aprovado o projeto de lei do ex-deputado Francisco Buhrer, que regulamentou a colheita do pinhão no Paraná e estabeleceu diversas regras utilizadas ainda hoje.

Também há a Lei estadual nº 21.878/2024, de autoria do deputado Artagão Júnior (PSD), que nomeia o município de Inácio Martins como a Capital do Pinhão, em razão de ser o maior produtor do estado. Com altitudes que chegam a 1.198 metros. Inácio Martins é o município mais alto do Paraná e integra a bacia hidrográfica do Rio Iguaçu. Inácio Martins é o município que mais produz pinhão, de acordo com os órgãos estaduais.

Além da proteção da comercialização e homenagens aos grandes produtores, os deputados também valorizam a árvore, a araucária. O deputado estadual Ney Leprevost (União), propôs e aprovou a Lei estadual nº 18.477/2015 que instituiu o Dia da Araucária, a ser comemorado anualmente em 7 de junho, com o objetivo de criar um ela entre a população paranaense e seu maior símbolo. Na data são distribuídos para estudante s e interessados mudas de araucárias para incentivar o seu plantio.

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Em 2017, a então deputada estadual Claudia Pereira aprovou a Lei estadual nº 18.959 que cria a Região Turística Rotas do Pinhão compreendendo os municípios de Araucária, Balsa Nova, Bocaíuva do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Curitiba, Lapa, Piên, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras, Rio Negro, São José dos Pinhais e Tijucas do Sul como forma de potencializar o turismo e a economia da região.

Economia

Além da riqueza nutricional, o pinhão tem uma importância muito grande para economia do Paraná. A cadeia produtiva do pinhão gera incremento econômico na vida de milhares de famílias paranaenses. Movimentou R$ 22,4 milhões em 2023 (dado mais recente), de acordo com o Valor Bruto de Produção (VBP), levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). As regiões Central, Sul, Sudoeste concentram o maior volume de produção de pinhão.

“Além do consumo humano, o pinhão serve como alimento para diversos animais terrestres e pássaros, ou seja, é fundamental para conservação da fauna”, afirmou o engenheiro agrônomo e gerente de Restauração Ambiental do IAT, Mauro Scharnik.

Fonte: ALPR PR

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Audiência pública destaca importância das igrejas como pontes de inclusão e acolhimento 

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Debater experiências e iniciativas já desenvolvidas, destacando as adaptações necessárias para que os espaços religiosos se tornem locais de acolhimento físico e espiritual efetivo. Esse foi o objetivo da audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná para discutir o papel da igreja na inclusão. A ação foi promovida pelo Bloco Parlamentar da Neurodiversidade, coordenado pelo deputado Alisson Wandscheer (Solidariedade), em parceria com o Ministério Pão Diário.

O evento no Plenarinho integrou as ações do Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo, e reuniu representantes religiosos, do Poder Público, da sociedade civil organizada, especialistas e famílias atípicas para ampliar as iniciativas voltadas ao público neurodivergente.

O parlamentar destacou que o acolhimento integra a essência da igreja. “O mês de abril é um mês importante para nós levarmos conhecimento sobre o tema, para falar sobre a neurodivergência, sobre o autismo, sobre as famílias atípicas e para as pessoas criarem um pouco de empatia quanto a essa luta que nós temos. Ter um olhar diferente quanto a essas pessoas. Todo o debate, seja ele onde for, é importante para poder criar essa comoção das pessoas para entender que o acolhimento é necessário e obrigatório”, reforçou Wandscheer, também um pai atípico.

Diretor de Relações Governamentais do Instituto Qualicare, braço social do Ministérios Pão Diário, Isaac Poblete ressaltou que a igreja é muitas vezes o primeiro local e acolhimento das famílias, “por isso é importante que esteja preparada para ser cada vez mais um espaço de fé e amor”.

Ele citou a consolidação das leis do autismo pela Assembleia Legislativa, transformada no Código Estadual da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. “Um motivo de orgulho e que vai além de orientar gestores públicos para as necessidades das pessoas autistas e famílias, para também promover ambientes mais sensíveis e preocupados com a inclusão e isso inclui as igrejas e a sociedade e em geral”.

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Fundado há cerca de 80 anos nos Estados Unidos, o Ministério Pão Diário atua hoje em mais de 150 países e 60 idiomas, promovendo inclusão e impacto social, com sede a Iberoamericana e Caribe em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba.

“Quanto mais humanos nós somos, mais o divino se derrama”, afirmou o Padre Aparecido, capelão do Centro Cívico, da Ação Social do Paraná e diretor do Asilo São Vicente de Paulo. “Quando falamos da Igreja, tratamos de toda pessoa humana e de sua dignidade. E, quando se olha para o autista, estamos falando de uma realidade que, até pouco tempo, a sociedade não compreendia. A acolhida do autista é fundamental. O acolhimento sempre fez parte da doutrina social da Igreja e do Evangelho: colocar o ser humano, com toda a sua integridade, em sua espiritualidade e também em sua vida social”, acrescentou.

E ao falar de acolhimento, o padre lembrou do Papa Francisco, morto esta semana. “Estamos vivendo esse momento de luto, já de saudade, mas que traz a todo instante o legado, a história de um homem que teve a sensibilidade, a compreensão e soube usar isso diante da sua liderança para acolher e incluir”.

O pastor Anderson Cruz, da Igreja Alcance Curitiba, parabenizou a audiência e relatou a dificuldade de famílias atípicas em frequentar espaços tradicionais. “Criamos um ministério que atende cerca de 380 famílias, com quase 40 voluntários capacitados, para que possamos enxergar o indivíduo além da deficiência”, afirmou.

Representando o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Sigurd Roberto Bengstsson, a servidora Cláudia Afanio apresentou as ações do TRE voltadas à neurodivergência, que incluem atendimento especializado e participação de pessoas com deficiência como mesários — prática que deve ganhar força nas eleições de 2026.

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Para a psicopedagoga e mãe atípica Adriana Kawalkievicz, “aceitar não é incluir”. Segundo ela, a inclusão só acontece quando particularidades e singularidades são respeitadas. Na Igreja Batista do Bacacheri, onde atua, 37 crianças são assistidas e as famílias recebem apoio. “As mães chegam exaustas; precisamos acolher sem julgamentos”, observou.

A neuropsicóloga Júlia Pupo, também mãe atípica, acompanha adultos autistas, muitos com diagnóstico tardio, e pontuou que a inclusão “precisa ser real”. “Aceitar pessoas com suas dificuldades e potencialidades, sem olhares condenatórios, é o que gera pertencimento”, defendeu, ressaltando o desafio das igrejas em comunidades carentes, onde costumam ser o único espaço de apoio.

Já o pastor Adoniran Melo, gestor das áreas ministeriais especiais da Primeira Igreja Batista de Curitiba (PIB), falou do enfretamento diário para assegurar o acolhimento aos neurotípicos que já estão na congregação. “A Igreja deveria ser o ambiente mais acolhedor da face da terra, mas não é assim. É um processo constante, que exige conhecimento para vivenciamos essa santa empatia”.

Ele contou que às quartas e domingos há cultos com redução de ruído, luminosidade e inclusive de tempo, proporcionando mais conforto e acolhimento não só para autistas, mas atendendo demais neurodivergências. Outra iniciativa é a oferta de cursos profissionalizantes para as mães atípicas, considerando o alto índice de divórcio dos casais após o diagnóstico de autismo.

Coronel Perovano, chefe do Centro de Políticas de Minorias e Grupos Vulneráveis da Secretaria da Segurança Pública, concluiu ressaltando o papel estratégico das igrejas na segurança pública, por seu potencial de apoio às famílias e fortalecimento social.

Fonte: ALPR PR

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