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Municípios deverão fazer a regulamentação da nova Lei de Licitações

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Afirmação foi dada pelo advogado Ilson Augusto Rhoden no segundo dia do seminário promovido pela Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Paraná que tratou do regramento de compras e contratos públicos.

 

No segundo dia do seminário sobre a nova Lei de Licitações e Contratos para as administrações públicas, um alerta dado pelo advogado e especialista em Gestão Pública, Ilson Augusto Rhoden, chamou a atenção. Segundo ele, é preciso que cada município faça uma regulamentação da lei 14.133/2021. “É importante que cada órgão traga para a sua realidade e regulamente a nova lei de licitações. A lei federal deu essa oportunidade, que o façam para adequar à lei à sua realidade”, disse.

Para Rhoden, não ficará viável que um município de cinco mil habitantes utilize a mesma regulamentação que a União ou os Estados. “É preciso deixar claro que a nova lei tem que ter a compreensão de todos os servidores e, inclusive, da alta gestão. Que todos os entes se preocupem em regulamentar a nova lei de licitações e não utilizem a regulamentação da União, porque na prática não vai dar certo”.

Durante a apresentação, Rhoden falou também sobre o princípio da segregação de funções como norteador do processo, que é cada um “conhecer como fazer, saber como atuar e, para isso, que se tenha o auxílio da alta gestão para que sempre se mantenha capacitado, para que possa conduzir os processos, possa fiscalizar e gerir os contratos como se deve, objetivando a eficiência que a licitação bem conduzida leva”, disse. O princípio da segregação de funções “também auxilia no processo de controle, cada um dentro da sua fase de atuação, controlando a atividade do outro para que tudo ocorra bem e que os princípios da administração sejam respeitados e que garantam o interesse público, que é economicidade e a melhor contratação”, completou.

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O diretor de Apoio Técnico da Assembleia Legislativa, Vinícius Augusto Moura, fez um relato dos impactos da nova lei nas licitações de contratação de publicidade e propaganda. Para ele, os impactos não são tão expressivos, visto que esse tipo de contratação “já é regulamentado por lei específica”, mas ressaltou que a modalidade de contratação terá que ser alterada. “Tem alterações considerando os contratos, mas na prática não muda muita coisa, com exceção da modalidade de tomada de contas que não existe mais. Hoje será preciso usar a concorrência pública para fazer a contratação de publicidade e propaganda”, afirmou.

Vinícius falou ainda da importância da nova lei, que na visão dele, trará “mais transparência, não só para o contrato de publicidade e propaganda, mas para todas as demais contratações realizadas pelos entes públicos”.

Opinião

Na visão dos participantes, o Seminário foi essencial para ter um melhor conhecimento sobre a lei 14.133. Narli Rezende é servidora do DETRAN-PR, atua como agente de compliance, e disse que o seminário foi “interessante para que a gente possa se preparar para essa nova realidade, que é a implementação da lei de licitações”. Ela trabalha com prevenção de risco e disse que conhecer melhor a lei servirá para contribuir no dia a dia na instituição onde trabalha. “Nós trabalhamos com prevenção de risco e qualquer coisa que diminua riscos de corrupção, prevaricação, é um ganho muito grande, porque facilita nosso trabalho. Esse conhecimento será importante para o dia a dia, justamente porque é um tema recente”, avaliou.

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O servidor da Universidade Federal do Paraná, João Victor Lucas, disse que na UFPR estão fazendo a transição da lei 8.666 para a 14.133 e que o seminário foi bem esclarecedor. “A gente conversa que a nova lei veio com perspectivas de juntar coisas que ainda geravam dúvidas, era um arcabouço muito grande, e trouxe para uma legislação só. O evento foi bem esclarecedor, a gente consegue ver possibilidades futuras para algo que a gente vê no dia a dia e dá mais segurança para nossos servidores de ter a certeza que os próximos passos podem ser dados. Pelo menos no meu órgão, estamos na transição das leis e acaba sendo um momento em que temos algumas dúvidas e eventos como esses acabam sendo esclarecedores”.

Já a servidora da Assembleia Legislativa do Paraná, Marli Marlei Benthien Zaunir, que trabalha na Diretoria de Apoio Técnico, disse que o importante, além de esclarecer sobre o tema, foi ter aberto a possibilidade para que pessoas de outros órgãos públicos pudessem ter participado. “Aqui na Assembleia a gente já teve um grupo de trabalho onde a gente debateu e discutiu para fazer o nosso ato de regulamentação baseado no do Estado do Paraná. Esse seminário veio para complementar o estudo e o bom é que foi aberto para outros públicos que puderam ver a importância das alterações que tem na lei. É um tema importante e seminários assim dão um norte para aplicarmos na prática”.

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Comissões permanentes têm papel essencial no debate dos projetos em tramitação na Assembleia Legislativa

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Promover o exercício da cidadania e a participação da sociedade civil na elaboração das leis estaduais, que fazem parte do cotidiano dos mais de 11 milhões de paranaenses. Com esse objetivo atuam as 29 Comissões Permanentes da Assembleia Legislativa do Paraná, que durante o ano de 2024 promoveram 203 reuniões, sendo responsáveis pela elaboração de 1.172 pareceres sobre os projetos em tramitação na Casa de Leis.

O balanço anual – referente a 2ª Sessão Legislativa da 20ª Legislatura – apresentado pelas Comissões, integradas pelos 54 deputados estaduais, revela o seguinte: foram emitidos 1.013 pareceres favoráveis; 15 pareceres contrários; apresentados 36 votos contrários; e solicitadas 111 baixas em diligências. Outras 138 proposições acabaram sendo retiradas das pautas de ofício; enquanto, foram feitos 202 pedidos de vista.

Neste período, os colegiados técnicos foram encarregados de analisar 786 Projetos de Lei Ordinária; 13 Projetos de Lei Complementar; 31 Projetos de Resolução; 12 Projetos de Decreto Legislativo; e três Propostas de Emenda à Constituição (PECs), de autoria dos parlamentares e de diversos outros Poderes, como Executivo e Judiciário.

Reuniões abertas para a população

É no âmbito das comissões que se apresentam e se estudam todos os dados, antecedentes, circunstâncias e conveniência relacionados a cada um dos projetos. Ali há a possibilita de avaliação e discussão detalhada dos inúmeros aspectos da proposta. O ambiente permite mais liberdade para expressão das opiniões e formação do consenso, emitido sob a forma de parecer da Comissão. Esse documento irá orientar o Plenário na apreciação de cada uma das matérias.

Com caráter técnico-legislativo ou especializado, as Comissões são permanentes e fazem parte da estrutura institucional da Assembleia. Elas funcionam com responsabilidade sobre determinada área do interesse coletivo. As reuniões são públicas, podendo ser acompanhadas por qualquer cidadão. É só acompanhar a agenda do Poder legislativo.

As Comissões Permanentes são compostas por sete membros cada uma; exceto a Comissão Executiva, que é integrada pelo Presidente, 1º e 2º Secretários; e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é formada por treze membros – e, considerada a mais importante do Parlamento estadual. Quem vai presidir esse colegiado em 2025 será o deputado Ademar Traiano (PSD), presidente da Assembleia Legislativa do Paraná. Traiano assume o novo cargo a partir de fevereiro de 2025.

De acordo com o artigo 35 do Regimento Interno, “na constituição das Comissões será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos e dos blocos parlamentares que participem da Casa na data da posse dos deputados”. O Poder Legislativo pode ainda constituir comissões temporárias: são aquelas criadas para apreciar determinado assunto, que se extingue ao término da legislatura, ou expirado seu prazo.

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Gestão é da Comissão Executiva

O 29º grupo de trabalho é a Comissão Executiva composta pelo Presidente, 1º e 2º Secretários, tendo ainda três Vice-Presidentes, e, por isso, tem atribuições diversas das demais. Cabe à ela: opinar sobre modificações do Regimento Interno; dispor sobre criação, transformação ou extinção de serviços do Poder Legislativo, da sua administração indireta e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias; expedir atos referentes a pessoal, podendo delegar competências; prover os cargos dos serviços administrativos; conceder licença, aposentadoria e vantagens previstas em lei aos servidores, bem como colocá-los em disponibilidade; e julgar todos os tipos de licitações; entre outras funções.

Essa Comissão pode, inclusive, conceder licença ao Governador ou Vice-Governador do Estado para se ausentarem do País ou do Estado por mais de quinze dias durante o recesso parlamentar, ad referendum do Plenário, bem como, encaminhar ao Poder Executivo as solicitações de créditos adicionais necessários aos seus serviços; e autorizar a realização de concurso público.

Confira quais são as 29 Comissões Permanentes da Casa Legislativa e suas atribuições: https://www.assembleia.pr.leg.br/atividade-parlamentar/comissoes-permanentes-e-temporarias

Frentes e Blocos apontam soluções

Os deputados promoveram também 13 reuniões das Frentes Parlamentares e cinco encontros foram organizados pelos Blocos Temáticos e Bancadas Partidárias. As Frentes são associações suprapartidárias de integrantes do Poder Legislativo que visam discutir um tema específico para procurar soluções ou aprimorar a legislação especializada no assunto. Já o Bloco é a agremiação de deputados que tratará de assuntos de interesse da sociedade paranaense.

Recentemente, a Frente Parlamentar da Primeira Infância, debateu os desafios das administrações municipais na gestão de políticas públicas voltadas às crianças de 0 a 6 anos. Destinada a gestores municipais responsáveis pela educação infantil, a reunião tratou de investimentos e ações relacionados aos primeiros 100 dias das gestões que se iniciam em 2025. Além disso, discutiu-se a possibilidade do incremento do repasse de ICMS aos municípios por meio da melhoria do Índice de Qualidade da Educação Paranaense (IQEP). Coordenada pela deputada Maria Victoria (PP), o encontro da Frente Parlamentar reuniu representantes de secretarias estaduais, secretários municipais e gestores da área de educação.

Já a Frente Parlamentar de Promoção Municipalista, das Associações de Municípios e Consórcio Municipais realizou a audiência “Cuidando do Futuro: A relevância da água e do solo na sustentabilidade”. O encontro foi conduzido pelo deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD), coordenador da frente. Participaram do debate representantes do poder público, estudantes universitários, e renomados pesquisadores e especialistas. Segundo Romanelli, “a compreensão da profunda influência que solo e água exercem um sobre o outro, especialmente num contexto global de mudanças climáticas e aquecimento global, representa um dos grandes desafios da atualidade”. “O fato é que o aquecimento global está acelerando a degradação dos solos e alterando os padrões de distribuição e disponibilidade de água”, frisou.

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Os programas habitacionais desenvolvidos pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), que garantem a realização do sonho da casa própria para milhares de cidadãos paranaenses, foram também debatidos durante reunião promovida pela Frente Parlamentar de Habitação e Regularização Fundiária. “Moradia regularizada significa um novo momento de vida para todas as famílias”, afirmou o deputado Luis Corti (PSB), coordenador do grupo de trabalho.

A Assembleia foi palco ainda do curso de “Capacitação em Emendas Parlamentares Estaduais” com o objetivo de orientar as instituições sobre os procedimentos e documentos necessários para pleitear recursos públicos, que vão auxiliar as atividades foi realizado por iniciativa do coordenador da Frente Parlamentar em Apoio às Comunidades Terapêuticas, Cuidados e Prevenção às Drogas, deputado Gilson de Souza (PL). Direcionado para representantes de comunidades terapêuticas, assessores parlamentares e outras organizações da sociedade civil (OSC) interessadas em aprender mais sobre o tema, foi ministrado por servidores da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), para orientar as entidades que operam o Sistema de Apoio de Transferências e Apoio à Gestão (SISTAG) da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família do Governo do Estado do Paraná.

Por outro lado, a Frente Parlamentar de Proteção à Saúde Mental da Assembleia Legislativa do Paraná, coordenada pela deputada Ana Júlia Ribeiro (PT), solicitou ao Governo do estado dados sobre afastamentos de servidores públicos. Conforme requerimento assinado por sete parlamentares membros da frente, o objetivo é levantar os casos de afastamento por problemas relacionados à saúde mental, identificar os programas de assistência existentes no governo e, a partir disso, propor ações para enfrentar o problema.

Atendendo requerimento proposto pela deputada Flávia Francischini (União Brasil), em conjunto com outros 10 deputados, a Assembleia Legislativa instalou, a Frente Parlamentar de Apoio ao Comércio Paraná-Paraguai com a finalidade de acompanhar, apoiar, opinar e fiscalizar as relações comerciais entre o Estado e o país vizinho. A deputada Flávia Francischini (União Brasil), que assumiu a coordenação da Frente, destacou a importância da iniciativa para o comércio regional.

Quer saber quais Frentes, quantos Blocos e quais são os deputados que estão atuando nesses colegiados especializados da Assembleia? É só clicar no seguinte link: https://www.assembleia.pr.leg.br/atividade-parlamentar/frentes-parlamentares-e-blocos-tematicos

Fonte: ALPR PR

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