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Gestão e nova legislação de OSCs são temas de seminário na Assembleia Legislativa

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A Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Paraná iniciou, nesta quarta-feira (23), o seminário “Captação de Recursos, Prestação de Contas e Normatização para OSCs e Fundos Municipais”. O evento foi no Plenário da Casa de Leis e contou com um público de mais de 400 pessoas. O seminário continua nesta quinta (24), a partir das 9h30.

“Parabenizo a Escola do Legislativo pela iniciativa, porque é importante essa harmonia e essa aproximação das organizações com o Poder Legislativo e com o Tribunal de Contas”, destacou o presidente da Assembleia, Alexandre Curi (PSD).

Uma das modificações debatidas foi o projeto de lei 105/2025, do próprio Curi, que atualiza a legislação estadual para permitir a remuneração de dirigentes que exerçam funções executivas sem fins lucrativos. Ele foi aprovado em segunda votação nesta quarta-feira (23).

A proposta altera a Lei nº 17.826/2013, que trata da concessão e da manutenção do título de utilidade pública a entidades do Paraná, alinhando se às normativas federais, como as Leis nº 9.790/1999 e nº 13.019/2014, que reconhecem a necessidade de profissionalização da gestão dessas entidades, especialmente diante do aumento das exigências para a celebração de parcerias com o poder público.

Jeulliano Pedroso, diretor da Escola do Legislativo, disse que o objetivo desse seminário é levar para as organizações da sociedade civil, os administradores, gestores de fundos municipais, secretarias que têm como política o relacionamento com as organizações do terceiro setor todo esse conhecimento para se atualizar e buscar mais captação de recursos. “O impacto é que nós temos uma profissionalização cada vez maior dessas organizações. A ideia é aperfeiçoar todo esse cenário para quem quer trabalhar cada vez mais pelo Paraná”.

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Os deputados Hussein Bakri (PSD) e Bazana (PSD) também participaram. “Mais uma vez, parabenizo a Escola do Legislativo por seu papel de protagonismo na interação com a sociedade civil e na qualificação técnica, pessoal e profissional de milhares de paranaenses. Muito importante esse evento de hoje por envolver, sobretudo, o terceiro setor, que sabemos que chega a lugares e a pessoas onde muitas vezes o Estado não alcança”, destacou Hussein. Bazana colocou seu gabinete à disposição e reforçou a necessária capacitação constante das entidades, além de elogiar o trabalho desenvolvido por todas elas.

Ana Maria Lima Zem, vice-diretora da Escola Nilza Bartuce, que atende 300 crianças e adolescentes em duas unidades, participou do seminário. “É primordial que saibamos cada vez mais captar recursos. Sem editais e projetos, uma instituição não sobrevive. Viemos participar para nos atualizar e aproveitar o momento para potencializar a captação”.

Palestra

O palestrante desta quarta foi William Fischer, consultor em contabilidade. “O terceiro setor representa hoje 6% do PIB. É muito significativo isso. Nós estamos vendo legislações sendo aperfeiçoadas a cada minuto no nosso país nos últimos anos, passando por correções, correções de rota, inclusive, por problemas que acontecem na gestão do terceiro setor. E esse seminário vem ao encontro desse processo de evolução do terceiro setor”, disse.

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Ele discorreu sobre a importância da gestão dos dirigentes dessas organizações estarem em simbiose com a área contábil, fiscal e jurídica.

Participaram também do evento a secretária de desenvolvimento humano de Curitiba, Amalia Tortato; a promotora Karina Anastácio; o procurador Fernando Manica; o prefeito de Colombo Helder Lazarotto; Geovane Karvat, auditor do TCE-PR. Além deles participaram vereadores, gestores públicos e gestores das organizações sociais.

Segundo dia de evento

Na quinta-feira (24) as palestras continuam, a partir das 9h30. Os temas serão: “Sustentabilidade e interação entre área contábil e gestão das organizações da sociedade civil”; “O papel dos Fundos Municipais na viabilização dos projetos sociais”; “Legislação e os desafios jurídicos das OSCs”; “A fiscalização e o acompanhamento do Ministério Público nas OSCs”; “A fiscalização e a prestação de contas da OSCs”.

Também serão feitas duas rodas de conversa com os temas: “Cases de sucesso sobre a captação de recursos e gestão sustentável nas organizações da sociedade civil” e “Critérios de seleção de instituições beneficiadas: experiências e vantagens das empresas e indústrias doadoras”.

Fonte: ALPR PR

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Líder da Oposição defende suspensão da licitação do “Descomplica Paraná” por suspeita de direcionamento e descumprimento judicial

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O deputado estadual Arilson Chiorato (PT), Líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), defendeu nesta quarta-feira (23) a suspensão imediata da licitação bilionária do Descomplica Paraná, programa do Governo do Estado que pretende centralizar serviços públicos em unidades presenciais. Segundo o parlamentar, a iniciativa é válida, mas o processo de contratação apresenta fortes indícios de direcionamento e viola decisões judiciais.

“O programa pode beneficiar a população. O que preocupa é a forma como o governo está conduzindo a contratação, com comprovação de direcionamento e desrespeito a uma decisão judicial”, afirmou o deputado Arilson.

Inspirado no modelo Poupatempo de São Paulo, o Descomplica Paraná prevê a instalação de centrais de atendimento em cerca de 20 cidades. Apesar do objetivo positivo, o processo licitatório estimado em R$ 1 bilhão enfrenta questionamentos técnicos e jurídicos, por parte do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), que colocam em xeque a lisura da concorrência.

Suspensão

A licitação foi suspensa em outubro de 2024 pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), com base em argumentos de que o edital favorecia uma única empresa e reduzia a competitividade. Mesmo com a decisão em vigor, o Governo Ratinho Jr manteve o processo em andamento e, na última terça-feira (22), abriu os envelopes com propostas comerciais, ignorando a determinação judicial.

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Para o Líder da Oposição, a sequência do processo é inaceitável. “É um contrato de impacto imenso para o estado. A Justiça mandou parar. O governo fez ajustes superficiais, mas manteve os pontos críticos. Isso enfraquece a transparência e prejudica a confiança da população.”

Suspeita

Uma denúncia recebida pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) indica que as empresas Shopping do Cidadão e Marquise, integrantes do consórcio “Ceará Cidadão” e atuantes em projetos semelhantes no Ceará, seriam as únicas capazes de atender os requisitos técnicos de itens que representam mais de 50% do quantitativo previsto na licitação.

Na abertura dos envelopes, o consórcio Shopping Cidadão, sediado no Ceará, apresentou a proposta com menor valor. Para o Líder da Oposição, isso reforça os indícios de direcionamento na montagem do edital. No dia 17 de fevereiro, o deputado Arilson citou o grupo como provável vencedor da licitação, durante discurso na tribuna da Assembleia Legislativa. “Dissemos que o edital estava desenhado para atender apenas uma empresa. Ontem, isso se confirmou.”

O parlamentar também destacou que o Governo Ratinho Jr excluiu, na prática, empresas paranaenses, mesmo havendo capacidade técnica no estado. “É um projeto que poderia ser feito com tecnologia local, com geração de empregos aqui. Mas, ao que tudo indica, foi moldado para beneficiar um grupo de fora”, disse.

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Sobrepreço

A denúncia feita em fevereiro alertava para critérios técnicos limitadores, que inviabilizavam a participação de outras empresas. O próprio TCE-PR confirmou um possível sobrepreço de R$ 209 milhões e reforçou que apenas um grupo teria condições de atender integralmente às exigências.

O deputado Arilson reiterou que não é contra o programa Descomplica Paraná, mas sim contra a forma como a licitação foi estruturada. Para ele, o Estado tem capacidade técnica e estrutura para desenvolver o projeto com participação ampla, transparente e com isonomia entre empresas.

“O que não pode é insistir em um processo que já nasce contaminado. Quando critérios são criados sob medida para uma única empresa, não há disputa real. É preciso rever o edital, garantir ampla concorrência e respeitar a decisão judicial vigente.”

O contrato tem validade de cinco anos, com possibilidade de prorrogação por mais cinco, e atenderá mais de 60% da população paranaense. Diante desse impacto, Arilson reforça que o processo precisa ser suspenso imediatamente para que o projeto seja retomado de forma legal e justa. “A pressa nesse caso só aumenta a suspeita. É hora de corrigir e fazer direito.”

Fonte: ALPR PR

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