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Escola da rede estadual luta contra o desperdício de alimentos dentro e fora da sala de aula

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Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto está incentivando alunos a se engajarem no projeto “Prato Limpo”. Na prática, a ação une conscientização e ensino, consistindo em uma série de tarefas após as refeições.

 

A professora de Ciências, Roseli Rodrigues da Silva, criou no Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto um projeto contra o desperdício de alimentos. Desde de muito pequena ensinada pela mãe a não jogar fora comida, ela decidiu fazer algo para mudar o cenário e os hábitos das crianças e adolescentes.

O nome é “Prato Limpo”. Ele surgiu de uma brincadeira da docente com os estudantes de que eles precisavam deixar o “prato limpo”. Roseli conta que tanto os alunos quanto a diretoria e coordenação deram força desde o começo do projeto, no início deste ano. E agora ele ganha cada vez mais força pedagógica.

“Eu comecei no sexto ano, mas a intenção é expandir para todos os alunos”, afirmou. “Com o projeto já é possível ver uma mudança de comportamento e novos hábitos nos alunos”.

Na prática, a ação une conscientização e ensino, consistindo em uma série de tarefas após as refeições: primeiro eles separam o resto da comida em duas lixeiras, uma para a casca de frutas e outra para os demais alimentos. O passo seguinte é a realização da pesagem, sob a supervisão do coordenador de Ciências da Natureza, Victor Eduardo Pauliv, responsável por fazer a estatística para saber quantas pessoas seria possível de alimentar com o que foi desperdiçado, cruzando esses dados também com o cardápio para verificar quais os principais alimentos “rejeitados” pelos alunos.

“É um dever nosso com o planeta. Só temos um, então é um dever de todos, crianças, jovens e adultos de zerar o desperdício”, afirmou o coordenador.

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Visando trazer mais engajamento para o projeto e relacionar com outras disciplinas, ele conta que conversou com professores de Matemática para fazer atividades relacionadas com o projeto. Então foi proposto para os alunos a realização de gráficos e planilhas para interpretar os dados na prática.

“Em conjunto com outro projeto, o Amigo dos Rios [da prefeitura de Curitiba], foi construída uma composteira para destinar essas cascas de frutas, e, no fundo do colégio tem uma mini-horta onde a intenção é usar essa matéria orgânica como fertilizante. Estamos construindo um ciclo de aprendizado completo”, diz Victor, sobre a expansão do projeto na escola.

RESULTADOS – O desperdício é atualizado diariamente e comparado com o valor do dia anterior. Pelos cálculos atuais, ele caiu de 15 quilos diários no começo do ano para 7 a 10 quilos por dia nos últimos meses, o que já mostra uma evolução significativa.

A agente educacional Ana Paula Julião, responsável pela coordenadoria do cardápio escolar, afirma que ir à sala falar sobre como é escolhido o cardápio foi muito importante nesse processo. Dessa forma ela conseguiu incentivar os alunos a ter consciência de que o desperdício causa impactos negativos e com a sua redução será possível investir em mais alimentos.

“A gente prestou bastante atenção quando a professora falou do projeto, porque a escola se dedica muito para dar alimentação para nós e quando demos conta estávamos desperdiçando muito”, contou a aluna Pietra Carolina, de 11 anos, que está engajada desde o primeiro dia na ideia.

Ela acredita que é muito importante que os alunos façam parte do projeto e ajudem, pois terá impacto no dia a dia dentro e fora do ambiente escolar.

O aluno Arthur Felipe da Costa também destaca a importância do projeto. Ambos passaram em diversas salas nos últimos meses reforçando as atividades e incentivando os demais a contribuírem. “Muita gente passa fome e o desperdício era grande na escola”, diz.

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E o projeto não está impactando apenas a vida dos estudantes, mas também dos servidores e funcionários da escola. Marcelo de Freitas, que trabalha na cozinha e na entrega da merenda, afirma que a parte mais interessante do projeto é a conscientização dos alunos. “Eles mesmo conseguem observar a necessidade e real valor da alimentação”, completa.

SEGURANÇA ALIMENTAR – Para garantir que todos da rede estadual de ensino estejam bem alimentados independente da realidade de suas famílias, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) ampliou em meados de 2022 o programa Mais Merenda, no qual todos os alunos das mais de 2,1 mil escolas da rede estadual de ensino recebem três refeições por turno, acrescentando um lanche na entrada e outro na saída, além da refeição completa tradicional já oferecida no intervalo.

O lanche pode ser composto por pães, bolos, bolachas, chás, sucos, achocolatados ou bebidas lácteas, além de frutas. Na merenda servida nos intervalos das aulas, os estudantes comem refeições completas, com arroz, feijão, carne, vegetais e outras opções.

Ao todo, o investimento na merenda escolar se multiplicou nos últimos anos, saindo de R$ 135 milhões em 2019 e deve ultrapassar os R$ 400 milhões no ano de 2022.

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Projeto de lei que institui o mês “Abril Verde e Amarelo avança na CCJ

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Nesta quarta-feira (02/04), a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) aprovou o Projeto de Lei nº 66/2025, de autoria do deputado estadual Marcio Pacheco (PP). A proposta visa instituir o mês de abril como “Abril Verde e Amarelo” no estado, com o objetivo de promover ações de conscientização sobre a importância da defesa da propriedade privada e o enfrentamento das invasões de terras, além de incluir essa temática no Calendário Oficial de Eventos do Paraná.

O deputado Marcio Pacheco explica que o projeto tem como finalidade auxiliar os proprietários de terras a se organizarem e a estabelecerem uma comunicação mais eficaz com as forças de segurança pública. Isso, de acordo com o parlamentar, permitirá que, diante de qualquer suspeita de invasão — seja por parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ou de grupos indígenas, como tem sido observado em Terra Roxa, Guaíra e Palotina — as autoridades possam agir com maior rapidez. Pacheco enfatiza que o Poder Judiciário deve cumprir seu papel com a agilidade necessária para que as reintegrações de posse ocorram de forma célere.

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“Não se trata de espalhar medo, mas de afirmar que, no Paraná, não aceitamos isso. O legítimo dono da terra precisa ter voz. Discutir esse grave problema já é uma grande reação. Não podemos mais ser omissos ou coadjuvantes. Afinal, os proprietários têm total legitimidade para buscar a melhor maneira de se proteger. Isso é uma questão de gestão de crise”, destaca Pacheco.

Para o deputado, a proposta também serve como uma medida preventiva ao “Abril Vermelho”, período em que o MST realiza a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária. Em um único dia do “Abril Vermelho” de 2024, de acordo com o parlamentar, o MST registrou 24 invasões em 11 estados, incluindo o Paraná. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA- Congresso Nacional), alerta para a possibilidade de um número recorde de invasões ocorrerem neste ano.

Além das invasões promovidas pelo MST, os agricultores paranaenses também enfrentam a ocupação de terras por povos indígenas. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) informa que, desde o final de 2023, nove propriedades rurais na região Oeste foram invadidas por indígenas. A reintegração de posse dessas áreas é de competência federal, o que limita a capacidade de reação do governo local.

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“A invasão de terras é crime, é ilegal e não é um método legítimo de reivindicação de direitos, pois contraria a legislação agrária vigente, que prevê instrumentos legais para a reforma agrária”, ressalta Pacheco. O deputado também destaca que essas ações geram violência, insegurança jurídica, riscos sanitários e impactos negativos na economia do Paraná.

A proposta de Pacheco segue o exemplo de um projeto similar aprovado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, evidenciando a relevância da iniciativa em um contexto de crescente tensão fundiária.

Fonte: ALPR PR

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