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Eleita vereadora de Curitiba, Camilla Gonda afirma que o Parlamento Universitário foi decisivo em sua trajetória

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“Participe! O Parlamento Universitário forma a cidadania”, garante a jovem advogada Camilla Gonda, 23 anos, que acaba de ser eleita vereadora de Curitiba pelo PSB, ao falar sobre essa conquista e destacar a importância da participação no programa desenvolvido pela Assembleia Legislativa do Paraná, fundamental para sua candidatura em 2024. A partir do próximo ano ela vai fazer parte da bancada feminina da Câmara Municipal da Capital, a maior da história da Casa Legislativa: das 38 cadeiras da Casa, 12 serão ocupadas por mulheres, representando 31%.

Com os 3.062 votos conquistados nas urnas no último domingo (6), Camilla será uma das mais jovens vereadoras da Câmara Municipal, onde terá a oportunidade de passar da simulação vivenciada em 2018, durante o Parlamento, para a prática. Durante a campanha, ela defendeu pautas como o direito das mulheres e o passe livre estudantil no transporte público. “Estou bastante emocionada, tentando entender o que aconteceu”, comentou ao falar sobre os resultados alcançados nas urnas.

“O Parlamento foi um pontapé, um momento em que reconheci que poderia ser uma agente política”, afirma a nova vereadora. Camilla, que terá completado 24 anos na época da posse (1º de janeiro) disse que “a nossa candidatura representa uma quebra de paradigmas”. “Agora é mostrar que a juventude e também as mulheres podem ter representação na Câmara Municipal. Não quero ser exceção; queremos formar lideranças; mostrar que ali é o espaço de várias mulheres e meninas que podem sonhar com a gente”, sublinha.

A administradora de empresas e professora, Andresa Fátima Gonda, mãe da futura vereadora, lembra, também emocionada, que desde pequena a filha apresentava uma personalidade crítica e demonstrava muita empatia com todos. “É uma retribuição de um trabalho muito grande. Sabemos que é um caminho muito vasto e difícil”, avalia. Andressa acredita que a filha precisa sempre trabalhar muito e estudar para garantir seu espaço. “É um trabalho feito pela juventude, que vai dar resultado para Curitiba”, acrescenta. Durante a entrevista, Andressa, que na segunda-feira (7) esteve acompanhando a filha na Assembleia, onde se encontraram com deputados e funcionários, recordou ainda de alguns importantes momentos do Parlamento e do entusiasmo da filha, ao compartilhar com a família a aprovação de seus projetos.

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Política era o meu lugar

Na época do Parlamento Universitário, Camilla já defendia a necessidade de esclarecer para a população as reais funções do legislativo. Em 2019, ela retornou ao Parlamento Universitário como voluntária, e relembrou agora um pouco da experiência de ter participado do projeto em dois momentos especiais: “Foi uma experiência incrível. Ali aprendi a fazer negociações. Aprendi bastante sobre o processo legislativo, como é feito um projeto de lei, por onde ele passa – pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e comissões temáticas – e sobre as votações em plenário. Isso é muito interessante, agrega bastante no nosso currículo e achei interessante participar”.

A vereadora eleita sempre se interessou por política e “tinha comigo a necessidade de entender mais sobre esse universo”, frisou. “Foi assim que conheci o Parlamento Universitário, me inscrevi ainda no primeiro ano de faculdade e fui selecionada para representar minha universidade. Dentro do Parlamento Universitário aprendi na prática o processo legislativo, conheci as comissões, entendi sobre o funcionamento de cada uma, tive a oportunidade de apresentar um projeto de lei e ver sua tramitação até a mesa do governador (para ser sancionado)”, acrescentou.

De acordo com Camilla, foi através do Parlamento Universitário que fez amigos, travou importantes contatos e confirmou que a política era o seu lugar. “Depois que o Parlamento encerrou, eu me filiei a um partido político, no qual já ocupei diversos cargos, como presidente de juventude municipal e vice-presidente de juventude Estadual. Em 2020 me candidatei às eleições para o cargo de vereadora, ainda aos 19 anos. Obtive 1.664 votos, o que me deixou bem posicionada entre os candidatos do meu partido”, recordou. “Com certeza a minha candidatura foi uma decisão tomada através da minha passagem pelo Parlamento Universitário. Aprendi tanto naqueles dias que levo até hoje a experiência adquirida. Quando me perguntam sobre o Parlamento Universitário eu respondo: a experiência que todo cidadão precisa passar”, completou.

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Integrante da chamada Geração Z, a futura vereadora dos curitibanos, que nasceu no ano 2000, apresenta um curriculum recheado de atividades acadêmicas e extra curriculares. Aos 17 anos, ingressou em duas universidades. Ela lembra que durante o período da graduação coordenou um grupo de estudos, representou a universidade em atividades extracurriculares pelo Paraná, realizou mais de 20 palestras e eventos, levou a primeira audiência pública externa da Câmara Municipal de Curitiba para a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), e organizou o projeto Câmara Municipal Universitária – premiado pela Câmara Municipal de Curitiba. Relata ainda que também estagiou em dois órgãos públicos e liderou uma equipe de mais de 100 pessoas em uma campanha política. Atualmente, é formanda em Direito pela PUCPR e desenvolve pesquisas na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Experiência prática no Legislativo

Ter a oportunidade de vivenciar as atividades de uma deputada ou um deputado estadual. Esse é o propósito do projeto Parlamento Universitário, projeto desenvolvido pela Escola do Legislativo da Assembleia do Paraná. O programa consiste na simulação das atividades parlamentares durante duas semanas, no mês de julho, quando os estudantes de diversas universidades participantes se dividem em bancadas partidárias, promovem a instalação de comissões temáticas, apresentam projetos e realizam a votação em plenário das propostas protocoladas.

O Parlamento Universitário visa oferecer aos cidadãos, em especial aos graduandos, o conhecimento e a vivência das atividades políticas do Parlamento, aprimorar a relação entre Estado e sociedade civil e proporcionar experiências práticas dos processos político e legislativo, permitindo aos jovens uma melhor compreensão do que é o dia a dia do deputado estadual, que vai além do comparecimento às sessões e a votação de projetos de lei, envolvendo muita preparação, conhecimento e trabalho.

Para saber mais sobre o Parlamento Universitário é só clicar no link: https://www.assembleia.pr.leg.br/escoladolegislativo/parlamento-universitario

Fonte: ALPR PR

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Projeto de lei que institui o mês “Abril Verde e Amarelo avança na CCJ

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Nesta quarta-feira (02/04), a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) aprovou o Projeto de Lei nº 66/2025, de autoria do deputado estadual Marcio Pacheco (PP). A proposta visa instituir o mês de abril como “Abril Verde e Amarelo” no estado, com o objetivo de promover ações de conscientização sobre a importância da defesa da propriedade privada e o enfrentamento das invasões de terras, além de incluir essa temática no Calendário Oficial de Eventos do Paraná.

O deputado Marcio Pacheco explica que o projeto tem como finalidade auxiliar os proprietários de terras a se organizarem e a estabelecerem uma comunicação mais eficaz com as forças de segurança pública. Isso, de acordo com o parlamentar, permitirá que, diante de qualquer suspeita de invasão — seja por parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ou de grupos indígenas, como tem sido observado em Terra Roxa, Guaíra e Palotina — as autoridades possam agir com maior rapidez. Pacheco enfatiza que o Poder Judiciário deve cumprir seu papel com a agilidade necessária para que as reintegrações de posse ocorram de forma célere.

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“Não se trata de espalhar medo, mas de afirmar que, no Paraná, não aceitamos isso. O legítimo dono da terra precisa ter voz. Discutir esse grave problema já é uma grande reação. Não podemos mais ser omissos ou coadjuvantes. Afinal, os proprietários têm total legitimidade para buscar a melhor maneira de se proteger. Isso é uma questão de gestão de crise”, destaca Pacheco.

Para o deputado, a proposta também serve como uma medida preventiva ao “Abril Vermelho”, período em que o MST realiza a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária. Em um único dia do “Abril Vermelho” de 2024, de acordo com o parlamentar, o MST registrou 24 invasões em 11 estados, incluindo o Paraná. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA- Congresso Nacional), alerta para a possibilidade de um número recorde de invasões ocorrerem neste ano.

Além das invasões promovidas pelo MST, os agricultores paranaenses também enfrentam a ocupação de terras por povos indígenas. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) informa que, desde o final de 2023, nove propriedades rurais na região Oeste foram invadidas por indígenas. A reintegração de posse dessas áreas é de competência federal, o que limita a capacidade de reação do governo local.

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“A invasão de terras é crime, é ilegal e não é um método legítimo de reivindicação de direitos, pois contraria a legislação agrária vigente, que prevê instrumentos legais para a reforma agrária”, ressalta Pacheco. O deputado também destaca que essas ações geram violência, insegurança jurídica, riscos sanitários e impactos negativos na economia do Paraná.

A proposta de Pacheco segue o exemplo de um projeto similar aprovado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, evidenciando a relevância da iniciativa em um contexto de crescente tensão fundiária.

Fonte: ALPR PR

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