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Audiência debateu políticas públicas para ampliar e aprimorar as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde

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A Assembleia Legislativa promoveu, nesta segunda-feira (09), no Auditório Legislativo, uma audiência pública, proposta pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e da Cidadania, deputada Professor Lemos (PT) com o objetivo de aprimorar as diretrizes para as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no âmbito do Sistema Único de Saúde do Paraná.

A Lei estadual nº 19.785/2018 de autoria do deputado Professor Lemos (PT) e do ex-deputado Péricles Mello instituiu as diretrizes para as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde do Estado do Paraná (SUS-PR). Consideram-se práticas integrativas e complementares em saúde os tratamentos que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, por meio de tecnologias alternativas e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.

O proponente e presidente da audiência pública, deputado Professor Lemos (PT) comentou sobre a importância de atualizar a legislação e como melhorar a implantação destas práticas no SUS. “As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no âmbito do SUS já é Lei no estado de Paraná. Nós estamos atualizando esta Lei, porque temos novidades nestas práticas que podem ampliar o alcance da Lei, por isso estamos reunindo especialistas do tema, lideranças de universidades, lideranças dos Conselhos Estaduais e Municipais e Saúde e profissionais da área, para que possamos fazer um outro projeto, alterando esta Lei para que ela possa dar conta do nosso tempo, atualizando e respondendo às demandas atuais”.

“Essas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são muito importantes, porque reúnem os conhecimentos em saúde, que são conhecimentos milenares, de diversos povos. E o Brasil tem uma sociedade plural, formada por pessoas de várias origens, a começar pelos povos originários. Nós tivemos também a felicidade de receber povos que vieram do continente africano, do continente asiático, da Europa, dos Estados Unidos, enfim, de todos os lugares do mundo. Pessoas aqui que trouxeram conhecimentos populares em área de saúde e nós estamos trabalhando para que este conhecimento milenar seja de fato apoiado pelo poder público, por isso precisamos legislar sobre o tema”, explicou o deputado Professor Lemos (PT).

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Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são abordagens terapêuticas que visam prevenir agravos à saúde, promover e recuperar a saúde, fortalecer o cuidado oferecido no SUS para ampliar a percepção da população para o autocuidado. Utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais como a aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, acupuntura, auriculoterapia, medicina antroposófica.

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) foi instituída em 2006. Atualmente, 12 estados e o Distrito Federal contam com políticas estaduais e distrital em PICS implantadas. No Paraná, 165 municípios utilizam práticas integrativas no tratamento de pacientes do SUS.

O SUS oferece 29 práticas integrativas e complementares. Dados do Ministério da Saúde apontam que desde a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), as terapias estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios brasileiros, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica. Atualmente, a acupuntura é a mais difundida com 707 mil atendimentos e 277 mil consultas individuais. Em segundo lugar, estão as práticas de Medicina Tradicional Chinesa com 151 mil sessões, como taichi-chuan e liangong. Em seguida aparece a auriculoterapia com 142 mil procedimentos. Também foram registradas 35 mil sessões de yoga, 23 mil de dança circular/biodança e 23 mil de terapia comunitária, entre outras.

No Paraná, a Lei estadual nº 19.118 de 11 de setembro de 2017, de autoria do ex-deputado Péricles Mello, instituiu a Semana Estadual de Práticas Integrativas e Complementares Terapêuticas de Saúde (PCIS), a ser realizada anualmente na primeira semana do mês de maio. A semana ora instituída tem por objetivo a divulgação da Portaria do Ministério da Saúde nº 971, de 3 de maio de 2006 e passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos do Estado do Paraná.

Para a coordenadora da Rede de Práticas Integrativas e Complementares (PICS/PR), Katia Torres, “essa audiência pública foi feita exatamente para podermos atualizar a Lei de 2018 para termos maior assertividade na implantação, trazendo mais ferramentas e propostas para inclusão dentro do Sistema Público de Saúde, para que as práticas sejam efetivamente implementadas no Paraná. Atualmente, 80% dos países no mundo já utilizam as Práticas Integrativas e Complementares em seus sistemas de saúde. No Brasil está em torno de 85% a implementação, e o Paraná precisa avançar, mas sempre conversando com outras políticas do desenvolvimento socioeconômico no Estado”.

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Sobre a Rede PICS/PR, a coordenadora Katia explicou como atua. “Somos uma rede de atores sociais interessados nas práticas ou que possuem formação e atuação. Somos uma rede de profissionais, de terapeutas, de usuários, de movimentos sociais, de pesquisadores, de professores, etc. Queremos reunir todos os interessados envolvidos com as práticas integrativas do Estado. A pesquisa, o ensino, a capacitação e os profissionais envolvidos tem avançado exponencialmente, por isso é necessária adequar a legislação para que acompanhe todas estas mudanças”.

A chefe de Divisão de Promoção da Alimentação Saudável e Atividade Física da Área Técnica das Práticas Integrativas da Secretaria Estadual de Saúde (SESA), nutricionista Cristina Klobukoski, demonstrou as ações afirmativas implementadas pela SESA para o setor. “Temos técnicos de referência nas 22 Regionais de Saúde, promovemos a articulação constante nos municípios, fizemos a inserção das PICS de forma transversal nas Linhas de Cuidado, participamos de eventos e reuniões técnicas com palestras e ofertas de PICS, ofertamos cursos de formação em PICS, temos uma parceria no Projeto SUSTENTEC da Itaipu sobre plantas medicinais em 11 regionais de saúde, divulgamos os cursos autoinstrucionais gratuitos, disponibilizamos documentos orientativo para implantação das PICS, além de um constante monitoramento e avalição da implementação”.

Participaram da audiência pública como conferencistas explicando suas atuações, apontando as lacunas na legislação e interagindo na busca das melhores soluções para o setor o proponente e presidente do evento, deputado Professor Lemos (PT); por videoconferência o deputado federal Elton Welter (PT); gerente da Divisão de Ação Ambiental da Itaipu Binacional, Ronaldo Juliano Pavlak; a presidente do Sindicato dos Terapeutas (SINTHALPAR), Roseli Gonçalves; coordenadora da Rede de Práticas Integrativas e Complementares (PICS/PR), Katia Torres; diretora geral da Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia (AOPA), Denielle Comarella; o coordenador da Cooperativa nacional de Terapeutas e Profissionais de Saúde (Conapic), Alan Kornin; a integrante da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde, Maria Cruz; a participante da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde – Núcleo Paraná, Eleine Aparecida Penha Martins; do conselho Regional de Farmácias do Paraná, Vinícius Bednarczuk e o coordenador do Projeto Plante e Colha Saúde da SUSTENTEC Produtores Associados, professor Jair Kotz.

Fonte: ALPR PR

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Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia celebra ano de conquistas

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O Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia Legislativa do Paraná fechou 2024 com um saldo bem positivo de ações, atividades, expansão do Programa Tampinha Paraná e arrecadação de tampinhas, brinquedos e livros. “Em 2024, o Conselho reafirmou seu compromisso de atuar como uma ponte entre a sociedade e a Assembleia Legislativa, promovendo iniciativas que ampliaram o alcance social da Casa de Leis. Nosso trabalho buscou engajar a população em ações que fomentaram a inclusão, a solidariedade e o respeito aos direitos de todos, especialmente dos grupos mais vulneráveis”, afirmou a presidente do Conselho, Rose Traiano.

O programa Tampinha Paraná ampliou sua atuação com novas parcerias como com o Museu Alfredo Andersen, a Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná (APAP), a Agência Reguladora do Paraná (Agepar) e a Sanepar. Parcerias estas que resultaram em grandes arrecadações de tampinhas plásticas que foram doadas ao Asilo São Vicente de Paulo, em Curitiba. Em 2024, o Programa Tampinha Paraná também ganhou um jingle e um mascote.

A campanha de arrecadação de tampinhas plásticas foi lançada em maio do ano passado com o objetivo de incentivar instituições, legislativos municipais, associações de classe, entre outros a arrecadarem tampinhas plásticas que serão destinadas às entidades assistenciais. De lá para cá foram inúmeras arrecadações, adesões e doações tanto que a campanha ganhou corpo e virou a lei estadual nº 21.697/2023. A iniciativa do programa é unir esforços de entidades públicas e privadas para promover a cultura de sustentabilidade ambiental e também de proteção às pessoas vulneráveis e representa o atendimento às demandas sociais de diferentes matizes.

Demais ações do Conselho

Ainda durante o ano de 2024 foram inúmeras ações e atividades como apoio à exposição fotográfica “A Outra Face do Autismo”, em comemoração ao Abril Azul; às ações do mês de Conscientização sobre o Autismo promovido pela Casa de Leis; à campanha do Governo do Estado “SOS Rio Grande do Sul”, com o recebimento de mantimentos para os desabrigados no estado e à campanha do Outubro Rosa promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia.

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Também, via Conselho, foram realizados dois Grandes Expedientes. Um para homenagear o artista Nilson Müller, ilustrador e criador do personagem Zequinha e na ocasião também aconteceu o encontro entre os personagens Zequinha (criado por Müller) e do mascote Tampinha. O outro Grande Expediente foi com a diretora do Hemepar, Vivian Raksa, que falou sobre a importância da doação de sangue em alusão ao Dia do Doador de Sangue Voluntário, celebrado em 25 de novembro. “Cada campanha, parceria e doação realizadas este ano são reflexos de um esforço coletivo para transformar vidas e criar um impacto positivo”, pontuou a presidente do Conselho, Rose Traiano.

A inclusão digital às pessoas idosas também não ficou de lado em 2024. Mais cinco Workshop “Uso Seguro e Consciente da Internet”, em parceria com a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) foram realizados. Um com dicas contra golpes virtuais, com o delegado titular da Delegacia de Estelionatos em Curitiba, Emmanoel David; um com a coordenadora do Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon/Paraná), Cláudia Silvano, sobre ações e dicas sobre os direitos dos consumidores 60+ e prevenção de golpes na internet; um curso intensivo sobre o uso básico do celular na Semana Internacional do Idoso, ocorrido em outubro e um sobre Inclusão Digital. E para fechar o ano, uma Feira de Tecnologia 60+ que apresentou aos participantes interações sem as limitações físicas do mundo real através de dispositivos dedicados, como óculos de realidade virtual e robô social autônomo, além de palestra sobre o metaverso e Inteligencia Artificial (AI).

O Conselho também promoveu duas campanhas solidárias. A “Doe uma História, Inspire um Futuro”, no mês das Crianças, com a arrecadação de mais de mil exemplares de livros infantis e infantojuvenis que foram doados às crianças em situação de vulnerabilidade. E a Campanha de Natal 2024 com arrecadação de brinquedos às crianças dos servidores terceirizados da Casa de Leis.

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“Para 2025, nossa meta é ampliar ainda mais o alcance dessas ações, fortalecendo parcerias existentes e criando novas oportunidades de colaboração com instituições e a sociedade civil. Queremos tornar a Casa do Povo cada vez mais acessível, promovendo mais inclusão digital, conscientização ambiental e campanhas sociais que façam a diferença no dia a dia das pessoas. O desafio é grande, mas a vontade de construir uma sociedade mais justa e solidária nos move todos os dias”, disse a presidente do Conselho Rose Traiano.

Atribuições do Conselho

Instituído pelo ato da Comissão Executiva nº 2549/2023, o Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia tem como atribuições promover o desenvolvimento de ações e incentivar o engajamento em ações voluntárias e de atos de solidariedade, visando o fortalecimento do vínculo do Poder Legislativo Estadual com a comunidade e o senso de dever cívico; identificar necessidades e vulnerabilidades sociais, organizar sistema de informações para desenvolver projetos, ações e adotar iniciativas que possam ser realizados em conjunto, pelo poder público estadual e municipal, iniciativa privada, entidades do terceiro setor e cidadãos, por meio de parcerias solidárias, visando potencializar os benefícios à comunidade paranaense e participar na organização e divulgação de estudos e pesquisas voltadas ao aperfeiçoamento das ações sociais promovidas pela casa legislativa em sua área de atuação. Vale ressaltar que as atividades desenvolvidas pelo Conselho não são remuneradas, tampouco indenizadas. Também integram o Conselho: Cleusa de Fatima Caieiro, Daniela Vanzo Duarte, Kely Schiavinato, Amanda Victoria de Lima, Paulo Valente e demais colaboradores.

Fonte: ALPR PR

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