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Vida no campo: IAT leva água potável para 2.350 famílias no primeiro semestre

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O Governo do Estado instalou 59 poços tubulares no primeiro semestre de 2024, beneficiando 2.350 famílias paranaenses, moradores de comunidades rurais de 25 municípios. O investimento foi de R$ 912.730,00. Houve aumento de 15,6% no número de poços em relação a 2023, que registrou a instalação de 51 unidades, alcançando 1.176 famílias.

A ação integra o programa Água no Campo, desenvolvido pelo Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável.

Por conectarem aquíferos subterrâneos com a superfície, os poços artesianos são estruturas essenciais para o fornecimento de água em pontos mais isolados das cidades. Ao todo, o Estado possui 177 municípios que dependem de reservatórios deste tipo para colaborar com o abastecimento da população. A meta é chegar a 150 equipamentos instalados até o fim deste ano.

“O Paraná possui mais de 4 mil pontos que dependem de um sistema de saneamento rural. Geralmente a água nessas comunidades é coletada da captação de um córrego próximo, ou usando poços mais rasos, que são métodos que resultam em uma água de menor qualidade. Esses córregos também são mais propensos à escassez em períodos de estiagem. Por isso, a necessidade da construção de poços artesianos, estruturas bem mais eficientes no fornecimento de água”, afirma o diretor-presidente do IAT, José Luiz Scroccaro.

Desde 2019, o Água no Campo já perfurou 676 poços em 163 cidades paranaenses, totalizando um investimento de R$ 10,45 milhões, recursos que fazem a diferença nas estruturas administrativas municipais. 

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Segundo o diretor da Divisão de Poços do IAT, Ronye Alexandre Pinto Pascoalotto, se o município realizasse a contratação direta com uma empresa particular para perfuração de um poço, a obra poderia custar de R$ 70 mil a 120 mil por equipamento, dependendo do perfil geológico da região e da profundidade necessária para atender as necessidades hidrológicas dos habitantes.

“O benefício é muito grande para o município. Por meio da parceria, as prefeituras gastam no máximo R$ 16 mil por equipamento, para um poço com 300 metros de profundidade. A economia desse recurso pode ser aplicada em outras áreas, inclusive na implantação do sistema”, disse ele.

Após a conclusão dos serviços de perfuração, fica sob responsabilidade da prefeitura local a regularização da área de uso em comum, a operacionalização do poço (bomba, reservatório, energia e adução) e a solicitação da outorga de uso do manancial. No entanto, em 2023 o IAT também destinou recursos para ajudar na instalação de poços já perfurados, em ações que ultrapassaram R$ 2 milhões de investimentos para a compra de 91 kits de equipamentos destinados para 36 cidades.

“Nós, que estamos no campo, percebemos a gratidão da população por receber uma água de qualidade em casa, algo que antes era quase inimaginável para eles”, ressaltou Pascoalotto.

POPULAÇÃO – Comerciante em Jesuítas, cidade de pouco mais de 10 mil habitantes, no Oeste do Paraná, Lirson Padilha de Oliveira conta que a vida das sete famílias que moram na comunidade se transformou após a instalação do poço. “Era um sonho. Desde que a mina que nos abastecia secou, ficou complicado. Agora que o Estado furou esse poço é vida nova”, disse.

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“É uma maravilha, a coisa mais linda do mundo. Agradeço à Nossa Senhora por agora ter água em casa, que esse poço dê bastante água para abastecer toda essa gente. Uma bênção”, acrescentou Iraci Calisto de Oliveira Ferri.

ÁGUA NO CAMPO – O programa Água no Campo, do IAT, tem como objetivo beneficiar famílias com dificuldade de acesso à água e que dependem das atividades econômicas ligadas ao campo, em ações conjuntas com as prefeituras locais. 

Para a perfuração de um poço artesiano é necessário anuência do órgão ambiental estadual. Após essa etapa, é preciso possuir a outorga do uso de direto das águas. Os requerimentos podem ser protocolados por meio do Sistema de Informações para Gestão Ambiental e de Recursos Hídricos (SIGARH).

MUNICÍPIOS – As cidades beneficiadas nesses primeiros seis meses de 2024 foram Amaporã, Araruna, Bela Vista da Caroba, Boa Esperança, Brasilândia do Sul, Campo Bonito, Campo Mourão, Guaraniaçu, Iretama, Itambaracá, Jussara, Manoel Ribas, Marilena, Mariluz, Quarto Centenário, Quedas do Iguaçu, Ramilândia, Rebouças, Reserva do Iguaçu, Ribeirão Claro, Rio Azul, São Jorge do Ivaí, Tapira, Terra Boa e Vitorino.

Fonte: Governo PR

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Portos do Paraná realiza oficina de coleta e despolpa do açaí juçara em comunidade no Litoral

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Moradores da no Litoral do Paraná, participaram nesta quarta-feira (02) da 2ª Oficina de Coleta, Higienização e Despolpa de Juçara, fruta semelhante ao açaí amazônico. A iniciativa da Portos do Paraná busca estimular uma nova fonte de renda para as comunidades locais, predominantemente compostas por pescadores, além de promover a preservação da palmeira juçara, espécie ameaçada de extinção.​

“Com o conhecimento da despolpa dos frutos, é possível uma mudança cultural, possibilitando renda às comunidades e incentivando o plantio das sementes”, destacou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.​

A oficina integra o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Autoridade Portuária e surgiu como uma demanda dos próprios moradores. “No Sul do Brasil basicamente não temos a cultura do aproveitamento deste fruto. Já no Norte, é muito comum. Estamos trazendo a oficina para estimular esta nova opção”, explicou o coordenador de Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco Pereira Cordeiro. “A sementinha roxa produz um açaí de excelente qualidade”.​

O Instituto Juçara de Agroecologia conduziu as atividades teóricas e práticas. “A coleta da juçara no Litoral é feita entre março e maio. É neste período que a palmeira vai frutificar e os cachos com os frutos vão amadurecer”, comentou o vice-presidente do Instituto, Rafael Serafim da Luz.​

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O fruto da juçara é semelhante ao açaí da Amazônia, porém, a palmeira nativa das áreas litorâneas de Mata Atlântica, Euterpe edulis, difere das palmeiras que produzem o açaí tradicional da região Norte do país. O “açaí juçara” é rico em antocianina, um antioxidante que confere a coloração roxa escura, muito semelhante ao açaí amazônico. Além do fruto, a palmeira também é conhecida por produzir o palmito juçara.​

O fruto é extremamente rico em ferro e cálcio, elementos que complementam muito bem a alimentação. “É uma planta que se desenvolve super bem, de fácil manejo. E a gente vê na casa das pessoas, faz parte da paisagem dos caiçaras”, pontuou Serafim da Luz.​

SELEÇÃO DE GRÃOS – A merendeira Adi Fátima Lourenço possui algumas palmeiras no quintal de casa, uma das quais foi utilizada durante a oficina. “A gente se criou subindo nos pés de juçara, mas não sabia fazer os sucos. E essa oficina vai ajudar na renda mesmo. Dá pra fazer bolo, pão. É um diferencial que as pessoas sempre estão procurando”, comentou Adi.​

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Durante a coleta e higienização, ocorre a seleção dos grãos maduros e sadios, que passam por um processo de lavagem com água sanitária para a esterilização das bactérias. Após o enxágue, eles são encaminhados para a despolpadeira, que remove os caroços, sementes ou cascas, resultando em um líquido engrossado e peneirado.​

CURSOS E OFICINAS –  Pelo Programa de Educação Ambiental, a Portos do Paraná realizou, desde 2019, dezenas de oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes gratuitos para comunidades litorâneas do Estado.

As iniciativas buscam promover, além de práticas permaculturais, a educação ambiental, a organização comunitária e a valorização ambiental, ao mesmo tempo em que apresentam possibilidades de geração de renda para os membros das comunidades.

Entre os temas abordados estão comunicação e atendimento e introdução à maquiagem para jovens, em parceria com o Senac. As mulheres das comunidades de Piaçaguera e do Valadares também puderam participar dos cursos de corte e costura.

Fonte: Governo PR

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