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Universidades estaduais buscam oportunidades para o avanço do ensino superior do Paraná

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O aperfeiçoamento da gestão acadêmica e pedagógica para a excelência do ensino superior é o eixo central do Seminário Estadual de Coordenações de Cursos de Graduação do Paraná. Promovido pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o evento acontece desde a quarta-feira (25), no campus da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), em Curitiba, com a participação de aproximadamente 300 professores das sete instituições de ensino superior pertencentes ao Governo do Estado. A programação termina nesta sexta-feira (27).

Entre os participantes estão os docentes que coordenam cursos de bacharelado, bacharelado/licenciatura e de tecnologia, nas diferentes áreas do conhecimento, além de pró-reitores de ensino e de graduação, além de outros gestores administrativos das universidades.

Com uma abordagem ampla, convidados de renome nacional ministraram, ao longo desses três dias, palestras relacionadas aos desafios acadêmicos para assegurar a qualidade do ensino nas universidades públicas. Os especialistas destacaram temas atuais, como as perspectivas para a flexibilização curricular, a permanência estudantil universitária e a implementação de políticas no campo da educação superior, com ênfase em equidade, inovação tecnológica e adequação de diretrizes.

Para o diretor de Estatísticas Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Carlos Eduardo Moreno Sampaio, o levantamento de dados é importante para orientar o planejamento da expansão do ensino superior. “As universidades precisam se reconhecer nas estatísticas gerais para que, em âmbito local e regional, possam refletir sobre os desafios que acontecem nas próprias instituições, e agir para solucionar as questões retratadas nos indicadores”, disse. 

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Segundo a supervisora de Permanência Pedagógica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Marilda Aparecida Dantas Graciola, estudos científicos mostram que fortalecer a autoeficácia pode impactar positivamente o desempenho acadêmico.

“É importante que as universidades promovam ações para estimular que os estudantes acreditem nas próprias habilidades, pois um ambiente universitário que valoriza a autoeficácia contribui para que eles se sintam capacitados, engajados no aprendizado e, consequentemente, alcancem o bem-estar e a concluam”, afirmou.

A pró-reitora de Graduação da Universidade Federal do ABC (UFABC), Fernanda Graziella Cardoso, destacou a importância da flexibilização curricular. “A ideia é pensar um modelo de matriz curricular mais flexível e atrativo, com ausência de pré-requisitos, para que os estudantes tenham uma trajetória de formação mais autônoma e personalizada”, defendeu.

PAINEL – Um painel especial reuniu gestores da Seti, do Conselho Estadual de Educação do Paraná e da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico para apresentar o cenário regulatório do Sistema Estadual de Ensino Superior do Paraná.

Para o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, os coordenadores de curso são atores essenciais no processo de melhoria contínua do ensino superior. “Nossas universidades são reconhecidas como instituições de excelência e as melhorias passam pelo debate de ideias diversas e coletivas, com diferentes pontos de vista que podem contribuir para a condução de políticas públicas”, afirmou.

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Ele destacou que parte da programação do encontro de coordenadores foi dedicada para discutir a gestão dos cursos e pensar em melhores alternativas para promover um avanço em termos de qualidade do sistema de ensino superior paranaense.

O presidente do Conselho Estadual de Educação do Paraná, João Carlos Gomes, reforçou a importância de fortalecer as políticas públicas voltadas para o ensino superior. “A ideia é ampliar o ingresso de estudantes na graduação, reduzir a evasão e ampliar a taxa de conclusão nas universidades”, salientou. “A criação de novos cursos, incluindo tecnológicos, é uma das estratégias em vista para atender as demandas do mercado de trabalho”, disse.

PROPOSTAS – Como parte da programação do seminário, os participantes se reuniram em grupos de trabalho, de acordo com os campos do conhecimento, para sugerir ideias e recomendações que possam subsidiar políticas públicas para a melhoria do ensino superior paranaense. As propostas serão consolidadas pela equipe da Coordenadoria de Ensino Superior da Seti e avaliadas como base para orientar futuras medidas do governo estadual.

Os professores discutiram estratégias de acolhimento e apoio aos universitários desde o ingresso até a conclusão do curso. A implementação de novas metodologias de ensino e avaliações personalizadas foram destacadas como alternativas para melhorar a aprendizagem, competências e habilidades dos alunos. Também foi enfatizada a necessidade de integrar tecnologias educacionais ao currículo para proporcionar uma experiência mais inclusiva e adaptada às necessidades dos estudantes. A gestão eficaz dos cursos foi outro ponto central, passando por alinhamento de práticas pedagógicas e administrativas.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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