PARANÁ
Unioeste comemora 30 anos com cerca de 50 mil alunos formados no Paraná
Publicado em
2 de dezembro de 2024por
Itajuba Tadeu
A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) completou três décadas de impacto na educação e no desenvolvimento regional. As comemorações começaram no mês de julho nos campi de Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Toledo e Marechal Cândido Rondon e na última semana a programação foi concluída em Cascavel com os diretores de todas as unidades. Nesse período mais de 50 mil profissionais foram formados nas salas da instituição.
A consolidação da universidade deve-se a um trabalho contínuo de excelência acadêmica, pesquisa de ponta e formação profissional comprometida com a realidade regional e nacional. Nesse período, a Unioeste não só ampliou significativamente sua oferta de cursos de graduação e pós-graduação, mas também aprofundou a presença em rankings acadêmicos nacionais e internacionais, demonstrando a qualidade do corpo docente e discente, bem como o impacto das pesquisas e projetos extensionistas realizadas na Instituição.
A história da Unioeste em Cascavel começou no final dos anos 1960, com a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cascavel (FECIVEL), visando suprir a carência de educação superior na região. Em 1972, foi formalmente instituída como a Fundação Universidade Oeste do Paraná (FUOP), com cursos de Licenciatura.
Ao longo dos anos, novos cursos foram implementados, como Administração, Enfermagem e Engenharia Agrícola, até a transformação em universidade em 1994, ampliando a oferta de cursos como Medicina, Odontologia, Engenharia e Fisioterapia. A universidade seguiu crescendo, com novos cursos, como Ciência da Computação, História e Geografia. Ela foi a primeira entre as estaduais a conseguir o conceito 5 do MEC no índice geral de cursos.
O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, comentou a grande relevância da Unioeste no sistema de ensino superior e a qualidade do trabalho exercido pela Instituição. “A Unioeste completa 30 anos de reconhecimento como instituição de ensino e atingindo essa idade com um conceito máximo do MEC que diz respeito a qualidade do ensino, sendo a nossa primeira universidade estadual a obter a nota 5”, disse.
“A universidade também vem crescendo na área da ciência e tecnologia com ofertas de novos mestrados e doutorados, criação de programas de relação direta com a comunidade e ajudando no desenvolvimento de toda a região Oeste e Sudoeste do Paraná”, complementou.
“Ver todos que fizeram e fazem parte da construção dessa universidade é gratificante, ter a possibilidade de ser reitor e ir em reuniões nos setores públicos e privados e encontrar egressos da Unioeste me enche de alegria. A Unioeste vive um momento ímpar de consolidação. Ressalto ainda que uma universidade não se faz sem pessoas e a Unioeste é o que é por todos que aqui passaram ao longo dessas três décadas”, disse o reitor da Unioeste, Alexandre Webber.
“Estamos comemorando 30 anos de reconhecimento, uma universidade jovem e que ao longo desse tempo foi se desenvolvendo. Fazer três décadas em um momento em que a Instituição é reconhecida como uma das melhores do país e da América Latina em todos os rankings que participa é muito gratificante, porém o melhor de tudo é o reconhecimento à sociedade porque é ali que a nossa missão se concretiza”, enfatizou o vice-reitor da Unioeste, Gilmar Ribeiro de Mello.
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OUTROS MARCOS – Além das unidades acadêmicas, a universidade conta com outras estruturas fundamentais para o seu funcionamento.
A construção da reitoria da Unioeste, no campus de Cascavel, por exemplo, representou um marco importante no desenvolvimento institucional e educacional da região Oeste. A obra foi inaugurada em 1997 e conta com área construída de 3.286 metros quadrados. No prédio com três pisos estão instaladas as pró-reitorias de Graduação, Extensão, Assuntos Comunitários e Administração, Pós-Graduação e Pesquisa, Assessoria de Comunicação Social, Assessoria Jurídica, Convênios e Captação de Recursos, gráfica Universitária, além de Secretaria de Conselhos Superiores.
Desde o projeto inicial, a edificação da reitoria foi pensada para refletir os princípios de modernidade e sustentabilidade. Além disso, a obra foi pensada para centralizar a administração da universidade e oferecer melhores condições de trabalho e atendimento à comunidade acadêmica. A reitoria foi construída durante a gestão do governador Jaime Lerner. Ao longo dos 27 anos o edifício da reitoria se tornou o centro de decisões administrativas e acadêmicas da instituição, contribuindo para a criação de uma identidade institucional forte.
O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) teve sua origem na década de 1970, com a criação do Hospital Regional de Cascavel, na época o objetivo era atender a região influenciada pela Usina de Itaipu. As obras começaram em 1977 e, em 2000, o hospital foi incorporado à Unioeste.
Ao longo dos anos, o hospital se consolidou como referência em atendimentos de alta complexidade. Com uma área de quase 38 mil m² e 368 leitos, em 2023, o HUOP realizou mais de 150 mil atendimentos, incluindo 4.097 nascimentos, mais de 80 mil consultas e cerca de 960 mil exames, destacando-se como um centro de excelência para toda a região.
O diretor geral do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, Rafael Muniz de Oliveira, comenta a importância da Unioeste nesses 30 anos para a unidade hospitalar. “Essa união e parceria entre a Unioeste e o HUOP é muito vantajosa para o hospital, pelo ensino, pesquisa e extensão universitária que acontece dentro da unidade, onde os estudantes podem participar de um processo que é inimaginável. Ao mesmo tempo, o crescimento e importância do Hospital para as regionais de saúde do Oeste e Sudoeste do Paraná”, disse.
Fonte: Governo PR
PARANÁ
Rede estadual de educação do Paraná acolhe professores e alunos autistas
Published
59 minutos agoon
2 de abril de 2025By

Quando ingressou como professor na rede estadual de ensino, aos 21 anos, Evalney Riely Horst sentia que havia uma barreira entre ele e os demais colegas. Interpretar simples entonações de voz ou outros sinais não verbais representava uma dificuldade para ele. Ao participar do planejamento de educação inclusiva da escola, anos depois, ele teve a oportunidade de conhecer mais a fundo o que era autismo. Tendo se identificado com muitas de suas características, resolveu ele mesmo procurar orientação profissional.
Em 9 de abril de 2024, Evalney, aos 37 anos, finalmente recebeu o diagnóstico de portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “No começo foi estranho, precisei de um tempo até aceitar. Mas depois tudo foi fazendo sentido”, lembra.
Desde a época em que estudava, Evalney tinha dificuldade para se enturmar, exceto quando se envolvia com atividades que o interessavam, como xadrez, informática e jogos eletrônicos, e que o tornavam alvo de bullying. Faltavam ao ambiente escolar formas de acolhimento a alunos como ele. “Não havia suporte, nem ouvíamos falar sobre autismo naquela época. Foi bem complicado para mim”, afirma.
Com o objetivo de promover a inclusão e o combate à discriminação da pessoa autista, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2008, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado principalmente pela dificuldade de comunicação e interação social, podendo apresentar ou não déficits intelectuais e hiperfocos.
“Não tem cura, mas tem tratamento”, afirma a pedagoga e especialista em psicopedagogia e educação especial, Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno. “O maior desafio enfrentado pela pessoa com TEA é que muitas vezes ele é tratado de forma equivocada, apenas com medicação. Também é necessário que haja acompanhamento terapêutico e orientação adequada”.
O diagnóstico é feito por meio de avaliações, observações e acolhimento de relatos familiares e clínicos e deve acontecer o mais cedo possível. “Aos primeiros sinais atípicos no desenvolvimento infantil, pode-se iniciar o acompanhamento multidisciplinar objetivando uma avaliação completa do quadro”, explica o psicólogo Paulo Ricardo Ferreira.
Segundo Siana, a importância do diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações ao longo da vida para a pessoa com TEA. “É para que o autista não venha a sofrer graves consequências na vida adulta, como depressão ou mesmo outros transtornos mais sérios, que poderiam causar prejuízos pela dificuldade de compreensão, tanto por ele como pelas pessoas de seu entorno”.
ENSINO DE QUALIDADE E INCLUSÃO – Juarez Gabriel Miranda Franco de Lima sempre gostou de ir ao circo. Um dia, em 2020, pendurou uma cortina na garagem de casa, botou um nariz de palhaço, apontou uma câmera para o palco improvisado e se apresentou como o palhaço JG. “Teve malabarismo com chapéu, piadas e muitas músicas infantis”, ele recorda. “Normalmente eu faço sozinho, mas às vezes deixo meus amigos fazerem uma apresentação”.
Aos 6 anos, Juarez era tratado como uma criança hiperativa. Até que Cleusa, sua mãe, orientada pela escola em que ele estudava, procurou ajuda profissional para o diagnóstico para TEA, que acabou se confirmando. A princípio preocupada – na adolescência, ela havia cuidado de uma criança com autismo severo –, Cleusa ficou aliviada com o apoio dado pela escola. “Ele conseguiu uma professora para ajudá-lo a se desenvolver nos estudos”, ela conta. “Tinham muita paciência e muito amor por ele. Ele é um menino muito inteligente e muito carinhoso com todo mundo”.
Além das apresentações como o palhaço JG – devidamente registradas em seu canal no YouTube –, Juarez, que está no terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Wolff Klabin, é atleta, tendo competido em três edições dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps), representando o Centro de Referência Paradesportiva de Telêmaco Borba. Em 2023, ele foi campeão paranaense, tendo conquistado ouro nas modalidades de 100, 200 e 400 metros. Correr, diz Juarez, o ajudou a se tornar uma pessoa mais independente. “Consigo cuidar de mim mesmo e já saio sozinho. Eu costumava me isolar, mas agora saio e convivo com outras pessoas”, comemora Juarez.
Essas conquistas de Juarez e de outros 12 mil estudantes com diagnóstico de TEA são possíveis graças aos serviços de acolhimento e assistência oferecidos pela Secretaria Estadual da Educação (Seed-PR). Esses serviços são distribuídos nas escolas levando-se em conta as necessidades dos estudantes.
Os Profissionais de Apoio Escolar (PAE), que ajudam estudantes com deficiência a participar das atividades escolares, e Professores de Apoio Educacional Especializado (PAEE), que atendem alunos com necessidades educacionais especiais, são contratados conforme estudo de caso.
Já as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), que funcionam no contraturno e ajudam na integração social dos alunos, são autorizadas para todas as escolas que possuam estudantes da educação especial e que não sejam de educação integral.
“O Paraná desenvolve ações voltadas aos alunos com TEA desde a origem do atendimento educacional especializado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Com o aumento do número de estudantes identificados, as ações têm sido potencializadas para garantir a inclusão de todos eles”.
Hoje, para atender estudantes com diagnóstico de TEA, a rede estadual de educação conta com cerca de 3 mil SRMs, 1.400 PAEs e 4.100 PAEEs.
“Hoje em dia, eu percebo muitas coisas boas, como atendimento especializado com profissionais capacitados, salas de recursos multifuncionais e palestras para conscientização”, avalia Evalney, que hoje leciona no Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati, no Centro-Sul do Estado. “Na escola, quando contei do diagnóstico, a direção me acolheu e inclusive me incentivou a usar o cordão do autismo, como forma de inspirar alunos autistas”.
Fonte: Governo PR

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