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Unidade mais antiga da PM, Regimento de Polícia Montada completa 144 anos

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O Regimento de Polícia Montada “Coronel Dulcídio”, unidade da Polícia Militar do Paraná, completou 144 anos nesta sexta-feira (30), com uma solenidade na sede do RPMon, em Curitiba. O evento contou com a presença do secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, e do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jefferson Silva.

Durante a solenidade, autoridades civis e militares foram homenageadas com a entrega da medalha “Heróis da Cavalaria”, maior condecoração do RPMon, e que é destinada aos que se destacaram em suas funções para engrandecimento da corporação em prol de melhores serviços à população.

O Regimento de Polícia Montada atua, principalmente, nos locais de acesso restrito, em parques públicos e em locais de grande movimentação de pessoas, auxiliando as demais Unidades Operacionais de Área (UOA).

As equipes são empregadas no policiamento externo de futebol, shows, carnaval, eleições, comícios, passeatas, carreatas, parque de exposição, festivais musicais e folclóricos. Extraordinariamente, podem ser empregadas também em situações de distúrbios civis, reintegrações de posse e calamidade pública.

Jefferson Silva lembrou que o Regimento de Polícia Montada é uma referência. “É fundamental para nossa corporação. A presença dela leva ainda mais segurança para a população paranaense”, disse o coronel. “É um momento importante para que possamos lembrar de como a Polícia Militar está bem representada por esses policiais e cavalos que atuam diariamente em prol da sociedade”.

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O comandante do Regimento, tenente-coronel Luciano Cordeiro, falou sobre a oportunidade de comandar a unidade histórica e ressaltou os investimentos realizados para a melhoria da atuação policial.

“Recentemente mais seis cavalos foram incorporados à nossa atividade e isso promove uma maior presença e apoio da Cavalaria para as demais unidades. É importante ressaltar que constantemente tanto os cavalos quanto os militares estaduais passam por treinamentos que auxiliam em melhores condições de atuação em todas as circunstâncias”, afirmou.

EQUOTERAPIA – Além da atuação preventiva e ostensiva, a Cavalaria da Polícia Militar oferece um programa de equoterapia, serviço que há mais de 20 anos já auxiliou 5 mil famílias. Ele prevê atendimento às crianças e adolescentes na recuperação e minimização de sequelas e problemas de saúde por meio de um serviço psicológico gratuito que envolve a utilização de cavalos (treinados para essa função), que interagem e facilitam o desenvolvimento dos alunos em aulas práticas feitas no Regimento.

O secretário ressaltou o papel social desenvolvido pelo Regimento. “A Cavalaria conta com esse serviço que beneficia as pessoas em maior vulnerabilidade de forma gratuita. A equoterapia demonstra a preocupação da Polícia Militar com a população paranaense, principalmente com nossas crianças e jovens”, destacou.

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HISTÓRIA – O Regimento de Polícia Montada é a unidade mais antiga da Polícia Militar do Paraná, e sua história é entrelaçada com a história de formação do Paraná. Foi no cerco da Lapa, episódio sangrento da Revolução Federalista (1893-1895) que apresentou ao Brasil a força dos policiais militares paranaenses.

A unidade primeiro foi classificada como esquadrão, mas em 1955 passou a denominar-se Corpo de Polícia Montada, composto por dois esquadrões convencionais, um de metralhadoras e uma banda de clarins. Já em 1968 passou a chamar-se Regimento de Polícia Montada com a denominação de coronel Cândido Dulcídio Pereira, conservando na maior parte do seu plantel viaturas automecanizadas, restando naquele tempo apenas um esquadrão de polícia montada.

Em 7 de junho de 2006, com a edição do decreto nº 6.733, o RPMon foi desmembrado com a criação do 20º Batalhão de Polícia Militar e passou a contar com quatro esquadrões de Polícia Montada e a desempenhar suas atividades utilizando, exclusivamente, o processo de policiamento hipomóvel em todo território paranaense.

Fonte: Governo PR

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Rede estadual de educação do Paraná acolhe professores e alunos autistas

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Quando ingressou como professor na rede estadual de ensino, aos 21 anos, Evalney Riely Horst sentia que havia uma barreira entre ele e os demais colegas. Interpretar simples entonações de voz ou outros sinais não verbais representava uma dificuldade para ele. Ao participar do planejamento de educação inclusiva da escola, anos depois, ele teve a oportunidade de conhecer mais a fundo o que era autismo. Tendo se identificado com muitas de suas características, resolveu ele mesmo procurar orientação profissional.

Em 9 de abril de 2024, Evalney, aos 37 anos, finalmente recebeu o diagnóstico de portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “No começo foi estranho, precisei de um tempo até aceitar. Mas depois tudo foi fazendo sentido”, lembra. 

Desde a época em que estudava, Evalney tinha dificuldade para se enturmar, exceto quando se envolvia com atividades que o interessavam, como xadrez, informática e jogos eletrônicos, e que o tornavam alvo de bullying. Faltavam ao ambiente escolar formas de acolhimento a alunos como ele. “Não havia suporte, nem ouvíamos falar sobre autismo naquela época. Foi bem complicado para mim”, afirma.

Com o objetivo de promover a inclusão e o combate à discriminação da pessoa autista, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2008, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado principalmente pela dificuldade de comunicação e interação social, podendo apresentar ou não déficits intelectuais e hiperfocos.

“Não tem cura, mas tem tratamento”, afirma a pedagoga e especialista em psicopedagogia e educação especial, Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno. “O maior desafio enfrentado pela pessoa com TEA é que muitas vezes ele é tratado de forma equivocada, apenas com medicação. Também é necessário que haja acompanhamento terapêutico e orientação adequada”.

O diagnóstico é feito por meio de avaliações, observações e acolhimento de relatos familiares e clínicos e deve acontecer o mais cedo possível. “Aos primeiros sinais atípicos no desenvolvimento infantil, pode-se iniciar o acompanhamento multidisciplinar objetivando uma avaliação completa do quadro”, explica o psicólogo Paulo Ricardo Ferreira.

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Segundo Siana, a importância do diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações ao longo da vida para a pessoa com TEA. “É para que o autista não venha a sofrer graves consequências na vida adulta, como depressão ou mesmo outros transtornos mais sérios, que poderiam causar prejuízos pela dificuldade de compreensão, tanto por ele como pelas pessoas de seu entorno”.

ENSINO DE QUALIDADE E INCLUSÃO – Juarez Gabriel Miranda Franco de Lima sempre gostou de ir ao circo. Um dia, em 2020, pendurou uma cortina na garagem de casa, botou um nariz de palhaço, apontou uma câmera para o palco improvisado e se apresentou como o palhaço JG. “Teve malabarismo com chapéu, piadas e muitas músicas infantis”, ele recorda. “Normalmente eu faço sozinho, mas às vezes deixo meus amigos fazerem uma apresentação”.

Aos 6 anos, Juarez era tratado como uma criança hiperativa. Até que Cleusa, sua mãe, orientada pela escola em que ele estudava, procurou ajuda profissional para o diagnóstico para TEA, que acabou se confirmando. A princípio preocupada – na adolescência, ela havia cuidado de uma criança com autismo severo –, Cleusa ficou aliviada com o apoio dado pela escola. “Ele conseguiu uma professora para ajudá-lo a se desenvolver nos estudos”, ela conta. “Tinham muita paciência e muito amor por ele. Ele é um menino muito inteligente e muito carinhoso com todo mundo”. 

Além das apresentações como o palhaço JG – devidamente registradas em seu canal no YouTube –, Juarez, que está no terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Wolff Klabin, é atleta, tendo competido em três edições dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps), representando o Centro de Referência Paradesportiva de Telêmaco Borba. Em 2023, ele foi campeão paranaense, tendo conquistado ouro nas modalidades de 100, 200 e 400 metros. Correr, diz Juarez, o ajudou a se tornar uma pessoa mais independente. “Consigo cuidar de mim mesmo e já saio sozinho. Eu costumava me isolar, mas agora saio e convivo com outras pessoas”, comemora Juarez.

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Essas conquistas de Juarez e de outros 12 mil estudantes com diagnóstico de TEA são possíveis graças aos serviços de acolhimento e assistência oferecidos pela Secretaria Estadual da Educação (Seed-PR). Esses serviços são distribuídos nas escolas levando-se em conta as necessidades dos estudantes.

Os Profissionais de Apoio Escolar (PAE), que ajudam estudantes com deficiência a participar das atividades escolares, e Professores de Apoio Educacional Especializado (PAEE), que atendem alunos com necessidades educacionais especiais, são contratados conforme estudo de caso. 

Já as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), que funcionam no contraturno e ajudam na integração social dos alunos, são autorizadas para todas as escolas que possuam estudantes da educação especial e que não sejam de educação integral.

“O Paraná desenvolve ações voltadas aos alunos com TEA desde a origem do atendimento educacional especializado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Com o aumento do número de estudantes identificados, as ações têm sido potencializadas para garantir a inclusão de todos eles”.

Hoje, para atender estudantes com diagnóstico de TEA, a rede estadual de educação conta com cerca de 3 mil SRMs, 1.400 PAEs e 4.100 PAEEs.

“Hoje em dia, eu percebo muitas coisas boas, como atendimento especializado com profissionais capacitados, salas de recursos multifuncionais e palestras para conscientização”, avalia Evalney, que hoje leciona no Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati, no Centro-Sul do Estado. “Na escola, quando contei do diagnóstico, a direção me acolheu e inclusive me incentivou a usar o cordão do autismo, como forma de inspirar alunos autistas”.

Fonte: Governo PR

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