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UEPG recebe pesquisadora ucraniana na área de propriedade intelectual

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) recebeu a pesquisadora ucraniana Lesia Zolota, bolsista do Programa Paranaense de Acolhida a Cientistas Ucranianos, promovido pelo Governo do Paraná, por meio da Fundação Araucária e Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Pesquisadora na área de propriedade intelectual, ela irá atuar no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas (PPGCSA) da instituição pelos próximos dois anos.

Lesia veio da Alemanha, onde estava refugiada acompanhada da família – o marido, Oleksandr Zolotyi, e os filhos Katerina Henserovska e Nazarii Zolotyi. Na chegada à cidade, a equipe da Universidade apresentou a Casa Internacional da UEPG, local em que ficarão hospedados por algumas semanas até mudança para residência permanente. Os quatro receberam as chaves da Casa e um guia trilíngue (em português, inglês e ucraniano), com principais informações e contatos.

O programa Institucional visa prestar acolhimento social, em forma de apoio, nas atividades cotidianas dos pesquisadores ucranianos e suas famílias, com o objetivo de integrá-los socialmente, a partir da vivência acadêmica e social. No total, será disponibilizado o valor global de R$ 18 milhões para subsídio.

De acordo com o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, a ação conta com o apoio de instituições parceiras acadêmicas, governamentais e de diversos outros segmentos, internacionais e nacionais. “Elas possuem o intuito e a missão primordial de localizar as cientistas ucranianas para que tenham acesso, conheçam e sintam vontade em aderir ao programa”, disse.

A chegada é mais um laço de união do Paraná, por meio do ensino superior, pesquisa e cooperação internacional, de acordo com o professor Miguel Sanches Neto, reitor da UEPG. “Temos certeza que a atuação da professora aqui será de grande valia para nossos cursos, Universidade e nossa cidade”.

Para a assessora internacional da Fundação Araucária, Eliane Segati Rios, a vinda de pesquisadores ucranianos ao Estado têm causado impactos positivos, nas esferas acadêmica, social, cultural e educacional. “O processo de acolhimento dos cientistas reafirma nosso respeito à ciência de alto impacto daquele país e de todas as áreas de conhecimento. São pesquisadores de alto nível que agora estão integrados às nossas universidades paranaenses, com ações de colaboração conjunto de pós-graduação em nível internacional”.

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Os pesquisadores e suas famílias estão se adaptando de forma excepcional, segundo Eliane. “Além de propiciarmos o desenvolvimento das pesquisas em um ambiente seguro, oferecemos a integração em nossa comunidade e garantimos em nossas universidades espaços adequados para a desenvolvimento de pesquisas e continuidade nos estudos para seus filhos. Para nós, é um privilégio poder acompanhar todas essas ações, na certeza de que é apenas o primeiro passo e de que é o início de uma parceria entre o Governo do Paraná e a Ucrânia”, acrescenta.

ACOLHIDA – O ERI-UEPG organizou outros momentos de acolhida para Lesia e família. Nesta semana, as atividades englobam confecção de documentos na Receita Federal, acolhida institucional e tour pela UEPG, além de passeio para conhecer a Colônia Witmarsum.

“As expectativas são as mais positivas possíveis, uma vez que toda troca intercultural é enriquecedora a ambas as partes. A UEPG ganhará com o trabalho de Lesia, principalmente no Programa em Ciências Sociais Aplicadas”, ressalta Sulany Silveira dos Santos, diretora do ERI. “A professora também ganhará com a estrutura da UEPG e com as novas parcerias acadêmicas que desenvolverá em nossa instituição”.

O momento de encontro entre UEPG e a família ucraniana envolveu presentes simbólicos. Ainda no aeroporto, eles foram recebidos com uma faixa em que estava escrito “Bem-Vindos”, em português e ucraniano. Um buquê de rosas azuis e trigo, representando as cores da bandeira ucraniana, foi entregue a Lesia, depois de um abraço de Sulany e equipe.

Claudio Júnior, assessor do ERI, acompanhou a recepção e o trajeto até Ponta Grossa. “Realizar o processo de planejamento e execução da recepção dos ucranianos em nossa instituição representa, simbolicamente, a acolhida a tantas outras famílias que sofrem as mazelas da opressão e da perda de seus direitos civis”, enfatiza. Os presentes entregues para eles simbolizaram todo o acolhimento que a instituição proporciona. “Por mais simples que possam parecer, tornaram o momento bastante emocionante e marcante”.

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PLANEJAMENTO – O trabalho de Lesia na Pós-Graduação foi planejado pelo coordenador do Programa de Pós-Graduação, João Irineu Miranda. “A professora vai desenvolver uma pesquisa de levantamento e proteção ao patrimônio imaterial relacionado à imigração ucraniana no Centro-Sul paranaense”, disse.

A ideia é que Lesia oriente dois  mestrandos do Programa. “Ela irá atender os alunos sobre aspecto cultural e jurídico do patrimônio ucraniano e, eventualmente, traduzir essa pesquisa em artigos e um livro sobre o tema”.

A família receberá assistência durante todo o período de permanência na UEPG. A instituição designou estagiários, chamados de “anjos”, para acompanhá-los na busca por moradia; orientá-los no transporte público; em visitas aos câmpus da UEPG e outras instituições; na obtenção de documentos na Polícia Federal; na abertura de conta em agência bancária, entre outras atividades.

A professora Valeska Gracioso Carlos irá gerenciar o trabalho dos estagiários. “Fizemos seleção com vários estudantes para ser o apoio da Lesia e família. A que se sobressaiu foi Maria Victoria Klosienski, aluna de Geografia, já formada em Relações Internacionais, além de ter experiência com comunidades ucranianas, tanto pesquisa quanto extensão”, explica.

Além da atuação das atividades na pós-graduação, Lesia também terá aulas de português para estrangeiros na Escola de Línguas, Literaturas e Culturas (Eslin-UEPG). “É sempre muito bom receber e trabalhar para promover troca de experiências com pessoas de outros países e culturas. Além do acolhimento, iremos promover a integração entre eles e as comunidades ucranianas da região, além de fazer a integração com a Universidade”, afirma Valeska Gracioso Carlos.

Fonte: Governo do Paraná

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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