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Testes rápidos para diagnóstico da hanseníase são distribuídos para todo o Paraná

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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) distribuiu 1.430 testes rápidos para detecção da hanseníase às 22 Regionais de Saúde. Eles irão apoiar a Atenção Primária à Saúde (APS) na vigilância às pessoas que estiveram em contato próximo e prolongado com casos confirmados da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é o primeiro país no mundo a ofertar insumos para detecção da doença na rede pública. Os testes são disponibilizados aos municípios conforme a demanda.

Os profissionais responsáveis em disponibilizar esta ferramenta aos municípios participaram de capacitações no Laboratório Central do Estado (Lacen), Vigilância Epidemiológica e Atenção à Saúde, para identificar os casos elegíveis para os testes quando novos casos da hanseníase forem notificados.

“Os testes vão possibilitar uma agilidade muito maior para o diagnóstico precoce da hanseníase. Isso vai contribuir para a quebra da cadeia de transmissão em tempo oportuno e também reduzir as sequelas provocadas pelo comprometimento dos nervos periféricos, que caracterizam a doença”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A hanseníase é uma doença infecciosa transmitida por bactéria (Mycobacterium leprae) e sua contaminação ocorre por via respiratória, em gotículas de saliva expelidas durante a fala, espirro ou tosse. Para adquirir a doença, é necessário contato próximo e prolongado com doente não tratado. É uma doença silenciosa, cujo período de incubação é longo, e pode levar até 10 anos para se manifestar. 

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Entre os primeiros sintomas estão as manchas pelo corpo com alteração ou perda de sensibilidade local, fraqueza e dores nas articulações de braços, pernas, mãos e pés, nódulos e ressecamento da pele. A doença tem alto poder incapacitante, trazendo estigma e discriminação às pessoas acometidas.

O tratamento, que é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tem duração de 6 a 12 meses, podendo ser prolongado em casos mais avançados. O método utilizado é a poliquimioterapia, composto por três antibióticos e quanto antes for iniciado menores são as chances de agravamento. O uso do medicamento, além de curar a doença, interrompe a transmissão e previne as incapacidades físicas.

No Paraná, o atendimento especializado, quando há necessidade de encaminhamento da APS, pode ser no Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. O antigo Leprosário São Roque foi projetado em 1926, com o intuito de atender exclusivamente pacientes portadores da hanseníase.

Hoje sob gestão da Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Funeas), a instituição é referência em dermatologia e feridas com oferta de serviços de consultas especializadas e equipe multiprofissional.

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DADOS – Segundo o Ministério, o Brasil está em primeiro lugar no mundo em incidência de hanseníase e em segundo em número absoluto de casos, atrás apenas da Índia, que tem mais de 1,3 bilhão de habitantes. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2022 foram diagnosticados no Paraná 374 novos casos. Em 2023, já são 101 novos diagnósticos e 709 pacientes estão em tratamento no Estado. 

AÇÕES – O Plano Estratégico Estadual de Controle da Hanseníase prevê ações integradas entre Vigilância e Atenção à Saúde que, apoiadas pela assistência farmacêutica, laboratorial e de promoção da saúde, coordenam o trabalho de enfrentamento da doença no Paraná. Entre elas, a busca ativa para detecção precoce dos casos, tratamento oportuno na prevenção e tratamento das incapacidades, reabilitação, manejo das reações hansênicas, recidivas e nos eventos pós-alta, investigação dos contatos de forma a interromper a cadeia de transmissão, formação de grupos de autocuidado, acesso a órteses e próteses e em ações adicionais que promovam o enfrentamento do estigma e da discriminação às pessoas acometidas pela doença.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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