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Tecpar firma acordo com instituto regulador do Uruguai para projetos na área da saúde

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O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e o Instituto de Regulação e Controle de Cannabis do Uruguai (IRCCA) firmaram um protocolo de intenções para troca de experiências na área regulatória de produtos à base de Cannabis para fins medicinais. O Tecpar tem projeto para incorporação de tecnologia de fabricação e de oferta de análises laboratoriais para avaliação da conformidade das concentrações de Canabidiol (CBD) e Tetrahidrocanabinol (THC).

A comitiva uruguaia, formada por representantes do governo do país vizinho e de empresas do setor, além do cônsul-geral adjunto do Consulado Geral do Uruguai em São Paulo, Gustavo Didarboure, foi recepcionada nesta terça-feira (22) pelo Tecpar. O órgão paranaense organiza a visita a organizações públicas e privadas paranaenses que atuam na área da saúde, em especial com pesquisa e desenvolvimento em relação a projetos envolvendo canabidiol para fins medicinais.

O Tecpar atua em duas frentes em relação a produtos de Cannabis medicinal. Uma delas diz respeito ao edital de chamamento público para viabilizar transferência de tecnologia para a produção e comercialização de medicamentos e produtos para fins medicinais de uso humano. Três empresas foram qualificadas pelo edital e no momento o Tecpar avalia o modelo de negócios proposto por cada empresa para desenvolver a parceria – além de uma nova empresa incubada que tem seu foco na produção farmacêutica de bioprodutos à base de Cannabis.

Em outra frente, o Tecpar promove ações em seu complexo laboratorial para a realização do controle de qualidade do produto acabado, inicialmente para determinação do teor de CBD e THC, com previsão de inclusão desse serviço em seu portfólio para o primeiro trimestre de 2023.

O Instituto já obteve autorização especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação, recebimento e manuseio de produtos à base de Cannabis. No momento, busca o credenciamento para ampliação do escopo de ensaios habilitados junto à Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde (Reblas) e à Coordenação Geral de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

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Após o credenciamento, o Tecpar poderá oferecer o serviço de controle da qualidade de produtos à base de Cannabis para o mercado público e privado, seja para importação de produtos ou para produção no país.

SAÚDE PÚBLICA – O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, destacou que o instituto, como laboratório público oficial, busca oferecer alternativas ao mercado nacional de novas terapias com o princípio ativo. Hoje, o cenário brasileiro apresenta alta judicialização para obtenção de produtos importados para tratamento de doenças e o Tecpar busca, segundo Callado, apoiar a saúde pública com a internalização de novas tecnologias junto a parceiros privados, além de oferecer ao mercado soluções com seu complexo laboratorial.

“O Tecpar, como órgão de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, procura soluções de base científica e tecnológica para atender a demanda da sociedade. Essa relação visa desenvolver novas ações com foco na saúde pública brasileira”, ressaltou.

O IRCCA foi criado no Uruguai em 2013 com a finalidade de regular o plantio, cultivo, colheita, produção, beneficiamento, coleta, distribuição e dispensação da Cannabis. Para Carlos Lacava, que compõe a Junta Diretora do IRCCA e é coordenador do Programa Nacional de Cannabis Medicinal do Ministério de Saúde Pública do Uruguai, a parceria visa a troca de experiência entre os dois países.

“Com o acordo com o Tecpar queremos compartilhar informação técnica e conhecimento e ampliar a nossa base de dados sobre medicamentos à base de Cannabis. Essa experiência entre Brasil e Uruguai será importante para ampliar o conhecimento na área de saúde pública”, afirmou.

PARCERIAS – Na área de pesquisa de Cannabis para fins medicinais, além das empresas qualificadas pelo edital e da preparação de seu complexo laboratorial para controle de qualidade de produtos à base de canabidiol, o Tecpar tem parceria internacional com a Prefeitura de Florida, do Uruguai. O acordo, que foi renovado nesta terça-feira (22), tem como objetivo promover ações conjuntas para o desenvolvimento de programas de intercâmbio, transferência de tecnologia, troca de informações e experiências no campo da pesquisa e desenvolvimento tecnológico em Cannabis para fins medicinais.

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O Tecpar assinou, em novembro, um acordo com a Santa Casa de Misericórdia de Curitiba para pesquisa e desenvolvimento de produtos à base de Cannabis para fins medicinais de uso humano, uma linha de pesquisa desenvolvida pela instituição.

Além da reunião de apresentação de projetos no Tecpar, os participantes fizeram uma visita técnica ao complexo laboratorial do instituto. À tarde, foi realizada uma reunião na Invest Paraná. Para a quarta-feira (23), o Tecpar organizou visita à Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e ao Eco Medical Center.

PRESENÇAS – Também participaram da reunião e da visita técnica os representantes da comitiva uruguaia Gonzalo Maciel, do Ministério da Indústria, Energia e Mineração; Sergio Vázquez, da Direção Geral de Serviços Agrícolas; Enzo Viscailuz e Lic María Jesús Falero, representantes da Intendência de Florida; Alfonso Cardoso e Afonso Braga, da Pucmed; além dos diretores do Tecpar Carlos Pessoa (Tecnologia e Inovação) e Iram de Rezende (Industrial da Saúde); a procuradora jurídica do Tecpar, Adrianne Correia Pereira; a gerente do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente, Daniele Adão; e o gerente da Divisão de Garantia da Qualidade e Assuntos Regulatórios, Antonio Carlos de Souza.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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