PARANÁ
Teatro Guaíra recebe “Júpiter e a Gaivota” e “O Céu da Língua” a partir desta quinta-feira
Publicado em
3 de abril de 2025por

O Teatro Guaíra recebe a partir desta quinta-feira (3) duas das peças mais aguardadas do Festival de Curitiba: “Júpiter e a Gaivota – É impossível viver sem o teatro”, baseada na obra do russo Anton Tchekhov, e “O Céu da Língua”, de Gregório Duvivier. A primeira tem sessões com sessões nos dias 3 e 4 de abril, às 20h30, no Guairinha, e a segunda com as mesmas datas e horário no palco principal. Ambas são parte da Mostra Lúcia Camargo.
A certa altura de “A Gaivota”, peça do russo Anton Tchekhov escrita em 1895 e que permanece uma referência fundamental para o teatro, o personagem Trigorin, intelectual de renome, é questionado pela jovem Nina a respeito do que anda escrevendo. E responde sobre um conto que tem em mente: “Uma rapariga que passou a vida à beira de um lago. Assim, como você. Ela ama o lago, como uma gaivota, e é feliz e livre como uma gaivota. Um homem passa, olha para ela, e como não tem mais nada que fazer, a destrói”.
A dramaturga e diretora Ada Luana, da Cia. Setor de Áreas Isoladas, de Brasília, resolveu reescrever o clássico de Tchekhov a partir de um ponto de vista “feminino e feminista”. “Na minha versão, as personagens femininas crescem, e em muitos momentos roubam o protagonismo dos homens”, explica. “Também quis tirar a rivalidade de cena e buscar elos de sororidade, irmandade entre as mulheres. O final está diferente: não se pode dizer que as mulheres terminam felizes, mas pelo menos estão livres.”
O resultado é a montagem “Júpiter e a Gaivota – É impossível viver sem o teatro”. O Júpiter do título, de acordo com a autora, faz referência ao poder patriarcal.
Apaixonada não só pela obra de Tchekhov, mas igualmente por sua biografia, Ada Luana faz questão de registrar que o autor, tido como um dos maiores contistas de todos os tempos, é conhecido pela criação de mulheres fortes, que remavam contra a maré de sua época. Mesmo assim, está longe de poder ser considerado um feminista, ao menos de acordo com os moldes atuais.
Por isso, outra modificação digna de nota feita pela dramaturga foi a inserção de monólogos autorais, no início de cada um dos quatro atos. Os textos dialogam com o trabalho de escritoras como a inglesa Virginia Woolf e franco-argelina Hélène Cixous, de “O Riso da Medusa”, ensaio de 1975 que, a partir do mito grego, questiona a hegemonia da escrita masculina no Ocidente.
“É claro que pra mim foi desafiador reescrever Tchekhov. Eu tive medo”, confessa Ada Luana, que tempos atrás já havia se embrenhado em outra empreitada semelhante, dessa vez com “As Três Irmãs”, outra peça de Tchekhov. “Para nós mulheres é ainda mais difícil mexer em um clássico, porque a gente escreve a partir de uma tradição totalmente masculina.”
As duas produções levaram a Cia. Setor de Áreas Isoladas a se apresentar na Rússia. A estreia de “Júpiter e a Gaivota”, inclusive, aconteceu no Teatro Alexandrinsky, em São Petersburgo, o mesmo em que o próprio Tchekhov fez a primeira encenação da peça original, em 1896, num episódio que ficou conhecido como “o fracasso da Gaivota”. As vaias foram tão sonoras que o fizeram sair às escondidas e confidenciar a um amigo que pensava em nunca mais voltar a escrever para os palcos.
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“O CÉU DA LÍNGUA” – No monólogo “O Céu da Língua”, uma comédia poética, o artista Gregório Duvivier usa o seu discurso sedutor para convencer o público de que tropeçamos diariamente na poesia. A direção é da atriz Luciana Paes, parceira de Gregório no espetáculo de improvisação “Portátil”, e também nos vídeos do canal Porta dos Fundos.
Após estrear em Portugal e passar pelo Rio de Janeiro, em ambas ocasiões com grande sucesso, “O Céu da Língua” chega agora ao Festival de Curitiba.
Gregório Duvivier, que não estreava uma nova obra teatral há cinco anos, fez esse espetáculo pra homenagear sua língua-mãe. E encontrou, ao fazer, uma legião de pessoas que compartilham dessa paixão. “A poesia é uma fonte de humor involuntário, motivo de chacota”, reconhece o ator, que cursou a faculdade de Letras na PUC do Rio de Janeiro e publicou três livros sobre o gênero literário. “Escrevi uma peça que pode ajudar alguém a enxergar melhor o que os poetas querem dizer e, pra isso, a gente precisa trocar os óculos de leitura.”
Se no seu solo anterior, “Sísifo” (2019), escrito junto com Vinicius Calderoni, Gregório subia uma grande rampa dezenas de vezes, agora o que se tem é uma encenação desprovida de qualquer cenário. No palco, totalmente limpo, o instrumentista Pedro Aune cria ambientação musical com o seu contrabaixo, e a designer Theodora Duvivier, irmã do protagonista, manipula as projeções exibidas ao fundo. O resto é só o comediante e sua devoção pelas palavras.
“Acredito que o Gregório tem ideias para jogar no mundo e, com essa crença, a coisa me move independentemente de qualquer rótulo”, diz Luciana Paes. “O stand-up comedy aqui é uma pegadinha pra falar de literatura.”
“O Gregório comediante está no palco ao lado do Gregório intelectual, com seu fluxo de pensamento ininterrupto, e por isso a plateia embarca na proposta”, completa. “Graças aos seus recursos de ator, Gregório pega o público distraído. Ninguém resiste quando é surpreendido por alguém apaixonado.”
As reformas ortográficas que tiram letras de circulação e derrubam acentos capazes de alterar o sentido das palavras inspiram o artista em tiradas bem-humoradas. A mesma coisa acontece quando ele comenta a ressurreição de palavras esquecidas, como “irado”, “sinistro” e “brutal”, que voltaram ressignificadas ao vocabulário dos jovens. A peça também aborda aquelas que só de ouvir geram sensações estranhas, a exemplo de “afta”, “íngua”, “seborreia”, e outras, inventadas, repetidas à exaustão, como “atravessamento”, “disruptivo” ou “briefings”.
Para provar que a poesia é popular, Gregório chama atenção para os grandes letristas da música brasileira, como Orestes Barbosa e Caetano Veloso, citados em “O Céu da Língua” por meio das canções “Chão de Estrelas” (1937) e “Livros” (1997).
Nesta cumplicidade com a plateia, Gregório mostra gradativamente que a poesia não tem nada de hermética e que a nossa língua não deve nada a nenhuma outra, muito pelo contrário.
Fonte: Governo PR

PARANÁ
45% dos municípios do Paraná não tiveram casos de roubo no primeiro trimestre de 2025
Published
9 horas agoon
25 de abril de 2025By

A tendência de queda no número de furtos e roubos no Paraná, que tinha fechado 2024 com os menores índices da série história desde 2007, segue no primeiro trimestre deste ano. Dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) mostram que 182 cidades não registraram um caso sequer de roubos no período, o que equivale a 45% dos municípios do Estado. Além disso, 26 delas não tiveram registros de furtos no período.
O Estado apresentou uma queda de 18,5% nos roubos no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, reduzindo de 38 mil para 34,6 mil casos. O número de roubos caiu em 171 cidades, enquanto que em 129 houve estabilização nesse tipo de ocorrência, sem nenhum a mais ou a menos no período. O aumento das ocorrências se concentrou em apenas um quarto das cidades, com 98 delas apresentando um número maior de casos desse tipo.
Já o número de furtos teve redução de 9% no período, passando de 4.957 para 4.037 em todo o Paraná. Segundo os dados da Sesp, 258 cidades diminuíram os casos de furtos, ou 63,6% do total, e 26 tiveram estabilidade nas ocorrências, que cresceram em 155 municípios.
“Tivemos um desempenho muito positivo no primeiro trimestre, com redução expressiva nos índices de criminalidade. Isso demonstra a eficiência das nossas polícias, que trabalham efetivamente de forma integrada”, afirmou o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira. “O Paraná vem com uma tendência de queda nos números de furtos de roubos. Em 2024, tivemos uma redução no número de roubos e 9% no de furtos. Nosso objetivo é reduzir ainda mais esses casos”.
Alguns municípios tiveram quedas expressivas nos números de furtos e roubos. Guapirama, no Norte Pioneiro, reduziu em 100% os casos, com oito furtos nos primeiros três meses de 2024 e nenhum no mesmo período deste ano. Em Itambaracá, no Norte do Estado, a queda foi de 91%, com 11 casos no primeiro trimestre do ano passado e nenhum neste ano. Em números absolutos, a maior diferença foi em Curitiba, com 1.020 ocorrências a menos (-8,82%). Londrina, no Norte do Estado, também teve uma redução expressivo, com 209 furtos a menos (-10,47%).
Em casos de roubos, 79 cidades tiveram queda de 100% nos índices. São municípios que já tinham números baixos de roubos, mas não apresentaram ocorrências no primeiro trimestre. Outros apresentaram quedas expressivas, como São José dos Pinhais, que passou de 157 para 103 casos de um período para outro, com queda de 34,39%. Em Curitiba, foram 340 casos a menos, passando de 1.903 para 1.563 casos (-17,87%).
MENORES ÍNDICES – A melhoria dos índices de segurança pública do Paraná em 2025, que superaram até mesmo as marcas recordes obtidas em 2024, seguem uma tendência iniciada em 2019 no Estado. Do primeiro trimestre de 2018, ano anterior ao início da atual gestão estadual atual, até o primeiro trimestre de 2025, a queda nas ocorrências foi generalizada.
No comparativo entre os primeiros três meses de 2018 e de 2025, houve 8.997 menos furtos (-20,6%) e 10.556 menos roubos (-74%). Os casos de roubos vem caindo ano a ano desde 2017, com 21.160 casos no primeiro trimestre daquele ano, passando para 15.513 em 2018, 12.543 em 2019, 11.194 em 2020, 6.900 em 2021, 6.234 em 2022, 6.767 em 2023, 4.957 em 2024 e 4.037 entre janeiro e março de 2025.
Os casos de furtos vêm em queda desde 2022, quando foram registrados 43.729 casos no primeiro trimestre. Passou para 43.008 em 2023, 38.095 em 2024 e 34.652 neste ano.
Fonte: Governo PR

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