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Software desenvolvido na UEL avalia progressão e tratamento do câncer de mama

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Auxiliar equipes médicas na análise da progressão das células cancerígenas na região das mamas, bem como os efeitos dos medicamentos usados no tratamento do câncer. Estes são os objetivos de um software desenvolvido por dois estudantes de pós-graduação do Centro de Ciências Exatas (CCE) da UEL, coordenados pela professora do Departamento de Matemática Neyva Maria Lopes Romeiro.

Resultado de um trabalho científico proposto pela docente em 2019, o software já está registrado, porém continua ganhando novas funcionalidades e chama a atenção durante o Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção do câncer de mama.

O projeto “Uso de software que integra algoritmos de geração de malhas na modelagem matemática – câncer de mama – avaliação da dinâmica da proliferação de células anormais e o uso de agentes quimioterápicos em um modelo de difusão” conta com participação de pós-graduandos e graduandos da área de Computação.

De acordo com os mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UEL Rafael Furlanetto e Pedro Zaffalon, desenvolvedores do sistema, o software ContExt nasceu com o objetivo de preparar e processar imagens geradas em exames médicos, como mamografias e tomografias, extrair os dados e aplicar modelos matemáticos e simulações que permitam projetar o crescimento de um tumor.

Desde o início do trabalho, imagens de exames clínicos obtidas em mamografias foram usadas como base, no entanto, o sistema também poderá processar imagens geradas em outros tipos de exames.

“O programa ainda permite refinar uma certa parte da malha (imagem) na qual está lesão, para simulações numéricas com modelos matemáticos. Computacionalmente falando, é jogar tempo fora calcular tudo nos mínimos detalhes se aquela área fora do tumor não for interessante, se estamos avaliando a regressão do tumor. Essa ‘briga’ que temos é sobre ter o melhor resultado possível com o menor custo computacional”, explica Furlanetto.

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Desta forma, uma das principais potencialidades do ContExt na análise das malhas e na simulação numérica é a sua capacidade em selecionar pequenos grupos de regiões que contêm valores mais luminosos, obtidos pelo processo de digitalização da imagem que podem não ter sido identificados na análise da mamografia.

Após a identificação destas regiões, um contorno será gerado pelo software e preparado para receber a simulação matemática. Isso vai auxiliar oncologistas e demais especialistas a tomarem decisões com ainda mais embasamento e antecedência.

“Por exemplo, conseguimos selecionar regiões ainda menores porque identificamos esse espaço com uma densidade maior. Então, utilizamos nesse contorno o modelo matemático para identificarmos quanto tempo levaria para o tumor se espalhar. Outra ideia é selecionar uma região maior, usar o tratamento de quimioterapia, por exemplo, e ver em quanto tempo ele diminuiria”, acrescenta a professora Neyva.

ORIGEM – O início da pesquisa com modelos de tratamento quimioterápico surgiu com os trabalhos desenvolvidos por seus alunos do programa de Pós-Graduação em Matemática Aplicada e Computacional (PGMAC), em especial uma dissertação cuja autora usou informações de alguns protocolos de quimioterapia e fez simulações numéricas para descrever a evolução do tratamento.

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Isso evidenciou que o tratamento pode ser bem-aceito por um organismo e não necessariamente por outros, resultando em um tratamento que pode causar a redução do tumor, porém não a eliminação total.

A estudante manteve contato com equipes médicas e adotou os protocolos recomendados na quimioterapia em um estudo qualitativo de caso. Mesmo bem-sucedida, este trabalho chegou ao fim deixando o desejo na professora de dar sequência, porém agora considerando geometrias realísticas envolvendo o contorno da mama feminina, o que foi atendido pelos pós-graduandos de Ciências da Computação.

Por ser um software de código aberto, ou seja, com código-fonte que pode ser acessado por qualquer usuário, o ContExt poderá receber modificações livremente, desde que não sejam usadas para fins comerciais. Os próximos objetivos já estão definidos e farão parte do trabalho estabelecido no cronograma do projeto. O término previsto para a pesquisa é em 2026.

Os próximos passos serão trilhados pelos estudantes do 2º ano de Ciências da Computação Gabriel Pietsiaki Izidoro e Rafael Palheta Tokairin, com o auxílio dos veteranos Pedro e Rafael. A dupla seguirá trabalhando para inserir novas funcionalidades ao sistema, para mapear e identificar as diferenças de temperatura dos locais examinados, apresentando as variações de cores em toda a região examinada.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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