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Região Metropolitana do Curitiba registra 2ª menor inflação do Brasil nos últimos 12 meses

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A inflação na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) foi a segunda mais baixa entre 16 regiões metropolitanas brasileiras no acumulado dos últimos 12 meses. O índice ficou em 3,12% na Capital e municípios vizinhos, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação registrada na RMC ficou abaixo da média nacional, que foi de 4,65% no mesmo período. A única capital que registrou índice menor do que o apontado em Curitiba entre abril de 2022 e março de 2023 foi Goiânia, com variação de 3,08% em 12 meses. O IPCA mede a variação de preços nas regiões metropolitanas de 16 estados brasileiros.

Além do índice geral, a RMC registrou oscilações menores do que a média brasileira nos principais setores da economia. Enquanto o IPCA de alimentos e bebidas subiu 7,2% no Brasil nos últimos 12 meses, na RMC essa variação foi de 6,7%. A alimentação fora de casa ficou 8% mais cara em média no País, enquanto na RMC a média foi menor que 5%.

As taxas de água e esgoto registraram aumento médio nacional de 10%, o dobro do que os 5% apontados pelo IBGE para Curitiba e Região Metropolitana. O preço das roupas também subiu o dobro no Brasil comparativamente à capital paranaense, com variação de 14% e 7,3%, respectivamente.

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O diretor de Estatística do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Daniel Nojima, explicou que no período mais agudo de inflação, até meados do ano passado, outros fatores impactaram na alta dos preços. “A Região Metropolitana de Curitiba sofreu mais severamente todo o contexto de crise energética, estiagem e custos de insumos, incluindo os de origem internacional”, disse.

“Mais recentemente, ao longo do compasso moderado de expansão econômica nacional, a economia da RMC, em particular, sinaliza apresentar maior capacidade e margens para administrar custos”, ressaltou Nojima. “Um exemplo vem da área de alimentos, com a expressiva alta de safra agrícola. A estrutura de serviços públicos da região, notadamente em água e esgoto e energia elétrica, também refletem nessa queda”.

DEFLAÇÃO – Ainda segundo o IBGE, a Região Metropolitana de Curitiba registrou deflação (recuo no preço) em diversos setores. Os combustíveis tiveram reduziram 20% na RMC, ante queda de 10% no País. A energia elétrica residencial caiu 29% na RMC, enquanto que no Brasil a retração foi de 16%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou 2022 em 5,26% em Curitiba, bem abaixo do acumulado em 2021, medido em 12,73%. O IPCA acumulado no ano passado na capital paranaense também foi menor do que a média nacional, de 5,79%.

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PREÇOS REGIONAIS – A variação nos preços dos produtos medidos pelo IPCA na Região Metropolitana de Curitiba segue uma tendência de redução também verificada em outros municípios paranaenses. O Ipardes divulgou na terça-feira uma queda de 0,04% no Índice de Preços Regional do Paraná – Alimentos e Bebidas (IPR), que mede o preço dos principais produtos da cesta nos seis maiores municípios paranaenses. A queda do IPR em março decorreu de reduções de preços em três municípios: Cascavel (-0,48%), Curitiba (-0,44%) e Maringá (-0,09%), que foram contrabalançadas por altas em Foz do Iguaçu (0,56%), Londrina (0,12%) e Ponta Grossa (0,07%).

Para Nojima, há uma continuidade na queda da inflação de alimentos desde o segundo semestre do ano passado e que prossegue neste início de ano. “O IPR acumula aumento de apenas 0,4% nos três primeiros meses de 2023. A título de comparação, no mesmo intervalo do ano passado, o IPR havia acumulado uma inflação de 7,4%, movimento que obedecia um contexto geral de aumento de preços de toda economia nacional e também internacional”, explica.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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