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Referência em engenharia hidráulica, Nelson Pinto doa acervo de projetos à Copel

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O engenheiro Nelson Pinto, referência mundial na área de projetos de barragens e usinas hidrelétricas, doou para a Copel o acervo pessoal de estudos e documentação técnica que produziu ao longo de seus quase 70 anos de carreira.

A história profissional do engenheiro civil especializado em hidráulica confunde-se com a da Copel: ele foi o funcionário número 6 da empresa – fato que lamenta até hoje. “Eu deveria ter sido o 007, mas me passaram na frente de outra pessoa que já estava lá”, brinca.

Em 1955, Nelson Pinto foi convidado pessoalmente pelo engenheiro Pedro Viriato Parigot de Souza para trabalhar na recém-criada Companhia Paranaense de Energia Elétrica, concebida pelo Governo do Estado para assumir as grandes obras de geração de energia e ser motor da eletrificação do Estado.

E a primeira grande missão que ele recebeu, na década de 1960, foi liderar – na posição de diretor técnico – os trabalhos de construção da Usina Hidrelétrica Capivari-Cachoeira, uma central encrustada na Serra do Mar paranaense, com um projeto engenhoso que ainda hoje surpreende os visitantes e estudiosos da área.

Pela importância que teve na carreira do engenheiro, o projeto original dessa usina foi escolhido para a entrega simbólica, na última sexta-feira (3), à diretoria da Copel. Nelson Pinto foi recebido pelo presidente Daniel Pimentel Slaviero e ganhou, como lembrança, um quadro com cópia da ficha de registro dele como funcionário da empresa.

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“O trabalho na Copel foi a oportunidade profissional que tive para me destacar no campo da hidráulica. A empresa estava sendo criada quando eu estava procurando meu primeiro emprego e nós crescemos juntos no setor hidrelétrico”, diz Nelson Pinto, que já atuou como consultor de projetos em mais de 30 países.

O acervo completo com documentos de grandes obras de engenharia hidráulica realizados no Brasil e no Exterior deve ser entregue nos próximos dias. Se colocadas uma ao lado da outra, as caixas com arquivos históricos ocupam 60 metros lineares. Todo o material será analisado e catalogado por especialistas da Companhia.

“Ficamos muito honrados em receber essa joia que é o conjunto de memórias e projetos do professor Nelson Pinto. Essa documentação tem valor inestimável e será fonte de pesquisa também para nossas equipes”, diz o presidente da Copel, Daniel Slaviero.

VIDA DEDICADA À CIÊNCIA – Nelson Pinto trabalhou na Copel até 1987, mas nunca perdeu o vínculo com a empresa que ajudou a construir. Com conhecimento e experiência ímpares, ele vem atuando ao longo das últimas décadas como consultor e, hoje, aos 91 anos, ainda presta esse serviço. Impossível encontrar na área de engenharia civil e hidráulica alguém que não tenha sido aluno ou não conheça o trabalho do “professor”.

Engenheiro civil graduado em 1954 pela UFPR, ele concluiu mestrado pela MState University of Iowa City em 1959 e é doutor, também pela UFPR, desde 1961. Paralelamente à atuação na Copel, consolidou uma carreira acadêmica de sucesso: foi professor da UFPR de 1956 a 2002 e diretor do Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza (CEHPAR) de 1967 a 1995. Também é membro da Academia Americana de Engenharia desde 1995 e, em 1996, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe de Comendador, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

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No CEHPAR – criado a partir de uma cooperação entre a Copel e a UFPR, desde 1960, Nelson e outros pesquisadores desenvolveram inúmeras pesquisas e uma série de modelos reduzidos de projetos de hidrelétricas para as empresas que precisavam estudar os problemas hidráulicos das obras, principalmente da construção de barragens.

Eles faziam as simulações físicas em miniatura para testar e avaliar possíveis soluções. Entre elas, destacam-se os projetos para os vertedouros das usinas Foz do Areia e Itaipu, que serviram de exemplo para outros aproveitamentos. Esse trabalho inovador para a época tornou-se uma fonte de renda expressiva que subsidiou os trabalhos da instituição por muitos anos.

As experiências, histórias marcantes e principais conquistas da carreira de Nelson Pinto estão relatados na biografia do engenheiro, publicada em livro em 2019.

Fonte: Governo do Paraná

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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