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Publicação do IDR-Paraná analisa integração mandioca-pecuária no Arenito Caiuá

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O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater) publicou um boletim técnico sobre a relação entre os cultivos da mandioca e a pecuária. O estudo é chamado “Plantio direto de mandioca em sistemas integrados de produção agropecuária no Noroeste do Paraná”.

Dirigida a pesquisadores, produtores, técnicos e estudantes de ciências agrárias, a publicação apresenta resultados de 10 anos de experimentos conduzidos na unidade de pesquisa que o IDR-Paraná mantém em Paranavaí. O trabalho avaliou a produção de mandioca em plantio direto integrada com a criação de bovinos para corte, e comparou esse arranjo com a exploração extensiva de pastagens e o método convencional de cultivo da tuberosa, práticas usualmente adotadas na região.

“O modelo tradicional provoca aumento da erosão, além de compactação e perda de nutrientes no solo”, explica a pesquisadora Kátia Fernanda Gobbi. “Os resultados mostram que o cultivo de mandioca em plantio direto é viável e, integrado com pastagens bem manejadas, contribui para a manutenção da qualidade física do solo”.

Em ambos os sistemas foram avaliados parâmetros como produtividade, umidade e teor de matéria orgânica no solo, decomposição da palhada e desempenho do rebanho.

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“Para a pecuária de corte e a mandiocultura, os sistemas integrados de produção agropecuária (SIPA) são potenciais alternativas na busca da sustentabilidade, incluindo o desenvolvimento do plantio direto da mandioca sobre a palhada do pasto. Os benefícios dos SIPA, particularmente ao adotar-se o plantio direto sobre palhada de gramíneas, relacionam-se com a melhoria dos atributos do solo em áreas degradadas, como a matéria orgânica do solo, maior taxa de infiltração e armazenamento de água e sequestro de carbono em relação a monocultivos”, aponta o estudo.

“Nos solos arenosos outro grande benefício da cobertura constante dos solos é a redução do processo erosivo. Assim, a redução da área ocupada por pastagens não precisa ser vista como um problema para a região, uma vez que a adoção de práticas adequadas de manejo do solo e do pastejo, podem aumentar a eficiência produtiva das lavouras e da pecuária”, complementa a publicação.

O Noroeste do Paraná, área de ocorrência do Arenito Caiuá, concentra a maior produção de bovinos de corte do Paraná. São aproximadamente 837,8 mil hectares de pastagens, a maior parte com sinais de degradação moderada e severa, e taxa média de lotação de aproximadamente 2,2 cabeças por hectare, o que é considerado baixo pelos especialistas.

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Na região há cerca de 96 mil hectares destinados ao plantio de mandioca, aproximadamente 64% da área cultivada com a raiz no Estado, geralmente ocupando áreas de pasto degradado e em cultivo convencional, com revolvimento do solo.

A versão PDF do boletim técnico pode ser consultada AQUI.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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