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Propriedade rural de Apucarana vira referência regional na produção de tomate orgânico

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Odete e José Valdomiro da Silva são produtores de tomate orgânico em Apucarana. A produção sem agrotóxicos começou em 2018 e desde então o casal tem conseguido não apenas se manter, como também gerar trabalho para seus filhos. A boa produtividade e lucratividade do cultivo chamam a atenção. Ao todo, os produtores cultivam 13.500 pés de tomate em nove estufas. Cada uma delas produz, num período de três meses, 340 caixas de 20 kg tomate.

Toda a produção da propriedade, de 1,5 alqueire, é vendida na Feira do Produtor, mercados e sacolões de Apucarana, Associação de Produtores de Uraí e para uma empresa de produtos orgânicos de São Paulo. Segundo o casal, algumas vezes falta produção para atender aos pedidos.

A produção chamou a atenção do prêmio Orgulho da Terra 2023, que deu ao casal a vitória na categoria agricultura orgânica,. A premiação é organizada pelo Grupo RIC, em parceria com o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná- Iapar-Emater) e Ocepar (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).

Nesta semana o casal também recebeu agricultores e estudantes da região para uma Tarde de Campo. Os visitantes puderam conhecer toda a rotina do trabalho na propriedade. O evento foi dividido em quatro baterias por onde passaram 162 visitantes de treze municípios. Segundo Felipe Machado de Freitas, técnico do IDR-Paraná, os participantes da atividade conheceram a unidade de processamento de hortaliças, com licença sanitária, instalada na propriedade. Também discutiram a implantação, manejo e viabilidade econômica do tomate orgânico.

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Freitas diz que o cultivo orgânico trouxe muitas vantagens para o casal. “Eles não queriam mais lidar com defensivos agrícolas. Com o cultivo orgânico conseguiram reduzir o custo da propriedade em 60%. Eles criaram um sistema e agora produzem tomate em quantidade e qualidade”, explicou o extensionista. Ele lembrou que os agricultores fazem a rotação de cultura com o plantio de abobrinha, pepino e outras olerícolas na mesma área.

Em outras duas baterias os visitantes tiveram informações a respeito da importância da qualidade de mudas e porta-enxertos, além de conhecerem a variedade de tomate cereja “bosco”.

Para Freitas, a Tarde de Campo foi importante para divulgar a tecnologia e as peculiaridades do trabalho com a agricultura orgânica. “Na região de Apucarana o interesse pela produção orgânica tem aumentado nos últimos anos, mas ainda estamos no início. Nessa propriedade temos também um bom exemplo de sucessão familiar, já que os filhos, que moravam fora, deixaram de trabalhar em granjas de terceiros para ajudar os pais no cultivo de tomate”, contou.

Além da redução de custos, Freitas destacou que a produtividade do cultivo chega a 6,6 quilos de tomate por planta, o que é considerado um resultado muito bom.

Dona Odete comemorou a Tarde de Campo realizada na propriedade. “Foi muito importante o pessoal conhecer como a gente produz. Ver que a produção orgânica não dá mais trabalho, só tem que ter mais cuidado. Estou muito satisfeita. Antes eu até ia parar com a agricultura, mas o Felipe nos incentivou e fizemos o plantio orgânico”, ressaltou a produtora.

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A propriedade tem certificação participativa para a produção orgânica da Ecovida. Eles participam do grupo Gurucaia que tem sete famílias de produtores de Apucarana e Arapongas, três já certificados e quatro em processo de transição do sistema convencional para o orgânico. A Tarde de Campo foi realizada pelo IDR-Paraná e com o patrocínio da Líder Agrícola; Enza Zaden; prefeitura de Apucarana; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apucarana; e Domene Agro.

ORGULHO DA TERRA – O Prêmio Orgulho da Terra é uma iniciativa que para valorizar produtores rurais e técnicos agrícolas comprometidos com as boas práticas do agronegócio, que levam em conta os pilares social, ambiental e econômico. Além da agroecologia, a terceira edição do Prêmio Orgulho da Terra premiou, também, as seguintes categorias: aves, café, erva-mate, feijão, bovinocultura de leite, suínos, piscicultura, agricultura orgânica, agroindústria, bovinocultura de corte, inclusão social, mulheres no agro, sericicultura, soja e milho, sucessão, tecnologia e turismo rural.

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Transfusão de sangue imediata no local do acidente salvou vida de criança de 5 anos

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Primeira paciente pediátrica do Paraná a receber transfusão de sangue no próprio local do acidente, a menina Maria Laura Ferraz, 5 anos, vai receber alta nesta quinta-feira (26), após 14 dias internada no Hospital Universitário de Maringá, 12 deles na UTI. Ela vai reencontrar a mãe, Luciana, de 36 anos, que também ficou internada sete dias na UTI do mesmo hospital e recebeu alta na última quinta-feira (19).

Ambas voltavam de uma consulta médica da menina na cidade de Carlópolis, no dia 12 de dezembro, quando o veículo da prefeitura de Jabuti em que estavam se envolveu em um acidente grave com outro veículo na BR-153, perto de Ibaiti, que vitimou duas pessoas. Dois helicópteros, além de uma ambulância por terra, foram acionados para resgatar as vítimas. Com lesões graves no intestino, fígado e baço, Maria Laura não podia esperar: necessitava de uma transfusão de sangue imediata para ter condições de chegar ao hospital. O que foi feito na aeronave e a salvou.

“Esse equipamento de transfusão de sangue no próprio local fez toda a diferença para minha filha. Não fosse isso, minha família teria um Natal com muita tristeza, chorando a perda da nossa filha. Posso dizer sem dúvida nenhuma que minha filha nasceu de volta graças a esse equipamento”, comemora o pai da menina, o gerente de supermercado Josilei Ferraz, de 40 anos.

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O resgate de Maria Laura foi feito pela equipe do doutor Maurício Lemos, coordenador médico da operação aeromédica de Maringá. Ele lembra que quando chegou ao local do acidente, o batimento cardíaco de Maria Laura estava muito acelerado pela perda de sangue na região da barriga. “Até então, eu não havia transfundido nenhuma criança no local do acidente, apenas adultos. Mas ali não tinha escolha. Ou eu fazia a transfusão de sangue, ou a menina ia morrer pela gravidade em que ela se encontrava”, ressalta o médico, que visitou Maria Laura no hospital nesta quarta-feira (25) de Natal.  “Foi emocionante visitar essa menina, porque eu a vi morrendo e agora ela está pronta para voltar para casa graças ao procedimento que fizemos naquele momento exato”, relata Lemos.

Desde que o sistema foi implantado, a base de Maringá havia realizado 42 transfusões de sangue na aeronave que opera o sistema. Nenhuma, até então, em criança. “Naquele momento, avaliei todos os critérios técnicos e ela tinha condições de passar pelo procedimento. Tanto que quando passei o sangue ela já começou a estabilizar, o que permitiu que chegássemos até o hospital onde ela foi atendida”, explica Lemos.  

A diretora estadual da Rede de Atenção às Urgências, Giovana Fratin, enfatiza que a hemotransfusão maciça – como é chamado o processo – melhora a condição do paciente até a chegada ao hospital de referência. Portanto, é muitas vezes a diferença entre a vida e a morte do paciente. “São muitas ações dentro de uma estratégia de atenção à saúde, realizada pelo governo do Paraná, entre elas esse caso da hemotransfusão no pré-hospitalar”, aponta.

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SERVIÇO AEROMÉDICO – O atendimento aeromédico do Paraná é reconhecido nacionalmente. Operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência, cobre todo o estado com cinco bases estratégicas localizadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

Além de atender vítimas de trauma, o serviço realiza transporte de órgãos para transplantes, sendo uma peça-chave no sistema de saúde estadual.

A base de Maringá também se destaca por ser a primeira do Paraná a empregar hemotransfusão em vítimas graves diretamente na cena de trauma.

Até novembro, o serviço aeromédico do Paraná havia atendido 3.292 pacientes no ano de 2024. Em 2023, o estado registrou um recorde histórico, com 4.003 atendimentos. Além de resgates e transferências, esses números incluem o transporte de órgãos, reforçando o papel essencial do serviço na saúde pública.

“Sob a liderança do governador Ratinho Junior, estamos alcançando marcas históricas na rede de cuidado em urgência e emergência do Paraná. Há dois anos, esse esforço nos levou a atingir a cobertura total do território paranaense pelo Samu. Esse resultado assegura um atendimento ágil e eficiente, reforçando nosso compromisso com a missão de salvar vidas”, destaca o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto.

Fonte: Governo PR

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