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Projetos da Educação Profissional e Tecnológica do Paraná têm projeção nacional

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Um grupo de alunos do Colégio Estadual Eduardo Virmond Suplicy, de Francisco Beltrão, esteve em Curitiba na última sexta-feira (29) por um motivo muito especial. Guilherme Thomazoni, Larissa Ferla Alencar e Luis Otavio Costin, do curso de desenvolvimento de sistemas, que integra o rol de cursos oferecidos pela Educação Profissional e Tecnológica (EPT) do Estado, apresentaram o projeto Eco Reward: Sua Recompensa por um Planeta mais Limpo ao secretário da Educação, Roni Miranda.

O projeto ganhou destaque nacional ao ser selecionado, ao lado de outros dois trabalhos desenvolvidos por estudantes da rede estadual do Paraná, para exibição na 4ª Semana Nacional de Educação Profissional e Tecnológica (SNETP), realizada em Brasília pelo Ministério da Educação (MEC). Com o tema “Inovação, Inclusão e Sustentabilidade”, o evento reuniu mais de 400 projetos de instituições de todo o Brasil, promovendo integração, competições e debates sobre a educação profissional e tecnológica.

O Eco Reward é uma solução sustentável e inovadora para o descarte inteligente de resíduos. A ideia é que lixeiras equipadas com sensores e QR Codes, escaneáveis via aplicativo, sejam instaladas pelas ruas. O sistema identifica os resíduos descartados e recompensa os usuários com benefícios, como descontos em estabelecimentos e serviços, brindes e até abatimentos em impostos. O objetivo é promover a conscientização ambiental e incentivar a reciclagem.

Inicialmente o trabalho teórico foi concebido em 2023 para ser apresentado durante a Feira Científica do Núcleo de Altas Habilidades da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR). No entanto, foi indicado pela equipe técnica da própria EPT da Seed-PR para a exposição no evento em Brasília.

“Estar em Brasília ao lado de tantos estudantes brilhantes e ver nosso projeto como destaque foi muito recompensador. É fascinante perceber o potencial do trabalho que desenvolvemos juntos e vislumbrar a possibilidade de que, um dia, talvez venha a ser posto em prática”, celebra o estudante Guilherme Thomazoni. “Tivemos cerca de duas semanas para colocar o projeto em prática. Corremos contra o tempo para desenvolver o aplicativo, fazê-lo funcionar e montar os protótipos das lixeiras. No fim deu tudo certo”, complementa Luis Otavio Costin.

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A professora e orientadora do projeto, Shana Caleffi Denardi, não esconde o orgulho da equipe da turma de Altas Habilidades que ajudou a orientar. “Estou muito feliz e realizada, o resultado foi excelente e os alunos são excepcionais. A emoção de ter um projeto lá do sudoeste do Paraná entre trabalhos de destaque em nível nacional é indescritível”, comemora.

“O que vimos aqui é um exemplo do quanto a educação pode transformar ideias em soluções práticas para os desafios do mundo. Esse projeto reflete não apenas a criatividade e a dedicação desses jovens, mas também a força do ensino técnico e profissionalizante ofertado pela nossa rede estadual”, complementa Roni Miranda.

Com matrículas abertas até o dia 06 de dezembro, a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) tem como objetivo principal preparar os estudantes para atender às demandas do mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento de competências técnicas, humanas e sociais. Além de abrir portas para inserção no mundo profissional, a EPT contribui para a formação integral do aluno, incentivando a inovação, a criatividade e a solução de problemas reais.

A oferta de cursos profissionalizantes pela Secretaria da Educação do Paraná vem passando por importante ampliação nos últimos anos. Em 2021, o número de vagas da modalidade girava em torno de 10 a 14 mil. No ano subsequente, esse número saltou para 29 mil, e, em 2023, chegou ao patamar de 38 mil vagas disponíveis. Neste ano, a modalidade oferece 45 cursos e conta com 112 mil alunos matriculados em 708 escolas distribuídas por 258 municípios de todo o Paraná.

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MAIS DESTAQUES – Além do Eco Reward, outros dois trabalhos desenvolvidos por estudantes da rede estadual do Paraná foram selecionados para a SNETP. O Smart SOS: Monitoramento Preventivo para Neuro Divergentes, desenvolvido pelo aluno Diego Pimenta Suarez, do Colégio Estadual Almirante Tamandaré, de Foz do Iguaçu, cria um sistema de identificação e alerta para situações de crise em indivíduos neurodivergentes.

A tecnologia monitora em tempo real parâmetros fisiológicos, como variações na circulação sanguínea, frequência cardíaca e temperatura corporal, que frequentemente antecedem crises em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou outras condições neurodivergentes. Esses dados são analisados por um algoritmo, que identifica padrões associados a crises, diferenciando-os de comportamentos comuns ou reações naturais de crianças neurotípicas.

Por meio desse monitoramento preventivo, o dispositivo consegue enviar alertas automáticos aos responsáveis ou cuidadores, permitindo uma intervenção rápida. O objetivo é não apenas minimizar o impacto das crises no bem-estar do indivíduo, mas também oferecer uma ferramenta eficaz de apoio para pais e profissionais, promovendo maior segurança e qualidade de vida para as pessoas com neurodivergência.

Já o Projeto Socioambiental: Operação Limpeza do Manguezal Filhos do Mangue, desenvolvido pelos estudantes Maria Eduarda de Oliveira Cunha e Juan Gregório dos Santos, do Colégio Estadual de Paranaguá, tem como objetivo a preservação dos manguezais por meio da retirada do lixo e reflorestamento das áreas degradadas.

Fonte: Governo PR

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Portos do Paraná realiza oficina de coleta e despolpa do açaí juçara em comunidade no Litoral

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Moradores da no Litoral do Paraná, participaram nesta quarta-feira (02) da 2ª Oficina de Coleta, Higienização e Despolpa de Juçara, fruta semelhante ao açaí amazônico. A iniciativa da Portos do Paraná busca estimular uma nova fonte de renda para as comunidades locais, predominantemente compostas por pescadores, além de promover a preservação da palmeira juçara, espécie ameaçada de extinção.​

“Com o conhecimento da despolpa dos frutos, é possível uma mudança cultural, possibilitando renda às comunidades e incentivando o plantio das sementes”, destacou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.​

A oficina integra o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Autoridade Portuária e surgiu como uma demanda dos próprios moradores. “No Sul do Brasil basicamente não temos a cultura do aproveitamento deste fruto. Já no Norte, é muito comum. Estamos trazendo a oficina para estimular esta nova opção”, explicou o coordenador de Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco Pereira Cordeiro. “A sementinha roxa produz um açaí de excelente qualidade”.​

O Instituto Juçara de Agroecologia conduziu as atividades teóricas e práticas. “A coleta da juçara no Litoral é feita entre março e maio. É neste período que a palmeira vai frutificar e os cachos com os frutos vão amadurecer”, comentou o vice-presidente do Instituto, Rafael Serafim da Luz.​

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O fruto da juçara é semelhante ao açaí da Amazônia, porém, a palmeira nativa das áreas litorâneas de Mata Atlântica, Euterpe edulis, difere das palmeiras que produzem o açaí tradicional da região Norte do país. O “açaí juçara” é rico em antocianina, um antioxidante que confere a coloração roxa escura, muito semelhante ao açaí amazônico. Além do fruto, a palmeira também é conhecida por produzir o palmito juçara.​

O fruto é extremamente rico em ferro e cálcio, elementos que complementam muito bem a alimentação. “É uma planta que se desenvolve super bem, de fácil manejo. E a gente vê na casa das pessoas, faz parte da paisagem dos caiçaras”, pontuou Serafim da Luz.​

SELEÇÃO DE GRÃOS – A merendeira Adi Fátima Lourenço possui algumas palmeiras no quintal de casa, uma das quais foi utilizada durante a oficina. “A gente se criou subindo nos pés de juçara, mas não sabia fazer os sucos. E essa oficina vai ajudar na renda mesmo. Dá pra fazer bolo, pão. É um diferencial que as pessoas sempre estão procurando”, comentou Adi.​

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Durante a coleta e higienização, ocorre a seleção dos grãos maduros e sadios, que passam por um processo de lavagem com água sanitária para a esterilização das bactérias. Após o enxágue, eles são encaminhados para a despolpadeira, que remove os caroços, sementes ou cascas, resultando em um líquido engrossado e peneirado.​

CURSOS E OFICINAS –  Pelo Programa de Educação Ambiental, a Portos do Paraná realizou, desde 2019, dezenas de oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes gratuitos para comunidades litorâneas do Estado.

As iniciativas buscam promover, além de práticas permaculturais, a educação ambiental, a organização comunitária e a valorização ambiental, ao mesmo tempo em que apresentam possibilidades de geração de renda para os membros das comunidades.

Entre os temas abordados estão comunicação e atendimento e introdução à maquiagem para jovens, em parceria com o Senac. As mulheres das comunidades de Piaçaguera e do Valadares também puderam participar dos cursos de corte e costura.

Fonte: Governo PR

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