PARANÁ
Projeto de pesquisa da UENP analisa saúde da mulher a partir de dados do Datasus
Publicado em
12 de junho de 2024por
Itajuba TadeuPesquisa desenvolvida na Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) analisa indicadores e aspectos epidemiológicos da saúde de mulheres paranaenses, a partir de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). O objetivo é contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a qualidade de vida das mulheres e ações de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças. Os dados são coletados desde 2008.
O estudo traça um panorama dos 399 municípios do Paraná, aglomerados por macrorregião, combinando diferentes informações, como idade, cor, escolaridade, situação conjugal, renda e local de residência dessa parcela da população. Os indicadores apontam bons resultados em relação ao restante do Brasil e sinaliza pontos de melhoria para manter as condições favoráveis para o bem-estar físico, mental e emocional das paranaenses.
O levantamento de dados também inclui referências sobre as linhas de cuidado das mulheres no período de gestação, parto e puerpério (pós-parto), inclusive a saúde dos recém-nascidos. São observados aspectos importantes, como assistência médica durante a gravidez e o parto; tuberculose na gestação; mortalidade por câncer de colo do útero e câncer de mama; nascimentos prematuros e mortalidade infantil decorrente de doenças genéticas ou anomalias congênitas.
Esta matéria faz parte de uma série de reportagens voltadas para a divulgação científica e que tem como objetivo promover os resultados de estudos acadêmicos desenvolvidos por pesquisadores, professores e estudantes das sete universidades estaduais do Paraná. Os textos são publicados semanalmente com o selo Paraná Mais Ciência, um programa estratégico do governo, previsto no Plano Plurianual do Estado (PPA), que viabiliza os recursos financeiros do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, administrado pela Secretaria da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior (Seti). A primeira reportagem foi sobre pesquisas que avaliam as mudanças climáticas no Paraná.
A coordenadora do estudo, professora Emiliana Cristina Melo, do curso de Enfermagem da UENP, no câmpus Luiz Meneghel, em Bandeirantes, destaca resultados que caracterizam a situação das mulheres do Paraná. “Os resultados indicam melhoria nas características socioeconômicas das mães paranaenses, com a diminuição na proporção de mães adolescentes, com baixa escolaridade e com três ou mais filhos”, afirma. “O aumento de mães que se declaram pretas e pardas pode estar associado a mudanças culturais da população”.
DESAFIOS MAIS EMERGENTES – Doutora em Enfermagem, a coordenadora enfatiza a importância da pesquisa científica para os avanços na saúde da mulher. “O objetivo é identificar os desafios mais emergentes detectados e, então, sugerir melhorias para atender e captar as mulheres para as ações preventivas e de diagnóstico rápido”, explica a professora Emiliana.
Ao longo de 16 anos do projeto, que começou durante a pesquisa de mestrado da professora Emiliana Melo, outros docentes ingressaram no estudo. É o caso das professoras Maria José Quina Galdino e Maynara Fernanda Carvalho Barreto e do professor Alessandro Rolin Scholze, da UENP; e da professora Rosana Rosseto de Oliveira, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Os quatro são doutores em Enfermagem e especialistas em diferentes áreas da saúde e juntos, atuam no Grupo de Pesquisa em Epidemiologia, Saúde e Trabalho (Gesat) da UENP.
RESULTADOS – As análises epidemiológicas desse estudo científico levantaram quatro pontos principais de atenção. Primeiro, a necessidade de investir na qualidade do exame pré-natal realizado pelas gestantes, com a finalidade de atrair mais mulheres para a rede de atenção primária à saúde. É preciso fazer uma busca ativa, facilitar as consultas, os exames e o acesso aos resultados, para que as mulheres não desistam do acompanhamento. O pré-natal é ferramenta importante na prevenção e detecção precoce de patologias tanto da mãe quanto do feto.
O segundo ponto de atenção está relacionado à necessidade de intensificar a prevenção de doenças, principalmente o câncer de colo de útero e o câncer de mama. Nesse contexto, a pesquisa aponta a importância das Unidades Básicas de Saúde em oferecer mais flexibilidade para o agendamento de consultas médicas e exames laboratoriais, com aumento de opções de datas e horários, a fim de favorecer as mulheres que trabalham ou que têm rotina com os filhos.
O terceiro ponto está relacionado ao investimento em capacitação continuada para os profissionais da saúde, pois é preciso saber acolher e atender as necessidades de saúde das mulheres e alimentar de forma correta os bancos de dados dos sistemas de informação. Por último, é importante investir em educação para conscientizar meninas e mulheres sobre temas como planejamento familiar, prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e combate a abusos e violências.
EXTENSÃO – Para além do projeto de pesquisa, a professora Emiliana Melo lidera uma ação de extensão universitária relacionada à saúde das mulheres. A iniciativa consiste na oferta de atendimento semanal na Clínica de Enfermagem da UENP, em Bandeirantes, com horário estendido até às 22 horas, por livre demanda e agendamento prévio. Em média são quatro atendimentos por semana, o que corresponde a 208 consultas por ano.
O projeto expandiu as atividades para desenvolver ações também de combate à violência contra as mulheres a partir de uma parceria com o Ministério Público.
PESQUISA NACIONAL – Os pesquisadores Emiliana Melo e Alessandro Scholze participam de um estudo nacional sobre violência vivenciada por mulheres com deficiências no contexto rural. O projeto foi aprovado em janeiro deste ano em uma chamada pública para estudos transdisciplinares em saúde coletiva. A iniciativa é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e do Ministério da Saúde.
A UENP é responsável pela análise de dados na produção de mapas da violência e vulnerabilidade de mulheres com deficiências, que revelam a localização e as características das regiões estudadas. Com financiamento de aproximadamente R$ 360 mil, o objetivo é promover o aperfeiçoamento do sistema de saúde brasileiro, o planejamento de políticas públicas voltadas para o combate às diversas formas de violência vivenciadas pelas mulheres com deficiência e que vivem nos rincões das cinco regiões do território brasileiro e em Portugal.
Outras instituições de ensino superior participam do projeto, como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS); a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); a Universidade Federal de Sergipe (UFS); a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA); o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA); a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); e a Universidade Nova de Lisboa (UNL), em Portugal.
Fonte: Governo PR
PARANÁ
Portos do Paraná realiza oficina de coleta e despolpa do açaí juçara em comunidade no Litoral
Published
1 minuto agoon
2 de abril de 2025By

Moradores da no Litoral do Paraná, participaram nesta quarta-feira (02) da 2ª Oficina de Coleta, Higienização e Despolpa de Juçara, fruta semelhante ao açaí amazônico. A iniciativa da Portos do Paraná busca estimular uma nova fonte de renda para as comunidades locais, predominantemente compostas por pescadores, além de promover a preservação da palmeira juçara, espécie ameaçada de extinção.
“Com o conhecimento da despolpa dos frutos, é possível uma mudança cultural, possibilitando renda às comunidades e incentivando o plantio das sementes”, destacou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.
A oficina integra o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Autoridade Portuária e surgiu como uma demanda dos próprios moradores. “No Sul do Brasil basicamente não temos a cultura do aproveitamento deste fruto. Já no Norte, é muito comum. Estamos trazendo a oficina para estimular esta nova opção”, explicou o coordenador de Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco Pereira Cordeiro. “A sementinha roxa produz um açaí de excelente qualidade”.
O Instituto Juçara de Agroecologia conduziu as atividades teóricas e práticas. “A coleta da juçara no Litoral é feita entre março e maio. É neste período que a palmeira vai frutificar e os cachos com os frutos vão amadurecer”, comentou o vice-presidente do Instituto, Rafael Serafim da Luz.
O fruto da juçara é semelhante ao açaí da Amazônia, porém, a palmeira nativa das áreas litorâneas de Mata Atlântica, Euterpe edulis, difere das palmeiras que produzem o açaí tradicional da região Norte do país. O “açaí juçara” é rico em antocianina, um antioxidante que confere a coloração roxa escura, muito semelhante ao açaí amazônico. Além do fruto, a palmeira também é conhecida por produzir o palmito juçara.
O fruto é extremamente rico em ferro e cálcio, elementos que complementam muito bem a alimentação. “É uma planta que se desenvolve super bem, de fácil manejo. E a gente vê na casa das pessoas, faz parte da paisagem dos caiçaras”, pontuou Serafim da Luz.
SELEÇÃO DE GRÃOS – A merendeira Adi Fátima Lourenço possui algumas palmeiras no quintal de casa, uma das quais foi utilizada durante a oficina. “A gente se criou subindo nos pés de juçara, mas não sabia fazer os sucos. E essa oficina vai ajudar na renda mesmo. Dá pra fazer bolo, pão. É um diferencial que as pessoas sempre estão procurando”, comentou Adi.
Durante a coleta e higienização, ocorre a seleção dos grãos maduros e sadios, que passam por um processo de lavagem com água sanitária para a esterilização das bactérias. Após o enxágue, eles são encaminhados para a despolpadeira, que remove os caroços, sementes ou cascas, resultando em um líquido engrossado e peneirado.
CURSOS E OFICINAS – Pelo Programa de Educação Ambiental, a Portos do Paraná realizou, desde 2019, dezenas de oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes gratuitos para comunidades litorâneas do Estado.
As iniciativas buscam promover, além de práticas permaculturais, a educação ambiental, a organização comunitária e a valorização ambiental, ao mesmo tempo em que apresentam possibilidades de geração de renda para os membros das comunidades.
Entre os temas abordados estão comunicação e atendimento e introdução à maquiagem para jovens, em parceria com o Senac. As mulheres das comunidades de Piaçaguera e do Valadares também puderam participar dos cursos de corte e costura.
Fonte: Governo PR

Portos do Paraná realiza oficina de coleta e despolpa do açaí juçara em comunidade no Litoral

Projeto de lei que institui o mês “Abril Verde e Amarelo avança na CCJ

Rede estadual de educação do Paraná acolhe professores e alunos autistas

Com apoio da Sanepar, atletas de vôlei de praia do Paraná defendem o Brasil na Sérvia

PCPR prende suspeito de diversos furtos ocorridos em Antonina
PARANÁ


Portos do Paraná realiza oficina de coleta e despolpa do açaí juçara em comunidade no Litoral
Moradores da no Litoral do Paraná, participaram nesta quarta-feira (02) da 2ª Oficina de Coleta, Higienização e Despolpa de Juçara,...


Rede estadual de educação do Paraná acolhe professores e alunos autistas
Quando ingressou como professor na rede estadual de ensino, aos 21 anos, Evalney Riely Horst sentia que havia uma barreira...


Com apoio da Sanepar, atletas de vôlei de praia do Paraná defendem o Brasil na Sérvia
A equipe de vôlei de praia com atletas de Dois Vizinhos, no Sudoeste, campeã estadual e nacional escolar na categoria...
POLÍCIA


PCPR prende duas pessoas e desmantela ponto de desmanche de veículos e tráfico em Paranaguá
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu dois homens e apreendeu dois adolescentes em um local que funcionava como ponto...


PCPR e PMPR capturam foragido do Paraguai em Cidade Gaúcha
A Polícia Civil do Paraná (PCPR), em conjunto com a Polícia Militar do Paraná (PMPR), prendeu um homem, de 29...


PCPR prende suspeito de diversos furtos ocorridos em Antonina
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu preventivamente um homem, de 49 anos, suspeito de ter praticado diversos furtos. A...
ENTRETENIMENTO


Em montagem, Graciele Lacerda mostra semelhança entre a filha e o avô: ‘Igual’
Graciele Lacerda, de 44 anos, compartilhou em seu Instagram, nesta terça-feira (1º), uma montagem da filha, Clara, ao lado do avô...


Claudia Raia curte viagem na Espanha com o marido, Jarbas: ‘Grudada no meu crush’
Claudia Raia, de 58 anos, está curtindo uma viagem romântica ao lado do marido, Jarbas Homem de Mello, de 55...


Duda Guerra faz primeira compra com o próprio dinheiro: ‘Bolsa de R$ 19 mil’
Duda Guerra, de 16 anos, compartilhou nesta terça-feira (1º), sua primeira compra com o próprio dinheiro. A influenciadora escolheu uma...
ESPORTES


Cano garante vitória do Fluminense na estreia da Sul-Americana contra o Once Caldas
O Fluminense estreou com o pé direito na Copa Sul-Americana ao vencer o Once Caldas da Colômbia por 1 a...


Atlético-MG empata sem gols com o Cienciano na estreia da Sul-Americana
Em sua estreia na Copa Sul-Americana, o Atlético-MG empatou em 0 a 0 com o Cienciano, nesta terça-feira (1), no...


Cruzeiro estreia na Sul-Americana com derrota para o Unión Santa Fe na Argentina
Em sua estreia na Copa Sul-Americana, o Cruzeiro foi derrotado pelo Unión Santa Fe por 1 a 0, em partida...
MAIS LIDAS DA SEMANA
-
PARANÁ2 dias ago
Skatista paranaense Gui Khury iguala recorde de Bob Burnquist em evento internacional
-
AGRONEGÓCIO7 dias ago
Já está disponível a nova Revista Pensar Agro
-
AGRONEGÓCIO7 dias ago
TCU diz que transporte compromete competitividade do agronegócio brasileiro
-
AGRONEGÓCIO5 dias ago
Financiamento privado impulsiona o agronegócio com crescimento das CPRs