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Professora da rede estadual usa jornalismo para promover protagonismo dos alunos

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Elas têm voz potente. Em sala de aula, em frente ao quadro negro ou expondo pacientemente o conteúdo, as professoras têm voz ativa. Elas propõe ideias, trazem reflexões, promovem a formação intelectual e social e têm voz de acolhimento, seja ao ensinarem pacientemente ou instruírem filhos dos outros com o mesmo cuidado que destinam às próprias famílias. Elas inovam e impactam, diariamente, a vida de milhares de alunos. Por meio de projetos e atividades, com força, paciência e determinação, se tornam referências nas comunidades onde ensinam.

As mulheres representam 75% do corpo de professores da rede estadual, onde elas têm voz e vez. No Mês da Mulher, a Secretaria da Educação, por meio da Agência Estadual de Notícias, apresenta cinco histórias inspiradoras protagonizadas por professoras, pedagogas, diretoras, colaboradoras e merendeiras da rede estadual. São mulheres de fibra, cujos dom e missão ultrapassam as barreiras da profissão, levando aos alunos para além do desenvolvimento intelectual e social por meio de lições que criam identificação com os alunos.

A primeira história é de Sandra Silva Baldissera, professora de Biologia do Colégio Estadual Rui Barbosa (CERB), do município de Nova Laranjeiras, na região Centro-Sul do Paraná. Ela atua há 28 anos como professora na rede estadual, Sandra entende que a educação é o caminho principal para a formação dos futuros cidadãos.

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Buscando fazer dos conteúdos apresentados em sala suportes para a formação de cidadãos, em 2019 a educadora teve a ideia de criar um jornal de ciências para a feira de conhecimento da escola. “A ideia surgiu após uma aula do 9° ano. No início, 12 alunos se propuseram a participar, buscando temas que podiam servir como notícia. Desenvolvemos então uma redação jornalística com editores, cinegrafistas, repórteres e apresentadores”, explica.

O projeto batizado de TV CERB, que remete à abreviação do nome da escola, foi gravado em sala de aula e, depois de editado, foi apresentado à diretoria, que aprovou e incentivou a continuidade. A ideia fez tanto sucesso que, logo, o jornal passou a ser publicado além dos limites do colégio, por meio de um canal no YouTube, além das redes sociais do Colégio Estadual Rui Barbosa no Facebook, Instagram e grupo de WhatsApp dos alunos.

“Eu queria que fosse visto por todos. Logo tivemos a ideia de divulgar o que estava acontecendo na escola. Tornou-se uma forma de informar os pais e responsáveis sobre o nosso dia a dia e trazer informações e curiosidades, com notícias de verdade, da cidade e do país”, comenta.

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O projeto promove o protagonismo dos alunos em cada etapa da produção do jornal. Os programas são gravados nos corredores da escola e, para ilustrar as reportagens, as famílias dos próprios estudantes atuam como entrevistados. “Um exemplo é o programa no qual falamos sobre o Dia do Idoso, comemorado em 1° de outubro. Além de trazer informações sobre a data e contexto dos idosos no Brasil, os alunos gravaram entrevistas com seus avós, em casa, mostrando partes de sua própria realidade”, conta.

Segundo a professora, esta foi, inclusive, a solução para a continuidade do jornal mesmo durante a pandemia. “Os alunos insistiram em manter nossas gravações, mesmo afastados por conta do isolamento. Desta forma, as produções continuaram, sendo gravadas individualmente em casa”, relembra.

Com um alcance de mais de mil visualizações por vídeo, o projeto é hoje uma das atividades escolares com maior engajamento das turmas. “Os primeiros alunos que participaram do jornal já se formaram e, no ano seguinte, as novas turmas também quiseram participar e, assim, temos uma verdadeira rede de jovens jornalistas em desenvolvimento”, brinca a educadora.

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Imagem do jornal produzido pelos alunos do colégio. Foto: Reprodução

ALUNOS ENGAJADOS E NOVAS IDEIAS – Heloísa Marcela Carra (18) é uma das alunas que fez parte da primeira edição do jornal. Ela conta que a experiência transformou seu dia a dia na escola. “Um trabalho divertido que nos estimulava a comparecer às aulas. Gravar os vídeos nos trouxe noções técnicas e éticas, como a importância de pesquisar e checar as informações antes de publicar qualquer coisa”, conta a jovem, que acompanhou de perto o crescimento do jornal.

Já Lana Carla (15), estudante que atualmente participa da TV CERB, destaca os desdobramentos positivos que a atividade trouxe aos alunos engajados no projeto. “Por conta da dedicação ao longo do ano com o jornal, fomos homenageados com um prêmio de honra a mérito no fim do ano letivo. Isso certamente agrega ao nosso currículo escolar e acadêmico”, afirma a aluna.

Além do papel pedagógico, o projeto também possui um viés inclusivo. Um exemplo é o do estudante Bruno Silva, que possui Transtorno de Espectro Autista (TEA). “Ele participa ativamente da equipe. Ele próprio propôs a edição na qual falamos sobre o Dia Mundial do Autismo, na qual participou como apresentador”, relembra a professora. 

Em 2023, o projeto ganhará um novo formato. Além dos vídeos, um jornal impresso — batizado de CERB Notícias — será desenvolvido pela turma de Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD). Com o jornalismo, as crianças também aprendem a pesquisar e reportar a verdade do que encontram nas pesquisas. Segundo a professora, é uma lição que fica para a posteridade.

“A intenção é ampliar os canais de comunicação e o acesso, já que muitas famílias não têm meios de visualizar as redes sociais. Por isso, um jornal físico é muito legal para aumentar o engajamento do conteúdo produzido pelos alunos”, ressalta Sandra. “É um projeto que promove integração e dá voz a esses alunos, o que é cada vez mais importante no nosso mundo”.

Fonte: Governo do Paraná

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PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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