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Preços dos alimentos permaneceram estáveis em janeiro, aponta índice do Ipardes

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Curitiba e Londrina ficaram em lados opostos na composição do Índice de Preços Regional (IPR) referente ao mês de janeiro, divulgado nesta terça-feira (7) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

O índice, que reúne mensalmente dados das seis maiores cidades do Paraná a partir da análise da média de preço dos 35 itens alimentícios mais consumidos pelas famílias, mostrou Curitiba com a maior queda nos preços registrada (-0,66%) e Londrina como a única alta verificada (0,59%).

Ponta Grossa, (-0,35%), Cascavel, (-0,33%), Maringá, (-0,26%) e Foz do Iguaçu, (-0,10%) completam a formação do índice mensal, que apresentou um declínio de 0,18%, menor do que o observado em dezembro (-0,66%).

Entre os itens que formam o índice, a maior alta em janeiro foi da batata-inglesa, com variação positiva de 17,91%. Produtos com aumentos na faixa entre 4% e 5% no começo deste ano foram maçã, alface, feijão preto e molho e extrato de tomate.

Entre as quedas, a maior foi a da cebola, com redução de 27,15% dos preços no Estado, seguida da banana-caturra (-17,13%) e pernil suíno (-14,65%).

Segundo o sociólogo Marcelo Antonio, coordenador de pesquisas periódicas e editoração do Ipardes, essa segunda queda consecutiva do IPR teve forte influência da ampliação da oferta de cebola, por conta da nova safra que chega aos mercados.

Por outro lado, segundo o especialista, fatores climáticos contribuíram para a elevação de preços de batata-inglesa e alface. “O preço da maçã ainda traz resquícios de 2022, um ano marcado pela importação da fruta, dado que as colheitas no Sul do país não foram tão satisfatórias”, explica.

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O feijão preto, o feijão carioca e o arroz aparecem com alta de preços em janeiro, o que, segundo Antonio, ocorre pela redução de área plantada. “Há uma substituição do produtor, que opta por plantações mais rentáveis, como soja e milho, frente ao feijão e arroz, causando assim uma menor oferta desses itens nas prateleiras dos supermercados”, diz.

IMPACTOS DO CLIMA – Antonio explica que, nos últimos 12 meses, o IPR carrega impactos das adversidades no clima, que contribuiu para o aumento do preço da maçã, os reajustes do leite e da batata-inglesa. “Por outro lado, houve oferta maior de banana-caturra, carne de frango, açúcar e óleo de soja – o que fez com que esses quatro produtos tivessem queda substancial no período”, afirma. 

No acumulado desse período, de fevereiro de 2022 até este janeiro de 2023, a inflação dos alimentos monitorados no Paraná chegou a 13,95%. Entre as cidades que compõem o índice, Maringá tem o maior aumento acumulado, com 14,44%, e Londrina, o menor, com 13,52%.

Nos últimos 12 meses, os produtos com maiores altas de preço no Paraná foram a maçã, com um incremento de 96,43%, e a batata-inglesa com 75,02%. Já as principais quedas de preços no período no Estado foram na banana-caturra, 11,65%, e no peito de frango, 5,27%.

Para o restante do ano de 2023, o Ipardes está na expectativa de uma safra positiva para os grãos, que pode suavizar o custo de produtos essenciais, entre os quais o leite, dado que o farelo de soja faz parte da alimentação do gado leiteiro. “Somam-se a isso expectativas positivas para a safra de maçã, feijão, batata e tomate, salvo não ocorram interferências climáticas representativas ao longo do ano”, diz Marcelo Antonio.

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INDICADOR – Lançado em 15 de dezembro de 2022, o IPR utiliza os registros fiscais da Receita Estadual do Paraná. O Ipardes faz uma média de 382 mil registros de notas fiscais eletrônicas ao mês emitidas em 366 estabelecimentos comerciais de diferentes portes localizados nas cidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.

Os 35 produtos avaliados foram definidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná e representam cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses. O instituto também trabalhou a série histórica de preços desde 2020, que permite analisar a flutuação no preço de alimentos e bebidas nos últimos dois anos no Estado.

Com a análise detalhada dos índices pelo Ipardes, as maiores cidades do Paraná têm condições de saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que possui um reflexo relevante na vida dos cidadãos. Os dados são importantes, por exemplo, para a elaboração de políticas públicas regionais e estaduais mais direcionadas em função da situação inflacionária de cada cidade.

Fonte: Governo do Paraná

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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