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Policial penal vira doutor pela FGV de São Paulo com tese sobre experiência no Paraná

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O policial penal Carlos Eduardo de Lima defendeu sua tese de doutorado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, na tarde desta quarta-feira (13). A dissertação com o título “Eu me senti em pedaços mas precisava estar inteiro: as experiências emocionais dos policiais penais” utilizou o sistema prisional e os policiais penais do Paraná como pano de fundo. Ele fez entrevistas anônimas e um trabalho de observação para entender a dinâmica das emoções que emergem dos colegas de trabalho e como os trabalhadores lidam com isso.

Natural do município de Lins, em São Paulo, Lima optou por combinar a carreira profissional com sua jornada acadêmica. Ele concluiu a graduação, o mestrado e agora o doutorado concomitantemente com as suas atividades policiais na regional administrativa de Londrina. Atualmente, ele está lotado na Penitenciária Estadual de Londrina III (PEL III).

“Eu entrei no sistema em 2006, com apenas 22 anos, e tinha concluído só o ensino médio. Comecei a estudar, fiz graduação em Economia, depois fiz especializações e já comecei a trabalhar como auxiliar de professores no Ensino Superior EAD. Em 2014, fiz meu mestrado em Administração e me tornei professor em diferentes cursos e instituições. Tudo em paralelo com a minha carreira policial”, contou.

Durante sua trajetória de doutorado, o pesquisador conseguiu uma primeira licença para cursar as disciplinas presenciais em São Paulo. Voltou ao trabalho e no ano passado conseguiu realizar um período de intercâmbio na Universidade de Vitória, no Canadá, dedicando seis meses de imersão teórica para a sua pesquisa e aproveitando os recursos oferecidos pela instituição estrangeira para enriquecer o trabalho.

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Após a defesa de sua tese, Lima foi aprovado e obteve o título de doutor. “Para mim foi um dia muito importante porque é uma qualificação que poucas pessoas conseguem alcançar. Eu tive o privilégio de contar com o apoio dos servidores que se dispuseram a participar da minha pesquisa e do apoio da Polícia Penal, que me forneceu duas licenças em momentos estratégicos. Tudo isso oportunizou meus estudos e hoje é um momento de realização pessoal, porque eu sempre busquei mudar minha vida através da educação”, disse.

Lima ainda ressalta a importância de sua pesquisa para além da vida pessoal. “Minha formação é relevante até mesmo para o Estado. Todo o conhecimento aplicado e científico que eu adquiri aqui eu posso retorná-lo de forma positiva com propostas mais desenvolvidas em relação ao serviço público, com aspectos mais modernos de atendimento e qualidade de vida a todos os atores do sistema prisional”, finalizou.

UEPG E UFPR – A Polícia Penal do Paraná (PPPR) estimula seus servidores a aprimorarem suas habilidades e a gerarem conhecimento científico de alto nível enquanto desempenham suas responsabilidades profissionais de forma correlata. Isso se dá também através da Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen) que oferta cursos e qualificações em diversas áreas relacionadas ao âmbito prisional, que podem amparar pesquisas acadêmicas.

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Além disso, outros servidores vêm acumulando conquistas acadêmicas. Na segunda-feira (11), o diretor-adjunto da Polícia Penal do Paraná (PPPR), Maurício Ferracini, e o diretor da Unidade de Progressão de Ponta Grossa (UPPG), José Augusto Pellegrini Júnior, participaram da banca de seminário do mestrado em Direito do pesquisador Douglas Carvalho de Assis pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

O trabalho teve como objetivo comparar o trabalho da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de São João Del Rei e da Unidade de Progressão de Ponta Grossa (UPPG) como metodologias de execução penal humanizadas. “A pesquisa foi muito bacana e concluiu que a Unidade de Progressão de Ponta Grossa é um dos grandes modelos de tratamento penal do País atualmente, com muita efetividade”, disse Ferracini.

Em fevereiro, a enfermeira Marta Cossetin Costa, também do quadro da Polícia Penal do Paraná, que trabalha há 15 anos em Foz do Iguaçu, recebeu o prêmio de Excelência Acadêmica de 2023 da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ele reconhece sua tese de doutorado, intitulada “Doença Crônica e Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade à Luz da Teoria Salutogênica: Estudo de Métodos Mistos”, defendida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF). O trabalho foi o mais relevante do ano passado no programa da UFPR.

“O apoio da Polícia Penal com a possibilidade de frequentar as aulas do curso de doutorado e posterior reposição de horas foi de extrema importância para a conclusão da minha pesquisa”, complementou Marta.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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