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Penitenciária de Foz do Iguaçu promove ressocialização com horta, fábrica de fraldas e malharia

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Um mesmo lugar do Paraná reúne uma horta com produtos frescos e orgânicos, uma fábrica de fraldas cuja produção é inteiramente fornecida de forma gratuita à população, uma padaria, uma confecção de roupas, uma biblioteca, uma escola, uma lavanderia, uma fábrica de catálogo de tintas e uma manufatura de caminhas para pets em situação de rua. Esse local é a Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu – Unidade de Progressão (PFF-UP), no Oeste do Estado.

Atualmente com 192 pessoas privadas de liberdade do sexo feminino, a PFF-UP trabalha com tratamento penal humanizado, com alta taxa de ocupação laboral e educacional, e uma baixíssima taxa de indisciplina, segundo os gestores da unidade.

Praticamente todas as pessoas privadas de liberdade (PPL) trabalham ou estudam, ou fazem as duas coisas ao longo de um mesmo dia. São 163 mulheres trabalhando e 109 estudando, com projetos em andamento para o aumento de vagas de trabalho. Os canteiros de trabalho se dividem em ambientes gerenciados pelo Estado, canteiros concebidos em parceria com empresas privadas, e com a Prefeitura de Foz do Iguaçu, além das PPLs que realizam a confecção de artesanato.

Com essas iniciativas, a Penitenciária Feminina virou uma possibilidade crescimento pessoal e profissional para quem enfrenta processos na Justiça. A equipe de gestão também é 100% feminina, composta pelas policiais penais Caroline Queli Bondan (diretora), Helena Maria Almeida Pasin (vice-diretora) e Elisângela Carvalho Matos (chefe de Segurança).

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Para Caroline, o comprometimento com o tratamento penal é o principal fator determinante do sucesso das atividades desenvolvidas na unidade. “A conscientização das profissionais de segurança, sua valorização e respeito foram as molas propulsoras de todo o processo”, diz. Essa unidade está dentro do programa de Unidades de Progressão do Estado, que já foi apresentado a autoridades de todo o País.

Outro fator, segundo ela, foram as melhorias nas estruturas físicas. Em parceria com a Itaipu Binacional, foram construídos três prédios novos que possibilitaram a reformulação da área administrativa, área técnica e de segurança, além da área de enfermagem da unidade, com um aporte financeiro de R$ 700 mil.

CANTEIROS – Em relação aos canteiros de trabalho, um dos destaques é o de costura, onde as apenadas produzem uniformes que são utilizados por todos os demais detentos das cinco unidades penais da região administrativa de Foz do Iguaçu.

Somente no último lote foram feitas mais de mil calças para serem usadas em todo o complexo penitenciário. As roupas seguem os padrões de segurança e identidade visual determinados pelo Deppen.

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Com as sobras do material, além do material fornecido pelo projeto “Caminha Solidária”, desenvolvido pela protetora de animais Ana Paula Godoi, as detentas ainda confeccionam caminhas para cachorros e gatos resgatados da rua.

“As pessoas privadas de liberdade, quando desenvolvem um trabalho relevante, com propósito, se sentem estimuladas a serem pessoas proativas na sociedade. É uma transformação”, explica o coordenador regional da Polícia Penal, Cássio Rodrigo Pompeo.

Outro canteiro de trabalho que desenvolve uma importante função social é o das fraldas, executado em parceria com a Prefeitura de Foz do Iguaçu. Em convênio com a Secretaria Municipal de Assistência Social, que fornece material e maquinário, as PPLs confeccionam fraldas geriátricas para serem distribuídas para toda a rede pública de saúde municipal de forma gratuita. São produzidas mais de mil unidades por dia.

Por iniciativa de uma PPL, o remanescente das fraldas, que normalmente seria descartado, agora também se transforma em absorventes higiênicos. Os itens são distribuídos para todas as pessoas que frequentam o complexo penitenciário, além de uso diário pelas próprias PPLs.

Fonte: Governo PR

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Governo do Estado inaugura novo Centro de Socioeducação em Piraquara

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O Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Justiça e Cidadania (Seju), inaugurou nesta quarta-feira (9) o novo Centro de Socioeducação (Cense) São Francisco – Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A nova unidade substitui a antiga, criada em 1958, e conta com 78 alojamentos, dois módulos de ensino com salas de aula (incluindo laboratório de informática), ginásio de esportes, biblioteca, horta, área administrativa e segurança, espaço dos servidores e espaço ecumênico.

A nova estrutura física, de 5.362 m² de área construída e 20 mil m² de área total, poderá receber até 88 adolescentes, quatro vezes mais que o antigo Cense São Francisco, e atende aos novos padrões arquitetônicos e técnicos para unidades de internação, de acordo com as normativas do Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo) instituídas pelo Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e Adolecentes).

A obra foi realizada com o apoio da Secretaria de Cidades (Secid), que coordenou o processo licitatório por meio da Paraná Edificações (Pred), e foi viabilizada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PR), colegiado vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Social e da Família (Sedef), que destinou R$ 9,4 milhões do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA-PR). O investimento total foi de R$ 10 milhões.

A obra foi concluída em dezembro de 2024 com o término do ginásio de esportes e da caixa d’água. No primeiro trimestre de 2025 foram instalados o mobiliário e equipamentos, além de feita a transferência de internos do antigo Cense, agora desativado. O novo Centro de Socioeducação já conta com 88 servidores, entre assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, odontólogos, terapeutas ocupacionais, agentes de segurança socioeducativos, e servidores administrativos e terceirizados.

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“Estamos orgulhosos de entregar uma estrutura moderna e inovadora, do ponto de vista tecnológico e de engenharia, que vai melhorar consideravelmente o atendimento socioeducativo, não só para os adolescentes, com a realização de projetos que promovam a cidadania através da educação, da cultura, do esporte, da arte e da formação profissional, mas também melhorando a qualidade das condições de trabalho dos nossos servidores da socioeducação”, destacou Santin Roveda, secretário da Justiça e Cidadania.

“Na antiga unidade, embora tivéssemos dificuldades, questões estruturais inclusive, nós fazíamos um trabalho com amor. Não é apenas uma estrutura nova, mas as pessoas trabalharam lá e agora estão aqui trouxeram essa carga emocional de respeito e de trabalho com humanidade com os adolescentes”, declarou o diretor da unidade, Ronaldo Marafon Drevek.

“É importante celebrar este momento. Nós que participamos diretamente ou indiretamente com a socioeducação, desses diálogos entre o governo estadual, os órgãos dos sistemas de Justiça e de Garantia de Direitos. Nós sabemos o trabalho e quantas coisas aconteceram para isso.” afirmou a promotora Danielle Cristine Cavali Tuoto, do Centro de Apoio Operacional (Caop) das Promotorias de Justiça da Criança e do Adolescente, e da Educação do Ministério Público do Paraná.

“Como professora há 34 anos, hoje aposentada, eu sempre trabalhei com crianças e adolescentes, e nós sonhamos que eles se tornem adultos formados, pessoas do bem, pessoas que busquem transformar a realidade. No entanto, alguns por falta de oportunidade ou pela própria sociedade que precisamos repensar, enroscam um pouco no seu desenvolvimento. Nós temos esses espaços da socioeducação para tratar com humanidade o recomeço, retomada de vínculos e reintegração na sociedade desses adolescentes”, destacou a vice-prefeita de Piraquara, Loireci Dalmolin.

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SOCIOEDUCAÇÃO DO PARANÁ – A Coordenação de Gestão do Sistema Socioeducativo, vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Seju), tem como atribuição primordial a gestão e a qualificação do atendimento socioeducativo de internação, internação provisória e semiliberdade, de acordo com as normas e recomendações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e demais compromissos nacionais e internacionais de direitos humanos.

Estão instaladas em todo o Estado 28 unidades, distribuídas de forma descentralizada em 16 municípios. Dezenove delas são Centros de Socioeducação, em Campo Mourão, Cascavel (2), Curitiba (2), Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Laranjeiras do Sul, Londrina (2), Maringá, Paranavaí, Pato Branco, Piraquara, Ponta Grossa, Santo Antônio da Platina, São José dos Pinhais, Toledo e Umuarama. Há, também, nove Casas de Semiliberdade, em Cascavel, Curitiba (2), Foz do Iguaçu, Londrina, Paranavaí, Ponta Grossa, Toledo e Umuarama.

São 1.150 servidores estaduais efetivos na socioeducação, além de colaboradores e voluntários externos, que auxiliam em projetos sociais e atendimentos diversos, de acordo com as ações realizadas em cada unidade.

PIRAQUARA

Foto: Ari Dias/AEN

PRESENÇAS – Também participaram da solenidade a diretora de Justiça e Cidadania da Seju, Viviane da Paz; o coordenador estadual de Gestão do Sistema Socioeducativo (CGS) da Seju, Alex Sandro da Silva; a coordenadora estadual da Política de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente e vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PR), Prisciane de Oliveira; a juíza coordenadora de Políticas Socioeducativas do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (GMF) do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Maria Roseli Guiessmann; o coordenador do Núcleo Especializado da Infância e Juventude (NUDIJ) da Defensoria Pública do Estado (DPE), Fernando Redede Rodrigues; a juíza da Vara da Infância de Piraquara, Caroline Vieira de Andrade Mattar; a promotora de Justiça de Piraquara Elaine Palazzo Ayres; a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PR), Danielle Dalavechia Chedid Silvestre; a primeira-dama de Piraquara, Ana Mazon; e a secretária municipal de Assistência Social de Piraquara, Maria Cicarelli.

Fonte: Governo PR

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