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Passaporte carimbado: em 5 dias, 440 alunos do Ganhando o Mundo embarcam para o Canadá

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Da Ilha das Peças, em Guaraqueçaba, para Paranaguá, no Litoral do Estado, foram quase 20 quilômetros de barco. De Paranaguá para o Aeroporto Afonso Pena, mais 81 quilômetros de estrada. E mesmo assim, a grande viagem da estudante Mônica Cristina Lima, de 15 anos, está apenas começando. A jovem, que se tornou a primeira aluna da rede pública estadual de sua comunidade a participar do Ganhando o Mundo, programa de intercâmbio estudantil do Governo do Paraná, embarcou nesta sexta-feira (31) para a província da Nova Escócia, no Canadá, onde passará um semestre letivo aprimorando o inglês e vivenciando uma nova cultura.

Além de Mônica, outros 124 estudantes da rede pública do Estado embarcaram nesta sexta-feira para o Canadá. Os embarques encerram uma semana intensa do Ganhando o Mundo: entre os dias 27 e 31 de janeiro, 440 alunos de escolas estaduais de todo o Estado partiram rumo ao país norte-americano, dando início a uma experiência que promete transformar suas trajetórias acadêmicas e pessoais.

Desde o começo do ano, 625 estudantes já iniciaram o intercâmbio. Além do Canadá, para onde foram enviados 500 alunos, a Nova Zelândia, com 50 estudantes e a Irlanda, com 75 alunos, foram os outros destinos. Até o fim desta edição, 1.200 alunos terão a oportunidade de estudar no exterior, nos Estados Unidos, Irlanda, Reino Unido, Nova Zelândia e Canadá. Além disso, mais 100 alunos de colégios agrícolas do Paraná embarcarão para o estado de Iowa, nos Estados Unidos, para uma edição especial voltada ao setor agropecuário. Essa será a maior edição do programa que, desde 2019, já levou 1.240 alunos para a experiência.

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Minutos antes do embarque, Mônica não escondeu as expectativas. “Hoje estou nervosa e ansiosa porque parece que agora que a ficha está caindo. É uma mistura de sensações. Mas já estou conversando com a minha host family [a família que vai recebê-la no Canadá], levando presentes. Essa é uma oportunidade que senão fosse o Ganhando o Mundo eu não teria tão facilmente por causa das condições”, reflete Mônica.

GANHANDO O MUNDO AEROPORTO

Nascida em Paranaguá, Mônica mora há cinco anos na ilha com a mãe, a irmã, o padrasto e vários animais, e vai ser a primeira estudante da comunidade, que tem cerca de 300 habitantes, a participar do Ganhando o Mundo. O Colégio Estadual do Campo Ilha das Peças, onde Mônica estuda, conta com cerca de 30 alunos matriculados na rede estadual, sendo que apenas três, incluindo ela, estavam no 1º ano do ensino médio no ano passado, quando se inscreveram no programa. 

Se os alunos estavam ansiosos, o saguão do aeroporto também estava cheio de familiares emocionados. A mãe de Mônica, a técnica de enfermagem Andreia de Freitas Correia, de 45 anos, deixou as lágrimas caírem algumas vezes. “Estou feliz por ver ela correr atrás dos sonhos dela, angustiada pelo tempo longe. Sempre quis fazer intercâmbio, mas na minha época não tinha essa chance, custeada pelo Governo e também essa segurança. Hoje eu já conheço a família dela lá, não falo inglês, mas já aprendi a mexer nos aplicativos. Então eu vou tirar de letra também”, avisa.

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Já para Themyra Moraes, mãe da Amanda Moraes Belegante, de 15 anos, que também embarcou para o Canadá nesta sexta, a mistura de sentimentos faz parte. “A gente cria os filhos para o mundo e o meu coração fica orgulhoso e feliz por ela, que batalhou para estar aqui. Eu sei que vai ser uma excelente viagem”, prevê. “ Eu estou empolgada e a viagem vai trazer várias oportunidades”, comemora a filha.

Julia Yamaguchi, de 15 anos, do Colégio Segismundo Falarz, de Curitiba, é outra estudante que não escondeu a emoção no embarque nesta sexta-feira – até porque a família fez a maior festa para ela no embarque. “Foi uma surpresa quando fui selecionada para o programa e hoje estou aqui. Era um sonho viajar para fora, mas um sonho muito distante e agora a expectativa é grande”, comemora. “Teve toda uma preparação da família também. Desde que soubemos do resultados estamos de lá para cá ajeitando tudo. É uma oportunidade única, a gente nem imagina tudo que vai trazer para ela, emprego no futuro. Acho que ela vai voltar bem diferente”, relata a mãe, Andrea Luciana Ribas.

EMBARQUE PRÓXIMO – Na próxima semana, entre os dias 1º e 8 de fevereiro, mais 170 alunos embarcam para a Nova Zelândia, dando continuidade ao maior cronograma de intercâmbios já realizado pelo Ganhando o Mundo.

Fonte: Governo PR

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IPR Tapicuru: com muita ciência, Paraná entrega nova cultivar de feijão para o Brasil

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O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) lançou oficialmente na manhã desta quarta-feira (26) a cultivar de feijão IPR Tapicuru, em solenidade realizada no Polo de Pesquisa e Inovação de Ponta Grossa. O IPR Tapicuru possui alto potencial produtivo – superior a 4,5 toneladas por hectare – e oferece estabilidade em diferentes condições de cultivo.

Com ciclo intermediário, a cultivar chega à colheita cerca de 87 dias após a emergência. Apresenta resistência às principais doenças da cultura do feijão, como ferrugem, oídio e mosaico comum, e ainda tolerância ao ácaro branco, praga que pode comprometer a produção. Entre os atributos que favorecem a adoção pelo produtor também estão o porte ereto e a altura da primeira vagem (25 cm), que facilitam a colheita mecanizada. A IPR Tapicuru demonstrou bom desempenho em cultivos orgânicos, ampliando sua versatilidade.

“Do ponto de vista do consumidor, os grãos cozinham em apenas 21 minutos e resultam em caldo espesso, de cor achocolatada, com sabor marcante, textura macia e sem perda de casca. A cultivar também se destaca pelo alto valor nutricional, com teor elevado de proteína, ferro e fibras. A expectativa é de que as sementes da IPR Tapicuru estejam disponíveis para os agricultores já a partir de 2026”, disse a pesquisadora Vania Moda Cirino, diretora de pesquisas do IDR-Paraná e especialista em melhoramento genético vegetal.

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Com a nova variedade, o IDR-Paraná conta atualmente com 11 cultivares de feijão ativas disponíveis ao mercado, adotadas por agricultores de todas as regiões produtoras do País. O Paraná é o maior produtor nacional do grão, alimento central na dieta brasileira. A estimativa para 2025 é de 520,8 mil hectares cultivados nas duas safras, com produção prevista de 983,5 mil toneladas.

A pesquisa com feijão teve início na década de 1970, no antigo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), hoje integrado ao IDR-Paraná. Desde então, já foram lançadas 42 cultivares, com foco em produtividade, resistência a pragas e doenças, adaptação ao clima e qualidade nutricional.

“Imagine quantas pessoas serão beneficiadas, quanta economia gerada, especialmente para quem lida diretamente com o preparo dos alimentos. O compromisso com a pesquisa reforça o compromisso do Paraná em produzir alimentos para todo o mundo”, afirmou o vice-governador Darci Piana.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Márcio Nunes, reforçou a relevância do investimento público em ciência. “Se o Estado quer inovar cada vez mais no campo precisa investir em pesquisa”, declarou.

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FEIJÃO

Foto: Igor Jacinto/Vice-Governadoria

CONAB – Darci Piana também participou da assinatura do convênio para reforma e modernização de armazéns graneleiros da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) situados no Paraná e em Mato Grosso do Sul. Os recursos são uma parceria também com a Itaipu Binacional e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS/ONU). A reforma da unidade de Ponta Grossa permitirá que o armazém volte a operar em seu potencial máximo, armazenando até 420 mil toneladas de grãos. Hoje, esta capacidade está em 300 mil toneladas.

PRESENÇAS – Participaram do lançamento os secretários Norberto Ortigara (Fazenda), Sandro Alex (Infraestrutura e Logística) e Aldo Bona (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior); a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt; o deputado estadual Marcelo Rangel; o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto, além de pesquisadores, produtores, técnicos e lideranças do agronegócio.

Fonte: Governo PR

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