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Paranaenses que combateram incêndios no Chile retornam e falam de desafios e integração

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A dupla de paranaenses Natanael Ronerson Kovalski, sargento do Corpo de Bombeiros, e Geovane Lins Mota dos Santos, soldado da Polícia Militar, retornou ao Paraná na última semana, após 17 dias de atuação no combate a incêndios florestais que atingiram a região Centro-Sul do Chile. Eles integraram uma equipe de 36 profissionais da Força Nacional de todo o Brasil enviada em dois aviões da Força Aérea Brasileira. A catástrofe deixou ao menos 26 mortos e centenas de milhares de hectares de florestas destruídas.

Designados para atender a região de Maule, a equipe brasileira trabalhou junto com a Corporação Florestal Nacional do Chile (Conaf) – órgão equivalente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – para proteger as florestas nativas do país. “O maior aprendizado é esse, de trabalhar com um outro povo como se fôssemos realmente seus irmãos. O respeito é a palavra de ordem numa operação como essa”, afirmou Kovalski.

Ele conta que o local onde atuaram é um terreno muito difícil, com regiões montanhosas. “Nós atuamos muito próximos de um vulcão”, contou Kovalski, que já tem experiência com operações de emergência internacionais. Em 2019, ele esteve em Moçambique após a passagem de um ciclone pelo país africano. Dois anos depois, participou de uma operação no Haiti depois do terremotos de 2021.

Além do Brasil, outros 11 países, entre eles Colômbia, Argentina e Espanha, enviaram bombeiros e brigadistas para ajudar no combate ao incêndio, um dos mais graves dos últimos anos. “A integração foi muito boa e trabalhamos todos esses dias fazendo a proteção de residências e dos parques de floresta nativa chilenos”, destacou o sargento.

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O soldado Geovane Lins Mota dos Santos destacou a importância de participar de uma operação como essa. “É um momento ímpar na minha vida profissional e pessoal em que acima de tudo buscamos proteger e ajudar as pessoas”, relatou. “É uma realização profissional sem igual, em que eu busco levar, sempre que posso, a bandeira do Paraná”.

Foram mais de 3 mil brigadistas e 3,6 mil bombeiros voluntários atuando na catástrofe ambiental, trabalho que resultou no fim dos pontos de calor registrados pelo satélite Firms. “Conseguimos ter sucesso em extinguir o incêndio, algo que foi extraordinário. Fizemos um levantamento de georreferenciamento de imagens de satélites do dia em que chegamos até 25 de fevereiro, e as imagens são claras. A gente realmente extinguiu o fogo, não haviam mais pontos de calor”, contou Kovalski, celebrando os resultados.

INTERCÂMBIO – Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros, a experiência de atuar em outros países ajuda a promover um intercâmbio entre as práticas de cada lugar. “Foi um aprendizado muito grande, principalmente no quesito interagências, como atuar em conjunto com uma outra instituição, a questão cultural. É preciso saber respeitar o jeito do outro, a técnica, ver o que eles fazem de bom e trazer para o Paraná, além de levarmos o que fazemos de bom por aqui”, afirmou.

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A Força Nacional é composta por bombeiros militares, policiais militares e civis de diversos estados e atua em ações de ajuda humanitária, situações de calamidade pública e emergências. O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná já participou de outras operações de combate a incêndios florestais em outros estados. Entre eles, a corporação atuou na região amazônica, no Pará, em 2019, no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, e na operação Guardião dos Biomas, em diversas regiões do País, em 2021.

INCÊNDIOS – Os incêndios florestais no Chile nesta época do ano são comuns, mas em 2023 se intensificaram mais do que o normal em ao menos quatro regiões do país: Maule, Ñuble, Biobío e Araucanía. “Sabemos que o mundo enfrenta as mudanças climáticas e obviamente o Chile enfrentou algo que faz parte disso”, disse o sargento.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS – Na segunda-feira (13), o governador em exercício Darci Piana participou da formalização do Consórcio Brasil Verde, iniciativa dos governos estaduais para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas e reduzir a emissão de carbono no País. O Paraná ficou responsável por coordenar os trabalhos referentes à Mata Atlântica, em que o Estado tem 99% do seu território inserido no bioma e com uma das maiores áreas remanescentes de floresta no País.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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