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Paraná firma novo acordo para uso de tecnologia sul-coreana na educação pública

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta quarta-feira (28) um termo de cooperação com a startup sul-coreana RIIID, que é uma referência em tecnologia educacional, para o uso de novas tecnologias na rede estadual de ensino do Paraná. O acordo é um desdobramento da missão internacional do Governo do Paraná à Ásia realizada em março deste ano.

Entre as ferramentas desenvolvidas pela startup, estão sistemas que utilizam Inteligência Artificial (IA), algoritmos para previsão e mapeamento do aprendizado dos estudantes, sistema de recomendação de conteúdos com base no perfil de cada aluno e de Processamento de Linguagem Natural (PLN).

Segundo Ratinho Junior, o intercâmbio de informações e experiências com outros países é uma forma de avançar ainda mais na educação pública. “Em nossa visita à Coreia do Sul, tivemos a oportunidade de conhecer novas tecnologias de ensino como as da startup RIIID, que é uma referência neste segmento e detém diversas patentes mundiais na área de tecnologia educacional”, afirmou.

“Nada substitui a relação entre professor e aluno, mas aqui no Paraná nós temos buscado novas ferramentas para auxiliar os docentes a modernizarem as suas aulas, tornado-as mais interativas e utilizando a tecnologia, que faz parte do nosso cotidiano, em benefício do aprendizado”, acrescentou o governador.

O protocolo prevê a comercialização e a representação exclusiva de sistemas, soluções, equipamentos e demais acessórios da RIIID e de seus parceiros comerciais, bem como o intercâmbio e a cooperação tecnológica entre as áreas técnicas da Celepar e da startup para o desenvolvimento de novos sistemas, soluções e equipamentos.

A partir de agora, a Celepar coordenará um trabalho conjunto com a empresa para a adaptação de ferramentas como a Inteligência Artificial (IA) às características da educação paranaense. A companhia será responsável, em conjunto com técnicos da Secretaria de Estado da Educação, por adequar os sistemas sul-coreanos às dinâmicas da rede estadual de ensino.

De acordo com o presidente da Celepar, Gustavo Garbosa, o compromisso da empresa é sempre trazer o que há de melhor em tecnologia para tornar os serviços públicos do Paraná mais eficientes. “No caso da RIIID, a ideia é criar um sistema de inovação para auxiliar os professores em seus métodos pedagógicos, ajudando os estudantes a aprenderem mais e melhor”, disse.

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“A equipe da Celepar vai atuar para que a IA coreana entenda como o processo pedagógico funciona no Paraná, que difere da realidade da Coreia do Sul, de forma a otimizar o seu funcionamento, aprimorando-a à nossa realidade”, complementou Garbosa, que informou ainda que a perspectiva é de que os primeiros projetos-pilotos possam começar a ser implementados em algumas unidades escolares a partir de agosto deste ano.

RIID – A empresa sul-coreana de Edtech RIIID foi fundada em 2014 com o objetivo de inovar o setor educacional, utilizando IA para tornar o aprendizado mais conveniente, apresentando tutores personalizados. A empresa acumula atualmente mais de 2,5 milhões de usuários no Japão e Coreia do Sul.

Sediada em Seul e com uma subsidiária nos Estados Unidos, a empresa ganhou destaque em 2016 quando lançou seu aplicativo Santa for TOEIC, voltada a estudantes que desejam prestar o teste de proficiência em inglês, e o Ednet, um conjunto de dados de mais de 131 milhões de interações de alunos.

MAIS TECNOLOGIA – As novas tecnologias da startup sul-coreana somam-se a outras frentes de trabalho do Governo do Paraná que busca modernizar os processos da educação estadual, considerada a melhor do País de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

A rede estadual também vem ao ano a ano ampliando o acesso a plataformas educacionais e modernizando o currículo, como a Robótica, que começou em 2022 como aula extracurricular em cerca de 250 colégios e, neste ano, entrou na matriz da educação integral nos anos finais do ensino fundamental e para parte dos estudantes da 2ª série do médio, chegando a quase 1,5 mil instituições.

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Outro exemplo é o Pensamento Computacional, iniciado na matriz do novo ensino médio ano passado e expandido para os 8º e 9º anos do fundamental com duas aulas semanais neste ano letivo. Recentemente, também foi implementado um sistema de reconhecimento facial na chamada para otimizar o tempo das aulas e dar mais segurança e controle na presença.

Além disso, novas plataformas foram disponibilizadas para dar apoio aos professores, aumentar o engajamento dos estudantes e dar opção para eles também aprenderem fora da sala de aula. É o caso do Leia Paraná, plataforma de livros digitais disponível desde fevereiro a todos os alunos com temas atuais, de interesse social e conteúdos inclusivos adequados às faixas etárias.

A matemática gamificada, inicialmente usadas apenas com estudantes do 6º ano – que acabam de ingressar na rede estadual – foi expandida para todas as séries. O modelo ganhou uma segunda plataforma, com ferramentas lúdicas para estimular a aprendizagem de uma disciplina que pode ser um desafio para muitos, por meio de jogos interativos e educacionais.

As modernizações vieram acompanhadas de investimentos em equipamentos, como a compra de dezenas de milhares de novos computadores, notebooks e kits robótica no início do ano e a aquisição de 50 mil novos tablets que começaram a ser entregues em junho.

PRESENÇAS – Também participaram da assinatura o vice-governador Darci Piana; o diretor-geral da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Christiano Puppi; o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco; e o diretor de Tecnologia e Inovação da Secretaria de Estado da Educação, Claudio Aparecido de Oliveira. Pela RIIID, estiveram presentes o diretor Comercial, Yukuy Ha; o analista Comercial Paul Kuper; o desenvolvedor Eunju Kim e o analista Yosep Lee.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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