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Paraná estuda tecnologias para melhorar qualidade de vida de idosos e pessoas com deficiência

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Um grupo de professores, pesquisadores e estudantes está mudando a vida de muitos paranaenses por meio da tecnologia, inovação, mobilidade e projetos na área de Tecnologias Assistivas, promovendo qualidade de vida e autonomia para pessoas com deficiência (PCDs) e pessoas idosas.

O conceito de Tecnologias Assistivas engloba todos os instrumentos, serviços e técnicas que auxiliam na acessibilidade de PCDs e da população idosa, de forma que possam viver de forma independente, garantindo assim a cidadania plena e a promoção da inclusão social.

Segundo o secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), Rogério Carboni, que teve a oportunidade de conhecer os trabalhos do grupo nesta semana, é indiscutível a diferença que faz na vida de uma pessoa uma prótese, e muitas vezes por tratamento de saúde a pessoa acaba tendo alguma parte do corpo mutilado e isso interfere diretamente na auto-estima e qualidade de vida. “Essas tecnologias promovem não apenas a inclusão, como a melhora da auto-estima dessas pessoas”, destacou.

Numa articulação iniciada em 2019, o grupo, que atualmente conta com nove professores líderes de pesquisa, além de mestrandos e doutorandos vinculados, passará a contar com o apoio permanente da Fundação Araucária dentro do Napi-TA (Novo Arranjo em Tecnologia e Inovação – Tecnologias Assistivas). Para os próximos quatro anos, estão previstos investimentos de R$ 4,9 milhões, entre insumos e bolsas de mestrado, doutorado e iniciação científica para as pesquisas.

Além da Fundação Araucária, participam do Napi-TA a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Universidade Estadual do Norte Pioneiro (UENP) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR). O projeto também conta com a colaboração de universidades internacionais, hospitais e organizações sociais.

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De acordo com Quelen Coden, umas das líderes de pesquisa e diretora de Desenvolvimento Social e Trabalho da Sejuf, a consolidação do Napi-TA permitirá a elaboração de políticas públicas mais assertivas para o atendimento ao público idoso e/ou PCD. “Estamos realizando reuniões interinstitucionais para definir objetivos e prioridades desde o 1º Workshop Internacional sobre Tecnologias Assistivas promovido pela Sejuf em novembro de 2019”, disse.

“Temos ótimos pesquisadores e muitas iniciativas isoladas nesta frente em nosso Estado. A forma de atuação dos Napis permite a otimização de ativos intelectuais e recursos. É um sistema de especialização inteligente”, acrescentou.

Segundo a professora Maria Lúcia Okumura, que também é líder de pesquisa pela PUC-PR, a interdisciplinaridade é fundamental para o sucesso do projeto. “Para atender essas demandas específicas precisamos de muitos profissionais de várias áreas como Saúde, Educação, Engenharia, Esporte e Música, assim como a participação ativa dos usuários”.

Dentro do Napi-TA, Maria Lúcia trabalha na área de acessibilidade para pessoas com deficiência visual no esporte e já registrou três patentes. Além disso, com o apoio de OSCs, foram desenvolvidas próteses por meio de impressoras 3D para pessoas com agenesia (ausência) de membros e atualmente atende 3 mil famílias, sendo a sede do laboratório de impressão 3D na cidade de São João do Ivaí, no Vale do Ivaí.

“O esforço conjunto entre a Sejuf e as universidades é muito importante pois trará contribuições significativas para a sociedade, proporcionando a inclusão, a sensibilização ao tema e a melhoria da vida por meio da universalidade”, afirmou.

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DUAS FRENTES – A Sejuf também atua em duas frentes em parceria com os líderes de pesquisa, com intercâmbio com pesquisadores internacionais, que impacta diretamente na construção dos dados, monitoramento e implementação de políticas públicas, a exemplo do conjunto de indicadores referente às pessoas com deficiência, serviços e acessibilidade no Estado, a partir do ambiente Paraná Acessível e dos ambientes inteligentes para pessoas idosas.

Confira algumas das outras linhas de pesquisas dentro do Napi-TA:

Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Tecnologias e Linguagens da UFPR:

– LINHA DE PESQUISA: Tecnologia Assistiva, Desenho Universal (DU) e Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) na perspectiva da Educação Inclusiva.

– LINHA DE PESQUISA: Pesquisa e desenvolvimento de materiais didáticos inclusivos, jogos didáticos acessíveis e tecnologias educacionais assistivas para o ensino de física/ciências.

Núcleo de Manufatura Aditiva e Ferramental da UTFPR:

– LINHA DE PESQUISA: Uso de tecnologias de baixo custo na produção de moldes para próteses faciais.

– LINHA DE PESQUISA: Uso da impressão 3D para desenvolver dispositivos de auxílio à vida diária.

Laboratório de Engenharia de Reabilitação e Programa de Pós-Graduação em Tecnologia em Saúde da PUC-PR:

– LINHA DE PESQUISA: Pesquisa e desenvolvimento em dispositivos, equipamentos, técnicas e tecnologias voltados ao diagnóstico, monitorização, terapêutica ou recuperação funcional de pessoas com deficiências sensoriais ou neuromotoras.

– LINHA DE PESQUISA: Informática em Saúde.

UENP:

– LINHA DE PESQUISA: O Impacto das Políticas Públicas para a Pessoa com Deficiência sob a Ótica da Análise Econômica do Direito.

Fonte: Governo do Paraná

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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