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Paraná discute diretrizes para a ciência, tecnologia e inovação em conferência em Brasília

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Uma comitiva do Governo do Paraná participa nesta semana da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI 2024), um evento que tem como objetivo discutir a elaboração de uma nova estratégia nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) para os próximos 10 anos. A conferência começou na terça-feira (30) e segue até quinta (1º), em Brasília, e tem como tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”.

Ao longo dos três dias de programação, acontecem 27 debates simultâneos e 24 sessões plenárias sobre os principais temas da conferência, com transmissão em tempo real pelo canal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no YouTube. Neste período, os interessados podem propor recomendações de políticas públicas em uma plataforma online.

O debate da nova estratégia nacional de CTI contempla quatro eixos temáticos discutidos em mais de 270 reuniões preparatórias em todo o Brasil entre dezembro de 2023 e maio deste ano. Os eixos são desenvolvimento social; programas e projetos estratégicos; reindustrialização em novas bases e apoio à inovação empresarial; e expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Os encontros preparatórios reuniram mais de 100 mil estudantes, professores, pesquisadores, empresários, representantes de movimentos sociais e agentes públicos de forma presencial e remota. Entre as prioridades das etapas, houve destaque para as ações voltadas ao desenvolvimento social. A síntese das propostas está disponível num e-book publicado pelo MCTI.

Em abril, o Governo do Estado, por meio das secretarias da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Inovação, Modernização e Transformação Digital (Sei), organizou, em Curitiba, as conferências estadual e regional Sul. Os dois eventos contaram com o apoio da Fundação Araucária e de instituições paranaenses de ensino superior públicas e privadas. A etapa regional também teve a parceria dos governos estaduais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Durante a Conferência Regional Sul, mais de mil pessoas da comunidade científica e do setor produtivo empresarial dos três estados elencaram 58 recomendações de curto, médio e longo prazo para a nova estratégia nacional de CTI. Os temas de destaque foram o desenvolvimento social, a educação, a pesquisa e a articulação de ações de ciência, tecnologia e inovação. A temática desenvolvimento social representou 56% dos debates da etapa regional Sul.

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FOMENTO – O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Bona, apresentou um dos painéis da conferência nacional sobre oportunidades para o setor e reforçou a importância de descentralizar o fomento à ciência e tecnologia no Brasil. “A descentralização do fomento à ciência e tecnologia é uma demanda comum entre os estados, inclusive com a necessidade de redistribuição dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico”, afirmou.

Segundo Bona, a conferência reforçou a confiança no caminho adotado pelo Paraná e proporcionou a oportunidade de conhecer as estratégias elaboradas em outras regiões do país. “Esse evento nos permite ampliar a rede de contatos, fortalecendo a perspectiva de cooperação com outros estados e o governo federal”, salientou.

“No Paraná, a sinergia entre o setor produtivo acadêmico e empresarial tem fornecido uma base sólida para a política estadual de ciência, tecnologia e inovação, permitindo que o estado avance de maneira estruturada e coerente”, concluiu o secretário.

Liderada por Bona, a comitiva do Governo do Estado na CNCTI 2024 conta também com o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, e os reitores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Marta Regina Favaro; da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto; e da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Fábio Hernandes. Também integram o grupo diretores, coordenadores e assessores da Seti e da Fundação Araucária e professores das instituições estaduais de ensino superior.

CASES – A professora Linnyer Beatrys Ruiz Aylon, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), participou de um painel que abordou as perspectivas para a indústria de semicondutores no Brasil. “Destacamos a importância de investir em talentos para o futuro e a formação de projetistas de hardware e software, além da formação continuada de professores e estudantes nas áreas de inteligência artificial, computação quântica, internet dos drones, internet das coisas, robótica, metaverso, jogos, prótese biônicas e outras áreas correlatas”, relatou.

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A docente atua como articuladora do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Manna Academy, uma iniciativa paranaense que busca inserir crianças e adolescentes no campo da ciência e tecnologia, principalmente alunos de escolas públicas e em situação de vulnerabilidade social. Com apoio do Estado, a ação envolve atividades de pesquisa, extensão e inovação em robótica, drones, inteligência artificial (IA) e internet das coisas (IoT).

O pesquisador Evaldo Ferreira Vilela, do programa Profissionais Top Managers em Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação, atuou como painelista numa mesa que debateu os avanços da ciência na área da agricultura. Coordenado pela Fundação Araucária, o programa Profissionais Top Managers envolve ações de pesquisa em parceria com os setores produtivos.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – Na cerimônia de abertura da CNCTI 2024, o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia entregou a proposta do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O documento apresenta diretrizes para a aplicação da IA no País para posicionar o Brasil de forma competitiva no cenário global nesse campo, e incentiva a cooperação internacional em pesquisas.

O intuito é integrar a Inteligência Artificial ao desenvolvimento socioeconômico e estabelecer um ambiente propício para a inovação tecnológica em áreas como saúde, agricultura, indústria, segurança pública e serviços públicos. O plano enfatiza a importância de desenvolver e aplicar IA de maneira ética, respeitando os direitos humanos e aspectos de transparência e segurança. Um dos focos é incentivar a inclusão de disciplinas relacionadas a IA em todos os níveis de ensino, promovendo a formação de profissionais qualificados.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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