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Orquestra Sinfônica levou shows gratuitos para Araucária nesta semana

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Nesta semana, o espetáculo musical saiu dos palcos do Centro Cultural Teatro Guaíra e foi até Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Por meio do programa Guaíra para Todos, a Orquestra Sinfônica do Paraná se apresentou gratuitamente no Teatro da Praça, conduzida pelo maestro Alexandre Brasolim. Foi um contato inédito para muitos da plateia.

“É muito gratificante poder levar a música principalmente a cidades que não têm orquestra. Eu me emociono ao fim do concerto com o agradecimento de pessoas, às vezes com mais de 60 anos de idade, que nunca tinham ouvido uma orquestra ao vivo. É isso que nos dá a certeza de continuar”, diz o maestro.

O concerto de Araucária foi o 12º e último deste ano pelo Guaíra para Todos. O repertório passeou pelos clássicos ao cinema e chegou até a música popular brasileira em duas apresentações, uma para as crianças e outra para o público geral.

Na quarta-feira (09), o concerto didático contou com muita animação dos alunos de 5 a 7 anos, das escolas municipais convidadas, a CMEI Costeira e a Escola Municipal Sebastião Tavares da Silva. O repertório foi conduzido pelos temas da infância e cinema: “E. T. O Extraterrestre”;, “Harry Potter”, “Star Wars” e “Medley Super Heróis”. 

“Levamos um repertório mais acessível, com músicas mais curtas, trilhas de desenhos animados, filmes e games. É muito legal ver a carinha das crianças ao ouvir a trilha de um jogo que conhecem sendo tocada pela orquestra”, afirma o maestro. 

Para a violinista Juliane Weingartner, há 23 anos na Orquestra, os concertos didáticos são uma oportunidade de expandir a cultura para uma faixa etária ávida por novos conhecimentos. “Com as explicações do maestro sobre as famílias dos instrumentos, das cordas, por exemplo, fica mais fácil de compreender a música e as crianças podem apreciar o concerto”, destaca. 

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Maria Lucimara dos Santos, do Departamento de Articulação Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Araucária, conta que os 150 alunos das duas escolas convidadas foram motivados a entender mais sobre os instrumentos musicais. “Uma das professoras trabalhou o alfabeto com as crianças e elas já estavam se perguntando se tinha a harpa, porque começava com H”, complementa.

“Foi a primeira experiência das crianças do infantil no teatro”, destaca a professora do CMEI Costeira, Roseli dos Santos. “Ficaram muito curiosas com os instrumentos, queriam saber os nomes de todos, e encantadas com as músicas”.

“Os olhinhos brilharam durante todo o espetáculo e depois, em sala, muitas falaram que houve muito aprendizado”, reforça a professora Daniele Schenigoski. 

Diretora da Escola Sebastião Tavares da Silva, Ozenides dos Santos cita algumas expressões dos pequenos do primeiro e segundos anos após o concerto. “Um deles disse que sentiu os instrumentos no corpo, outra que gostaria de tocar instrumentos; e muitos disseram que querem ir de novo”, arremata.

VIAGEM PELA MÚSICA – Na quinta-feira (10), a música passeou pelo tempo com a “Sinfonia nº 5 (Primeiro movimento)”, de Ludwig van Beethoven, “Dança Húngara nº 5”, de Johannes Brahms, “Abertura Guilherme Tell”, de Gioachino Rossini;, o jazz de “O Relógio Sincopado”, de Leroy Anderson, e as músicas de “O Poderoso Chefão”, “Game of Thrones”, “Walking Dead” e “Romantic Flight”.

E não foi só: a música brasileira de Villa-Lobos – “O Trenzinho do Caipira”, Francis Hime – “Passaredo”, Pixinguinha e João de Barro – “Carinhoso”, e Ary Barroso – “Aquarela do Brasil”, também apareceram na cidade da RMC.

Evanilde Mazur Sechta, diretora da Escola Municipal Archelau de Almeida Torres, assistiu ao concerto didático para o público geral. “A sinfonia vai direto ao coração, é uma terapia para ouvidos e alma”, define. Ela acrescenta que na escola onde trabalha acontece o Projeto Cordas do Iguaçu, que recebeu recursos via Lei de Incentivos Fiscais do (BRDE). “Nossos estudantes estão tendo a oportunidade de aprender a tocar instrumentos, é maravilhoso”.

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“Eu e minha mãe assistimos uma orquestra ao vivo pela primeira vez. Fiz questão de levá-la porque sei que ela não teria acesso se não fosse por apresentações como essa”, destaca Cristiani Moreira, que amou a experiência. 

“O som é imponente e ao mesmo tempo suave e delicado. São instrumentos que não são do nosso cotidiano. É impossível não ficar admirando os músicos, observando o posicionamento das mãos e do corpo, conforme vai mudando a melodia. O maestro deu uma verdadeira aula contando a história da música entre uma apresentação e outra”, acrescenta.

Elineia Souza levou o filho de 9 anos, com transtorno do espectro autista, e a expectativa pelas músicas de filmes era enorme. “Meu filho sempre assiste vídeos de orquestra e amou, dava para ver o brilho de felicidade nos olhos dele. Simplesmente perfeito. Sempre que tiver a oportunidade de prestigiar, estaremos presentes”, afirma.

TEATRO DA PRAÇA – Localizado na Praça do Seminário, no Centro de Araucária, o prédio do teatro chama a atenção por ser todo em madeira, com área de quase 500 metros quadrados e capacidade para 200 pessoas. O Teatro da Praça fica na Rua São Vicente de Paulo, nº 1091, Centro.

NOVAS APRESENTAÇÕES – A programação de concertos da Orquestra continua no Teatro Guaíra até dezembro, incluindo músicos e maestros convidados, apresentações com o Balé Teatro Guaíra e os demais corpos artísticos. A programação completa dos concertos fica disponível na página do teatro.

Fonte: Governo PR

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Genomas Paraná já sequenciou 1,2 mil amostras da população de Guarapuava

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O projeto Genomas Paraná, financiado pelo Governo do Estado, apresentou nesta sexta-feira (11) os resultados preliminares do sequenciamento genético realizado em Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná. De novembro de 2024 até o momento, foram sequenciadas 1.242 amostras biológicas de um total de 3.105 fornecidas por moradores da cidade e também de residentes nos distritos de Palmeirinha, Entre Rios e Guairacá.

O estudo recebeu financiamento superior a R$ 6 milhões, entre recursos do Fundo Paraná, dotação orçamentária administrada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e da Fundação Araucária. O projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e o Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava (Ipec).

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, ressaltou que o Paraná tem investido financeiramente para contribuir de forma efetiva na melhoria da saúde pública. “A medicina de precisão é uma área em que buscamos a prevenção e também a resolução de doenças. O programa Genoma Paraná é de extrema importância para que possamos, futuramente, criar soluções para diagnósticos e tratamentos para a população, que é rica em diversidade étnico regional”, disse.

“Esse é um projeto de longo prazo. Estamos celebrando mil genomas sequenciados de um universo de quase quatro mil amostras coletadas. Esses dados com informações reais que vão influenciar a saúde pública não são para agora, pois isso ainda vai demorar de dois a três anos. O que temos certeza, porém, é que o que estamos construindo é inédito”, explicou David Livingstone Figueiredo, professor da Unicentro e coordenador do projeto.

O Genomas Paraná busca identificar marcadores genéticos associados a doenças prevalentes na população, abrindo caminho para a medicina de precisão. Com os dados recolhidos, será possível desenvolver tratamentos personalizados, reduzir diagnósticos tardios e implementar estratégias preventivas eficazes para os cidadãos.

“É um caminho sem volta. Hoje tratamos as pessoas como um todo e nós sabemos que o tumor de tireoide em um paciente X é diferente do tumor do paciente Y, porque são pessoas diferentes, com biologia diferente, com genética diferente. A ideia dos genomas é nos dar subsídio para a medicina de precisão, tratando o paciente na sua individualidade”, complementou Figueiredo. “Mas não só tratar. Vai nos permitir um diagnóstico mais preciso e assertivo, trazendo estratégias para medicina pública.”

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O projeto, que posiciona o Paraná na vanguarda da pesquisa genética aplicada à saúde, utiliza duas estratégias de amostragem: aleatória, ainda em andamento, realizada com pessoas com mais de 18 anos; e voluntária, já encerrada, destinada para diferentes gêneros, faixas etárias e também por idosos com mais de 80 anos, estes últimos indicados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

No caso da amostragem aleatória, endereços residenciais de Guarapuava são sorteados para participarem do projeto. Ao chegar ao endereço, o pesquisador da empresa contratada explica o que é o programa e convida os moradores maiores de 18 anos e que morem há mais de seis meses na cidade a participarem. Dentre os residentes, mais um sorteio é realizado, uma vez que apenas um morador de cada domicílio pode participar do programa.

Para as amostras por conveniência, já encerradas, a seleção dos voluntários aconteceu por meio de um cadastro de interesse e, depois de selecionados, por ordem de inscrição, de acordo com a faixa etária e sexo, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como os candidatos sorteados, os voluntários responderam a um questionário epidemiológico.

Com relação à população idosa, foram escolhidas pessoas com mais de 80 anos, que apresentavam aptidão cognitiva (avaliado por Mini Mental e Pfeffer) e que residiam há mais de seis meses em Guarapuava.

Além de responderem a um questionário epidemiológico com mais de 300 perguntas, os participantes do projeto doam amostras de sangue, saliva e fezes, uma vez que há cada vez mais doenças associadas à microbiota do intestino. Essas amostras são enviadas ao Ipec, onde são extraídas moléculas como DNA e RNA e realizadas análises genéticas utilizando equipamentos de última geração, como sequenciadores com capacidade de processar 96 amostras simultaneamente.

O reitor da Unicentro, Fabio Hernandes, destacou a importância da instituição abrigar um projeto que poderá mudar os rumos da medicina pública no País. “É uma iniciativa encabeçada por pesquisadores da universidade e que auxiliará muito na saúde da nossa população. É um projeto inovador que a Unicentro, por meio de seus pesquisadores, está liderando”, salientou. “Só temos a agradecer e incentivar esses docentes, pois sabemos que este projeto trará muitos benefícios à saúde dos brasileiros.”

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PRÓXIMOS PASSOS – A coleta de amostras biológicas continua, com o objetivo de alcançar quatro mil até o fim deste ano. A expectativa, porém, é coletar mais 4 mil, somando 8 mil coletas em um trabalho que deverá ocorrer pelos próximos anos. Além disso, também será realizada a integração dos resultados com a rede estadual de saúde.

Entender o perfil genético do paranaense ajudará a avançar em diagnósticos precoces e até mesmo aperfeiçoar tratamento de doenças, como diabetes, obesidade, câncer, doenças neurológicas, cardiovasculares, autoimunes, hematológicas, endócrino-metabólicas e raras. No futuro, os profissionais de saúde terão acesso a informações cruciais sobre a predisposição genética de cada paciente a certas doenças, permitindo um diagnóstico mais rápido e preciso, e o planejamento de tratamento mais eficiente e personalizado.

Como parte dessa estratégia e em parceria com o governo federal, foi inaugurado nesta sexta-feira o Centro Âncora do Projeto Genomas SUS, também em Guarapuava, no âmbito do Programa Nacional de Genômica e Saúde de Precisão (Genomas Brasil), do Ministério da Saúde. O local será responsável pela coleta de amostras, sequenciamento genético e análise de dados genéticos. Com oito centros em diferentes regiões do País, o Genomas SUS pretende formar um banco nacional de dados genômicos e clínicos dos brasileiros.

“Este núcleo do Genoma SUS é uma conquista importante para o Paraná, que passará a ter dois, algo que somente nós e São Paulo possuem. Essa conquista se deu, sobretudo, por conta do programa Genomas Paraná e do investimento do Governo do Estado no complexo do Vale do Genoma”, afirmou o secretário Aldo Bona. “É uma conquista importante que coloca o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná como um braço executor de um programa nacional de grande relevância”.

Integram o Genoma SUS oito centros de pesquisa em seis estados, sendo dois deles no Paraná: em Guarapuava, com atividades desenvolvidas na Unicentro, em parceria com o Ipec, e em Curitiba, no Instituto Carlos Chagas (ICC), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Fonte: Governo PR

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