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Novos arranjos de pesquisa do Paraná estão promovendo construção coletiva da ciência

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A Semana Geral dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs), promovida pela Fundação Araucária em parceria com a Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, reuniu os trabalhos e resultados dos mais de 30 NAPIs em andamento no Estado. Eles reúnem pesquisadores, autoridades e sociedade civil. As apresentações foram divididas em alguns temas: Transformação Digital, Desenvolvimento Sustentável, Agricultura e Negócios, Biotecnologia e Saúde, Energias Renováveis, Cidades Inteligentes e Sociedade, Educação e Economia.

Os NAPIs são direcionados para atender demandas setoriais, regionais e estaduais, de forma integrada, para melhorar o aproveitamento de ativos já existentes. A ênfase do trabalho está na melhor mobilização e integração entre território, empresas líderes, terceiro setor e fatores-chave de desenvolvimento das regiões do Estado. “A prioridade é a produção de conhecimento de forma colaborativa pelos pesquisadores paranaenses. É desenvolvimento regional por meio da ciência, tecnologia e inovação”, ressaltou Luiz Márcio Spinosa, diretor da Fundação Araucária.

Foram expostas, por exemplo, as iniciativas dos NAPIs Solar, Zero Carbono, Biogás, HCR, Nanotecnologia, BioD – Restore, BioD – Recursos Genéticos, BioD – Serviços Ecossistêmicos, Bioinformática e Computação de Alto Desempenho.

“Um dos grandes desafios que enfrentamos hoje é reunir os dados e informações dos organismos de uma maneira que possam ser utilizados mais efetivamente. O NAPI Bioinformática é extremamente importante nesse processo, pois trabalha em rede e engloba diversos profissionais nas mais variadas áreas que contribuem com que essas informações sejam tratadas da melhor forma possível”, disse o professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e articulador do NAPI Bioinformática, Roberto Artoni.

O NAPI Bioinformática foi lançado em 2021 e promove a busca de soluções tecnológicas via data science e IA em Agro, Life Science e Health, principalmente no Paraná.

Já o NAPI Biogás tenta fazer do Paraná, o maior produtor brasileiro de proteína animal, cujas exportações alcançam 190 países, também uma referência em “pré-sal caipira”. O Paraná já conta com programas estaduais que estimulam essa prática, seja com financiamentos via Banco do Agricultor ou chamadas públicas da Compagas e Copel. O Estado tem inclusive uma cidade (Entre Rios do Oeste) cuja rede de iluminação nos prédios públicos é fruto de uma iniciativa com biogás.

“Os dejetos animais e resíduos agroindustriais podem ser aproveitados para a geração de biogás e biometano. Portanto, o nosso grande objetivo é identificar tudo que tivermos de pesquisa básica e aplicada que envolva esses temas para serem transformadas em iniciativas benéficas concretas”, informou o coordenador de energias renováveis do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PAraná) e integrante do NAPI Biogás, Herlon Almeida.

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Os NAPIs Educação para a Ciência, Fenômenos Extremos do Universo, Educação do Futuro e Startup Life também foram tema de discussão.

“Desenvolver estudos e pesquisas sobre inovações nos sistemas de educação pública pós-pandemia, a fim de contribuir com políticas que favoreçam o desenvolvimento da educação, é o grande objetivo do NAPI Educação do Futuro. Para isso, uma das ações é identificar os níveis de proficiência digital de 45.000 professores da Educação Básica pública e 5.000 do Ensino Superior, a fim de agilizar o processo de transformação digital”, destacou a professora da Unicentro e articuladora do NAPI, Maria Aparecida Crissi Knuppel.

Já o NAPI Fenômenos Extremos do Universo mapeia o Paraná do futuro. O grupo tem o objetivo de ampliar e consolidar a presença brasileira nas áreas de Astronomia, Cosmologia e Gravitação. “O foco é consolidar a presença brasileira no mundo, mas mais especificamente a paranaense. Com esse entendimento podemos ajudar no desenvolvimento da indústria local, da pesquisa, da internacionalização de projetos acadêmicos e até de recursos humanos”, disse a professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e articuladora do NAPI, Rita de Cássia dos Anjos.

O Educação para Ciência, que integra um pouco de cada área, tem como temática principal aproximar a ciência da sociedade, em espelho das discussões envolvidas no processo de vacinação contra a Covid-9 e retomada da normalidade. “A sociedade precisa participar e fazer parte da produção do conhecimento para usufruir dos benefícios da ciência. Para que isso aconteça, o trabalho deste NAPI promove a alfabetização e letramento científico”, complementou a professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e articuladora da rede, Débora de Mello Sant’Ana.

O NAPI Startup Life tem como prioridades apoiar de forma sistêmica e integrada o ciclo de vida de startups no Paraná e estimular a criação de empreendimentos inovadores a partir da geração de novas ideias. 

SAÚDE E CIDADES INTELIGENTES – Entre as apresentações do tema Biotecnologia e Saúde esteve a do articulador do NAPI Saúde Vacina Covid-19, Emanuel Maltempi de Souza, da UFPR. O grupo trabalha no desenvolvimento de uma vacina contra o Covid-19 baseada em nanopartículas e proteína do vírus. “Essa proposta é inédita. Vamos testar o material em animais e também determinar neutralizantes dos anticorpos e imunidade celular. Nós também temos a ambição de fazer uma preparação nasal, inicialmente com estas nanopartículas. E nosso objetivo mais ambicioso é fazer um ensaio de proteção vacinal em modelo animal”, explicou o pesquisador.

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Ainda em fase inicial de desenvolvimento, o NAPI Neurociências também tem metas ambiciosas. “Queremos identificar potenciais parceiros de pesquisa, mas também no setor produtivo, para aprofundar o olhar para as neurociências. Compreender o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso envolve compreender mecanismos de função e de disfunção, prevenir doenças degenerativas e trazer bem-estar para o Paraná”, destacou a professora Débora Santana, que agrega esse NAPI ao NAPI Educação para Ciência. 

O tema Cidades Inteligentes reuniu articuladores e pesquisadores dos NAPIs regionais e outras temáticas vinculadas ao segmento. O professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Douglas André Roesler, apresentou o Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) e ressaltou que a região tem muitos ativos em diversas áreas que vão contribuir para gerar mais qualidade de vida.

“O POD é resultado da organização de 60 instituições, empresas e terceiro setor, além de lideranças da região, buscando pensar estrategicamente. É uma região forte na produção de alimentos mas ainda precisamos organizar estes ativos com um objetivo comum para a transformação definitiva do Oeste do Paraná. Mostramos a importância da governança e da profissionalização desta governança. Temos universidades e pesquisadores identificando os principais problemas e apresentando inovações”, comentou.

Já o NAPI Litoral busca desenvolver projetos e pesquisas em temáticas que envolvam Economia do Mar, Tecnologias Associadas ao Pescado, Turismo Sustentável e Logística Integrada. Entre os principais resultados esperados estão uma lista das espécies com potencial para cultivo e pacotes tecnológicos de cultivo de moluscos. Também estão previstas a elaboração de passeios e vivências, a produção de receitas com novos pratos gastronômicos, e biogestores para diminuição de resíduos da pesca. 

PACOTE COMPLETO – Todas as apresentações estão disponíveis no canal da Fundação Araucária no YouTube. Mais informações sobre outras apresentações estão no site oficial da entidade.

Fonte: Governo do Paraná

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PARANÁ

Famílias recebem doações do Natal Solidário Portos do Paraná

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O Ecoteatro Very Good, localizado em Paranaguá, no Litoral, ficou lotado, neste domingo (22), de famílias animadas com a entrega de brinquedos do Natal Solidário Portos do Paraná. Foram 1,2 mil brinquedos novos doados pela comunidade portuária e entregues para os filhos de recicladores e demais crianças em vulnerabilidade social durante a 24º Edição de Natal do grupo Very Good.

“A gente está vendo na carinha das crianças, das famílias, que está todo mundo se divertindo, tendo um momento de alegria. O espírito de Natal está presente em todo mundo, nos colaboradores, nos doadores, no pessoal que tá aqui aproveitando, tudo isto é muito especial”, disse a coordenadora de Assistência Médica e Social da Portos do Paraná, Monica Denardi.

Também foram distribuídas 300 cestas básicas, arrecadadas com os ingressos da Corrida do Porto e adquiridas em parceria com os supermercados Bavaresco. Outros 150 presentes foram destinados a uma ação em Antonina, e 50 para a instituição 5C.

A dona de casa Alessandra dos Santos Lara foi a primeira a entrar no evento e garantiu os brinquedos para os três filhos. “A gente soube com mais de um mês de antecedência. E, pra fazer a alegria das crianças, a gente veio cedo”.

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A vendedora Cláudia Kaminski trouxe a filha Heloísa para comemorar o tratamento da saúde dela. “Ano passado a Heloísa passou por um transplante de medula óssea e ocorreu tudo bem. Agora, em agosto, fez um ano de transplante e ela está se recuperando. A festa de hoje é especial, muito importante pra gente”, comentou Cláudia.

Também foram entregues 1,5 mil cachorros-quentes para a comunidade, além de pipoca, picolé e algodão-doce. O público acompanhou os shows musicais e as crianças se divertiram na cama elástica e demais brinquedos instalados no espaço. Um bazar de roupas estava disponível para os participantes.

Dezenas de voluntários deram suporte para a festa acontecer como foi o caso do agente portuário Adrian Lamek, que auxiliou na entrega dos lanches. “É bem interessante ver que esta ação reflete muito o que a nossa empresa preza durante o ano. É um momento significativo, principalmente por ser Natal. É gratificante”, disse Lamek.

Outro voluntário foi a técnica portuária Karen Rodrigues, que há um ano participa de ações sociais com o grupo Very Good. ‘Tenho um sentimento genuíno de querer ajudar, porque são famílias de recicladores e a gente sabe das dificuldades que eles passam o ano inteiro”.

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A campanha teve início em novembro deste ano e mobilizou trabalhadores portuários e empresas parceiras de Paranaguá. O objetivo foi transformar o Natal dos filhos de recicladores e de outras famílias atendidas pelo Very Good, que mantêm uma longa parceria com a Portos do Paraná.

As ações promovidas pelo grupo são coordenadas pelo assistente administrativo Ricardo Godoy dos Santos. Quando não está trabalhando, ele se transforma em “Reciclildo”, um robô feito de resíduos recicláveis, personagem central de peças teatrais que transmitem mensagens educacionais sobre a importância de cuidar do meio ambiente.

‘Não tem como não se emocionar com a ação deste domingo, vendo muitas pessoas felizes, sorrindo, na esperança de levar uma cesta básica ou um brinquedo para as suas crianças, pois muitas vezes os pais não têm condição de comprar. A ajuda da Portos do Paraná, cumprindo o seu papel de responsabilidade social com todo o amor e carinho, resultou neste trabalho lindo”, afirmou Godoy.

Fonte: Governo PR

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