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No Mês da Mulher, conheça a história de duas engenheiras fiscais do Paranacidade

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Responsável por apoiar financeiramente os projetos demandados e apresentados pelos prefeitos dos 399 municípios do Paraná, o Serviço Social Autônomo Paranacidade, que trabalha em consonância com as ações da Secretaria das Cidades, tem 110 servidores, somando Capital e Interior, e 50 são mulheres, incluindo a superintendente-executiva, Camila Scucato Mileke.

Conquistar esse espaço não foi fácil. A área é predominantemente masculina, assim como os prefeitos que são recepcionados para solicitar pavimentações, parques, praças, escolas, unidades de saúde, veículos, barracões industriais, centros de convivência e piscinas públicas, mas o Paranacidade chega a 2023 perto da paridade de cargos e com protagonistas em várias áreas.

Além de Camila, a Controladoria Geral do Paranacidade é comandada por Thaís Fernanda Ortega Santos e a Coordenadoria de Projetos está sob a alçada de Virgínia Nalini.

No pó e no barro, sob chuva e sol, são 11 engenheiras civis. Elas são responsáveis por medir e fiscalizar as obras. Essas profissionais dominam a área das exatas e entendem de números como poucas pessoas. Para exemplificar esse trabalho, no Mês da Mulher, a Agência Estadual de Notícias apresenta os trabalhos de Nágila Terezinha Freiria, de Ponta Grossa, e Luciana Ramos Dobis, de Curitiba.

Nágila é engenheira civil, formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1995. Também tem Mestrado em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental e o próximo passo é o Doutorado em Planejamento Urbano.

Ela começou a carreira como estagiária na área de engenharia civil da Prefeitura de Curitiba. Em 2004, fez o primeiro contato com o Paranacidade ao trabalhar na Associação dos Municípios dos Campos Gerais, em Ponta Grossa, que representa os interesses de 19 cidades.

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No ano seguinte foi aprovada em um concurso público, começou a trabalhar na unidade do Paranacidade em Guarapuava e em pouco tempo voltou para Ponta Grossa, onde está até hoje.

A engenheira conta que essa vocação para a área de exatas a acompanha desde os 10 anos de idade. O pai, ao ver a paixão da filha, pedia que ela fiscalizasse as obras que eram feitas na casa da própria família. O tempo passou e a profissão se manteve.

Na faculdade, segundo ela, eram poucas mulheres na sala e o machismo imperava. “Enfrentamos muitas dificuldades com os colegas, mas nas obras era bem diferente. Nós éramos respeitadas e até admiradas pela ousadia e coragem de trabalhar em um reduto, até então, dominado por homens”, destaca.

Ela se considera uma profissional vitoriosa. “Eu me sinto honrada por trabalhar no Paranacidade, onde todos os servidores, em todos os níveis, buscam a excelência em todas as atividades, com grande compromisso público”, destaca.

Na Capital de Paraná atua a engenheira civil Luciana Ramos Dobis, formada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em 1999. Versátil, ela diz que, na infância e adolescência, era encantada não só com números, mas também com a estética e a transformação que a arte, aliada à técnica, proporciona na sociedade.

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Quando Luciana frequentou Engenharia, a partir de 1995, já havia mais equilíbrio de gênero na sala de aula, mas ainda longe da paridade. Ela se formou no começo dos anos 2000 e voltou para Siqueira Campos, no Norte Pioneiro, a sua cidade natal. Lá, montou um escritório de engenharia, e por ser muito jovem e mulher, demorou a conseguir clientes.

“Descobri, na própria carne, o exercício de um Brasil machista. Eu era uma precursora e precisava aprender a lidar com isso, a me impor, ganhar respeito e confiança profissional”, afirma.

Em 2003, a engenheira se mudou para Curitiba, onde reencontrou um jovem vizinho de Ponta Grossa com quem se casou e teve dois filhos, um garoto, hoje, com 13 anos, e um menina, com 10 anos. Ambos só pensam em conhecer tudo sobre Informática, mostrando talento para as exatas, assim como a mãe.

Trabalhando no Paranacidade desde o início do século, Luciana fez centenas de medições em obras e ainda sente prazer em ver a transformação do antes e do depois. Nesses locais, algumas vezes, alguém ainda a chama de “menina”. “Eu fecho a cara e me torno mais exigente ainda. Tem de ser assim mesmo”, assegura. “O que importa é a seriedade, a competência e saber se impor”.

Só em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, Luciana tem a responsabilidade de supervisionar oito obras, que já estão nos acabamentos. O próximo passo? “Vou fazer especialização e doutorado. Vou me aprimorar ainda mais em minha profissão”.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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