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MUPA promove roda de conversa “As Preta Véia”, dentro do Julho das Pretas

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O Museu Paranaense (MUPA) recebe nesta terça-feira (25), às 19h30, a roda de conversa intitulada “As Preta Véia”. O evento foi idealizado pela Movimenta Feminista Negra e contará com a mediação de Isabel Oliveira e terá a presença das convidadas Angélica Pereira da Silva, Clemildes Ferreira Bahr, Giorgia Prates e Leonir Lucinda dos Santos, que irão debater a partir das experiências de vida e da ancestralidade negra.

Haverá uma homenagem com entrega de certificados para as artistas e produtoras que construíram o Julho das Pretas no MUPA em 2022 e 2023. Vale lembrar que a programação é gratuita e aberta a todos os públicos. Não há necessidade de inscrição prévia para participar.

A roda de conversa “As Preta Véia” marca o dia 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, e também Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Este é o segundo ano consecutivo de atividades do Julho das Pretas no MUPA, e 11ª edição do movimento, que neste ano tem como tema norteador “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”.

O Julho das Pretas é mobilizado pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Rede de Mulheres Negras do Nordeste e Rede Fulanasm, Negras da Amazônia Brasileira e no Paraná, a Movimenta Feminista Negra.

CONVIDADAS:

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Angélica Pereira da Silva, 65 anos, nasceu em São João do Caiuá, região Noroeste do Paraná. Colheu café, algodão e aos 18 anos foi mãe. Tornou-se a matriarca da família e em 1977 saiu do Interior, vindo para Curitiba. Na Capital, desenvolveu muitas estratégias para enfrentar o racismo. Criou a filha, cuidou de sua mãe idosa. Trabalhou durante a vida toda como cozinheira e empregada doméstica. Foi presidente da associação de moradores, grupo de mulheres. Seu hobby envolve suas plantas. Tem conhecimento em ervas medicinais.

Clemildes Ferreira Bahr, 85 anos, é costureira, compositora, defensora da cultura paranaense. Considerada a baronesa cultural de uma das manifestações mais populares do Estado, o fandango, irmã do sambista Palminor Rodrigues Ferreira, o Lápis. De uma família de músicos e tia do músico Alexandre Carlos, o “Grafite”, participou de corais, gravou e compôs canções.

Isabel Oliveira é atriz negra, arte-educadora, mãe, pesquisadora, professora das séries iniciais e contadora de histórias. Paulistana, reside em Curitiba há 14 anos, onde tem sido atuante na luta contra o racismo, a perseguição às pessoas negras e a invisibilidade da população negra nos espaços da cena. Mestre em Arte pela Universidade do Estado do Paraná (Unespar), desde 2018 vem investigando o universo dos teatros negros em Curitiba. Criadora da Coletiva Preta de Teatro Èmí Wá, é uma das codiretoras nas obras em audiovisual de “Parteiras de Interior” – 2022.

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Giorgia Prates é vereadora de Curitiba desde fevereiro de 2023, sendo a primeira mulher negra lésbica a ocupar uma cadeira na Câmara de Vereadores de Curitiba. Atua como presidente da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania, Segurança Pública e Minorias. É também a primeira procuradora-adjunta da Mulher. Giorgia integra as comissões de Economia, Finanças e Fiscalização; Urbanismo, Obras Públicas e TI; Especial da Visibilidade Negra; e é suplente no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Leonir Lucinda dos Santos tem 89 anos e nasceu em Curitiba. Teve 4 filhos, tem 12 netos, 17 bisnetos e 9 tataranetos. É carnavalesca e foi Rainha do Rancho das Flores, Rainha da regional Pinheirinho e CIC, Rainha dos conjuntos habitacionais. Pertence à escola de samba Embaixadores da Alegria e à ordem Franciscana. É da Pastoral da Aids, conselheira de saúde, além de integrar três grupos de terceira idade.

Serviço:

Roda de conversa “As Preta Véia” – Julho das Pretas no MUPA

Data: terça-feira (25 de julho), às 19h30

Local: Museu Paranaense: Rua Kellers, 289, São Francisco – Curitiba

Horário: 19h30

Entrada gratuita, sem necessidade de inscrição prévia

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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