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MUPA abrirá mostra resultante de curadoria compartilhada com bolsistas indígenas

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O Museu Paranaense (MUPA) inaugura no próximo dia 28 de fevereiro a exposição “Mejtere: histórias recontadas”. A mostra reverbera uma pluralidade de vozes indígenas, que refletem novas perspectivas sobre as coleções etnográficas do museu a partir do encontro do grupo de bolsistas indígenas com o acervo do MUPA.

A exposição é resultado de um projeto iniciado em 2019 de curadoria compartilhada entre a instituição e indígenas, prevendo a atuação direta de representantes dos povos originários na elaboração de uma nova mostra.

Em 2022, o projeto se coloca em movimento com a seleção de três bolsistas indígenas selecionados por edital, entre 60 inscritos: Robson Delgado (Baré), Ivanizia Ruiz (Tikuna) e Camila dos Santos (Kanhgág). O grupo foi acompanhado pelo olhar apurado e experiente da curadora, artista e educadora Naine Terena, referência no cenário atual brasileiro, juntamente com a equipe do MUPA.

A palavra que dá nome à mostra, Mejtere, é da língua Mebêngôkre-Kayapó, e pode ser traduzida como belo, encantador, bom, perfeito. Remete a algo singular e único, mas que não se restringe a valores estéticos. É igualmente um conceito moral e ético, porque para esse povo, belo e bom são valores indissociáveis. A proposta da curadoria é despertar o pensamento crítico e desconstruir imaginários e estigmas coloniais tão enraizados na história e na cultura dita brasileira.

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ESTRUTURA – O percurso da mostra se dá por meio de cinco núcleos, que estão ligados entre si – “Todas as coisas são pequenas”, “Fiandeiras guardiãs: carregando histórias”, “Tessituras da terra”, “Coração na aldeia, pés no mundo” e “Resistências: nada para nós sem nós”.

Os núcleos estabelecem diálogos da curadoria com autores indígenas, como Daniel Munduruku, Graça Graúna, Auritha Tabajara, Owerá, Brô Mc’s, OZ Guarani. Vídeos, fotografias, obras de arte, artefatos e textos presentes na exposição demarcam a linguagem, modos de vida, riqueza étnica e artes de alguns povos indígenas, apresentando diferentes formas de conduzir ritos cosmológicos e as relações com os não indígenas.

De maneira geral, os conteúdos expostos já estavam presentes no acervo do Museu Paranaense e foram selecionados pela equipe curatorial. Outros itens fazem parte de um conjunto de novas aquisições da instituição.

“A abertura dessa mostra não representa o fim de uma caminhada de meses de encontros, escolhas e pesquisas. Pelo contrário, ela precisa apontar para um futuro com colaborações contínuas entre o Museu Paranaense e diferentes sujeitos indígenas”, afirma Josiéli Spenassatto, antropóloga do MUPA e curadora adjunta da exposição.

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Serviço:

Abertura da exposição “Mejtere: histórias recontadas”

Data: terça-feira, 28 de fevereiro, às 19h

Museu Paranaense – Rua Kellers, 289 – São Francisco – Curitiba

Entrada gratuita

Fonte: Governo do Paraná

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PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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