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Mesmo com pandemia, Paraná realizou 1,5 milhão de cirurgias eletivas em quase quatro anos

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Historicamente as cirurgias eletivas são um gargalo dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Os procedimentos caracterizados como não urgentes são inseridos na rotina das unidades hospitalares de maneira permanente, além da demanda diária destes serviços, que inclui desde o atendimento básico até a urgência e emergência com os atendimentos de traumas.

Desde 2020, com a chegada da pandemia, a demanda por cirurgias eletivas aumentou consideravelmente em todo o país, principalmente devido à paralisação temporária destes procedimentos para contingenciamento de medicamentos de intubação e leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

No Paraná, a primeira suspensão aconteceu em julho de 2020, conforme formalizado pela Resolução da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nº 926/2020. Depois desta, pelo menos mais 11 resoluções foram editadas para dispor sobre ações relacionadas ao tema.

Em julho de 2021, a Sesa emitiu o último documento que restringia as cirurgias eletivas. Desde então, com a diminuição dos índices de infecção da Covid-19 e dos internamentos pela doença, o Paraná recomendou a retomada dos procedimentos cirúrgicos eletivos. Para auxiliar as unidades hospitalares neste processo, o Governo do Estado criou dois importantes programas: Opera Paraná e Comboio da Saúde.

“A pandemia contribuiu para o aumento da necessidade de realização das cirurgias eletivas, e, embora as filas de espera sejam demandas contínuas, não medimos esforços para criar ações de ampliação para diminuir o tempo de espera dos pacientes”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

OPERA PARANÁ – Em novembro de 2021 foi instituído pela Resolução Sesa nº 1.104/2021 o Programa Paranaense de Ampliação do Acesso aos Procedimentos Cirúrgicos Eletivos para Atendimento dos Usuários do SUS – Opera Paraná, com o objetivo de ampliar e qualificar o acesso aos procedimentos cirúrgicos eletivos de maneira descentralizada e regionalizada, de acordo com as necessidades dos municípios e suas respectivas filas de espera.

A Resolução Sesa nº 1.127/2021 estabeleceu as normativas e o recurso de R$ 150 milhões do Tesouro do Estado para execução da 1ª fase do Opera Paraná. No documento, a pasta define que as especialidades contempladas devem seguir a seguinte ordem de prioridade: sistema osteomuscular; aparelho digestivo; aparelho de visão; aparelho geniturinário; vascular e das vias aéreas superiores e do pescoço.

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Desde a abertura do Edital nº 31/2022 em março deste ano, 47 unidades entre hospitais de gestão estadual e municipal já se credenciaram para os procedimentos cirúrgicos eletivos pelo Opera Paraná. Segundo a Regulação Estadual de Leitos, foram atendidos este ano 14 mil pacientes para realização de diagnóstico e pré-operatório, resultando em nove mil cirurgias realizadas pelo programa. A estimativa é que pelo menos sejam feitas 60 mil cirurgias com este recurso adicional, até o fim da vigência da 1ª fase do programa em novembro de 2023.

COMBOIO DA SAÚDE – Dentro da fila de espera por cirurgias eletivas, existe uma demanda considerável por procedimentos de oftalmologia. A maioria deles envolve problemas de catarata e pterígio.

Considerando essa necessidade, o Governo criou o Comboio da Saúde, para cirurgias destas duas especialidades, destinando R$ 10,3 milhões do Tesouro do Estado. As demais especialidades de oftalmologia estão inseridas na proposta da 1ª fase do Opera Paraná, abrangendo a demanda como um todo.

O Comboio iniciou em maio deste ano após publicação do Edital Sesa nº 30/2022 e consiste propriamente em ações regionalizadas em locais com maior número de pacientes em espera, para exames e consultas que antecipam o procedimento cirúrgico e posterior encaminhamento para a cirurgia – quando necessário.

Desde o início do programa, quase 13 mil pacientes foram atendidos, resultando em mais de 6,7 mil cirurgias. A ação aconteceu em 17 cidades específicas escolhidas estrategicamente para abranger a demanda das 22 Regionais de Saúde e dos 399 municípios paranaenses. Ao todo seis estabelecimentos de saúde se credenciaram para os atendimentos pelo Comboio da Saúde.

DADOS – Desde 2019, o Paraná já fez quase 1,5 milhão de procedimentos cirúrgicos eletivos. Destes, pelo menos 355 mil foram realizados neste ano (até outubro, último dado consolidado). Se comparado com os anos anteriores, este número representa quase 70% do total de procedimentos durante todo o ano de 2019 (509.733) – ainda sem pandemia, 19% a mais que o total de 2020 (297.864) e é 7% maior que todo o ano de 2021 (331.787).

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Já com relação às médias mensais, os dados de 2022 representam 43% de aumento com os números de 2020, e 28% a mais que o último ano. Eles incluem os números de cirurgias feitas pelo Opera Paraná e pelo Comboio da Saúde, mas como as informações entre a cirurgia e a inclusão nos sistemas de informações ambulatoriais e hospitalares demoram até 60 dias para serem processadas, há indicativos de que esse número seja ainda maior.

Além do aporte do Tesouro do Estado, as mais de 200 unidades ambulatoriais e hospitalares que promovem cirurgias eletivas no Paraná recebem repasses anuais do governo federal, de acordo com os atendimentos.

FILA DE ESPERA – A Lei Estadual nº 21.242 de 2022, sancionada em setembro deste ano, prevê a divulgação atualizada dos pacientes em fila de espera na Rede Pública Estadual de Saúde e de instituições conveniadas, prestadoras de serviço ao SUS, além de outras providências até o fim de 2023. A Sesa já atendeu parcialmente essa demanda, disponibilizando em agosto deste ano o “Saúde Transparente” para consultas da posição em fila para atendimentos especializados e exames já confirmados.

Este sistema da própria Sesa está sendo aprimorado e integrado com todos os municípios, serviços de saúde e consórcios, para unificação da fila e parametrização do número necessário de atendimentos e financiamento para os procedimentos. Estima-se que cerca de 200 mil procedimentos eletivos e 300 mil consultas médicas especializadas, caracterizadas como prioritárias, precisem ser realizadas no Paraná.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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