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Mês da Mulher: conheça a arqueóloga que tem o Museu Paranaense como segundo casa

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Essa é uma história que diz muito sobre o destino ou, para os mais céticos, sobre a persistência necessária para correr atrás de um sonho. Há cerca de 50 anos, uma menina curiosa chamada Cláudia Inês Parellada visitou com seu pai um sambaqui escavado por arqueólogos na região de São Francisco do Sul (SC). O local era próximo de onde o pai, engenheiro civil, cuidava de uma obra.

Naquele sambaqui Cláudia encontrou uma placa de bronze que registrava publicamente a importância de se estudar o passado para compreender o presente e apontar o futuro. O texto destacava a relevância da preservação da memória. Ela, no alto dos seus seis anos de idade, leu aquilo tudo e decidiu. “É isso que eu vou ser quando crescer: arqueóloga”.

Hoje é doutora em Arqueologia pela Universidade de São Paulo (USP) e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Também é chefe do Setor de Arqueologia do Museu Paranaense, o MUPA, terceiro mais antigo do Brasil e referência nacional em pesquisa arqueológica. Por sua paixão e persistência, é personagem da série de reportagens da Agência Estadual de Notícias que apresenta grandes mulheres paranaenses.

Crianças sonham muito com profissões fascinantes, até mesmo impossíveis, nem sempre fáceis de seguir. Cláudia, por exemplo, gostava de ver filmes na televisão sobre viagens no tempo e histórias de grandes achados. A paixão pela arqueologia foi se transformando em algo natural.

Na adolescência, a vontade de seguir carreira nessa área permanecia. Aos 16 anos, na hora de prestar vestibular, na década de 1980, não havia nenhum curso de Arqueologia em Curitiba, onde Cláudia vivia com a família, nem em outras cidades do Paraná. Mudar de estado para cursar a graduação não era uma possibilidade viável.

“Naquele momento comecei a achar a Arqueologia uma coisa tão impossível que pensei que não teria como seguir essa carreira”, rememora. Enquanto se distanciava do sonho, sua vida sofreu um terremoto que a recolocou no destino. “Sofri um acidente de carro bem grave e depois de uma experiência de quase morte senti como se tivesse recebido a minha vida de volta”. 

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Então ela prestou vestibular para Geologia, o mais próximo de Arqueologia que conseguiu, e foi aprovada ainda com 16 anos na Universidade Federal do Paraná. “No curso havia disciplinas em Paleontologia e eu achava que podia estar mais perto da Arqueologia”, explica. 

Foi só no segundo ano de universitária que o cenário da sua vida começou a fazer mais sentido. Zé Henrique Sieguel, então colega de classe de Cláudia e estagiário do Museu Paranaense, disse a ela que a instituição estava à procura de novos profissionais. A vaga não era remunerada – chamava “voluntário” – mas ela não pensou duas vezes em se candidatar.

Era agosto de 1984, quando passou a estagiar no MUPA, descobriu sem querer que o seu bisavô havia sido arqueólogo na Espanha. Uma descoberta que parece ter solidificado ainda mais o desejo por seguir nessa vocação. Depois de formada, foi efetivada como pesquisadora no museu e de lá nunca mais saiu.

MUSEU – O Museu Paranaense é uma das referências de pesquisa arqueológica no Brasil. Os estudos produzidos na instituição e as coleções têm grande destaque devido ao aprofundamento e a abrangência dos projetos. O dia a dia do setor é dividido entre atividades de pesquisa, que se transforma em material para embasar a curadoria de novas exposições, o serviço público de atendimento a outros pesquisadores e a preparação de aulas e oficinas.

No conjunto de atividades, Cláudia participa de projetos interinstitucionais com arte rupestre, documentação e datação de abrigos, flora e fauna articulada com mitos e ritos de origem de povos que ocuparam e manejaram diferentes paisagens no Paraná.

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“O trabalho de pesquisa é fascinante e a gente tem no Estado um acervo riquíssimo que ninguém mais tem e precisa ser preservado”, afirma Cláudia.“É preciso estar o tempo inteiro alimentando a pesquisa e fazendo a conservação desse grande acervo, que exige atenção e cuidados constantes”.

No Museu Paranaense, ela participa da realização de diferentes pesquisas buscando caracterizar a diversidade dos povos que vêm ocupando as territorialidades nacionais, especialmente o Paraná, ao longo de 15 mil anos. “Nesse momento estamos analisando e indexando vestígios arqueológicos do acervo, buscando ampliar os conhecimentos sobre o passado e a memória paranaense”, conta. 

Ela também voltou para os estudos e mapeamentos dos sambaquis. “Estudamos e mapeamos os sambaquis no Litoral do Paraná e no Vale do Ribeira, além de ações de arqueologia colaborativa com populações indígenas. Também entrelaçamos estudos de espaços em áreas urbanas e históricas”, afirma.

Ao longo de quase quatro décadas no MUPA, Cláudia recebeu diversos convites para aprofundar pesquisas no Exterior, mas sempre privilegiou o trabalho que desenvolve internamente. Ela também lembra da placa em São Francisco do Sul, permitindo que o sonho de criança não ficasse apenas no plano espiritual. 

“Eu queria trabalhar aqui no Brasil, no Paraná, onde acho que posso contribuir mais para uma maior compreensão sobre a nossa cultura e nossa memória, algo que considero muito importante”, arremata.

A diretora do Museu Paranaense, Gabriela Bettega, diz que a trajetória de Cláudia na instituição se confunde com as conquistas recentes do MUPA. “Ela passou por diversas gestões, realizando pesquisas acadêmicas, ações expositivas e comunicação, contribuindo de forma extremamente positiva para divulgação e preservação do acervo e ajudando sistematicamente na formação de inúmeros estudantes que por ela foram supervisionados”, afirma. “Ela é parte da história cultural do Estado”.

Fonte: Governo do Paraná

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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