NOVA AURORA

PARANÁ

Jovens cientistas: alunos do Paraná conquistam prêmios da Fundação Oswaldo Cruz

Publicado em

Boas práticas desenvolvidas a partir da transformação de óleo de cozinha em produtos sustentáveis e economicamente viáveis por alunos da rede estadual de ensino de dois colégios da região Noroeste do Paraná foram reconhecidas e premiadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no mês passado durante a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA). Um grupo do Colégio Estadual Conselheiro Carrão, de Assaí, e outro, do Colégio Estadual Jardim Independência, de Sarandi, foram os contemplados.

As alunas de Assaí, sob a orientação do professor Matheus Souza, da disciplina de Ciências, conseguiram produzir biodiesel a partir do óleo de cozinha, e conquistaram o pódio na “Regional Minas Gerais Sul”. Vão receber o prêmio nos próximos dias na sede da instituição no Rio de Janeiro. “Ver o projeto sendo reconhecido e, ainda mais, um produto desenvolvido por alunas do Ensino Médio, incentiva outros jovens a seguirem nesse caminho”, comemora o professor.

Outro destaque da Olimpíada que recebeu certificação da Fiocruz foi o sabão líquido produzido também a partir do reaproveitamento do óleo, por um grupo de alunos de Sarandi, gerando impacto positivo para o meio ambiente e na economia da escola.

“A ideia surgiu a partir do conhecimento popular da produção de sabão em barra, mas com o pensamento de criar uma versão líquida, que seria mais adequada para o ambiente escolar, por causa do tamanho da edificação”, conta a professora Juliana Antoniassi, responsável pela Sala de Recursos para Altas Habilidades da instituição, uma das idealizadoras da ideia.

O projeto, criado em conjunto pelos alunos de 15 anos Lara Vitória Ferreira e Luiz Fernando Alcântara, do 1° ano do Ensino Médio, recebeu o nome de “Poluição pelo óleo de fritura – principais problemas e possíveis soluções disponíveis”, e uniu o saber popular e o conhecimento científico para enfrentar o descarte inadequado do óleo de cozinha. Único projeto com nome.

Leia Também:  Governo reúne mais de 900 técnicos municipais em fórum sobre Nova Lei de Licitações

Para Lara de Souza, o maior legado do trabalho é justamente a transformação que ele proporciona na comunidade. “Me sinto muito orgulhosa, privilegiada e realizada por cada conquista, porque representa muito para o nosso colégio, para nossa vida acadêmica e para a nossa comunidade como um todo”, acrescenta.

ASSAÍ – Mais do que receber prêmios, as duas propostas colocadas em prática estão gerando benefícios para as próprias instituições de ensino e para a comunidade escolar dos municípios de Sarandi e Assaí, de 118 mil e 14 mil habitantes, respectivamente.

Como o município de Assaí é menor, a comunidade do entorno do Colégio Independência se envolve doando o óleo de cozinha que sobra. Outra parte vem da cantina da instituição, coletada por um funcionário. O resultado é que, desde que o projeto foi colocado em prática, no ano passado, toda a limpeza do prédio é feita com o sabão líquido.

A economia mensal chega, em média, a R$ 700. “Isso demonstra o poder de aliar o conhecimento à prática, especialmente em projetos que têm continuidade e propósito dentro do ambiente escolar”, destaca Matheus.

Concebido desde o ano de 2022, durante as aulas de Física e Química, o projeto das alunas de Assaí deu origem à startup júnior chamada de Biosun, que acentua o protagonismo feminino na ciência e na tecnologia ao aceitar apenas alunas como integrantes.

Em 2023, após ser a única escola a conquistar um estande próprio no evento Green Nation, que promove a reflexão sobre questões ambientais, que acontece há uma década em São Paulo, a equipe se sentiu motivada a criar outros projetos, garantindo a continuidade da Biosun, com a chegada de novas estudantes.

Atualmente, três das cinco idealizadoras originais do projeto estão na universidade, enquanto as outras duas, Fabiane Hikari Kikuti e Eduarda Pietra Santos Paixão, concluirão o Ensino Médio em 2024, e à frente da startup, que hoje conta com 40 alunas. “A Biosun tornou-se um símbolo de transformação ambiental, social e educacional em Assaí”, garantem.

Leia Também:  Com alimentação, educação, renda e cultura, Estado amplia ações em comunidades indígenas

A iniciativa das estudantes do Colégio Conselheiro Carrão, que teve como ponto de partida a busca por uma alternativa menos usual que a produção de sabão a partir do óleo de cozinha, contou com muita pesquisa e mentoria para se chegar a um biocombustível viável.

Tão viável que, com o apoio da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Câmpus de Jandaia do Sul, que cedeu laboratórios para a produção em maior escala, passou-se a gerar mais biodiesel, que foi testado – e aprovado – em um ônibus escolar da Prefeitura de Assaí durante o desfile de aniversário do município. Além de circular pelo evento, o veículo funcionou por uma semana com o combustível sustentável, um marco para o projeto.

O impacto do trabalho impulsionou novas conquistas. Atualmente, está em fase de instalação uma usina de biodiesel dentro do colégio viabilizada em parceria com a prefeitura. O objetivo é que, no futuro, todo o combustível para a frota de ônibus escolares do município seja produzido no próprio colégio. “Isso mostra o poder transformador da ciência quando aplicada à realidade local”, destaca Matheus.

“O que percebemos é que Assaí passou a ser vista pelos moradores por seus ideais sustentáveis, com destaque na promoção de uma educação ambiental difundida entre os alunos, e isso possibilitou a valorização de projetos criados por estudantes”, observa Eduarda Paixão, de 18 anos, uma das participantes do projeto.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Municípios já podem aderir ao incentivo de R$ 159 milhões para crianças e adolescentes

Published

on

By

Os municípios Paraná já podem formalizar a adesão ao incentivo financeiro do Governo do Estado que destina R$ 159 milhões para ações de fortalecimento da Política da Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes em todo o Paraná. O repasse foi liberado no início do mês pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Os recursos, oriundos do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), deliberados pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA-PR) e administrados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), serão repassados na modalidade fundo a fundo e poderão ser usados de maneira autônoma pelas cidades.

“Este é um momento importante para que cada município possa atender às suas necessidades específicas, de acordo com a realidade local. Estamos dando um passo significativo na construção de políticas públicas voltadas para nossas crianças e adolescentes”, afirma o secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.

Leia Também:  Evento em Caiobá encerra exposição das forças de segurança nesta temporada

Os valores poderão ser utilizados em materiais de consumo, pedagógico e esportivo, materiais de higiene e limpeza, artesanato e recreação, além do desenvolvimento de materiais de áudio, vídeo e foto, despesas com impressão de materiais gráficos, alimentos perecíveis e não-perecíveis, veículo e móveis.

Os termos de adesão devem ser preenchidos pelos municípios nos próximos dias através do Sistema de Acompanhamento do Cofinanciamento Estadual Fundo a Fundo (SIFF). As orientações sobre o incentivo estão na Deliberação 013/2025-CEDCA/PR. O documento traz detalhes, como prazos, itens de despesas e valores destinados para cada município.

Carboni ressalta a importância da regularização de saldos encerrados e da prestação de contas. “É fundamental que os prefeitos estejam atentos a essas questões para garantir a aptidão em novas adesões e o encerramento adequado do processo”, destaca.

O secretário orienta os prefeitos a tomarem algumas ações. “Caso identifiquem pendências ou saldos, é necessário enviar um e-mail para duvidassiff@sedef.pr.gov.br, solicitando as orientações necessárias. Além disso, é essencial manter os extratos bancários atualizados mensalmente no SIFF”, explica.

Cada município receberá, no mínimo, R$ 250 mil. Do total dos recursos disponíveis, dois municípios vão receber R$ 250 mil; 246 cidades receberão entre R$ 300 mil e R$ 400 mil; 137 devem receber entre R$ 400 mil e R$ 500 mil; 12 vão receber entre R$ 600 mil e R$ 700 mil; um município receberá R$ 800 mil; e Curitiba, devido ao porte, receberá R$ 1,5 milhão.

Leia Também:  Governo reúne mais de 900 técnicos municipais em fórum sobre Nova Lei de Licitações

REQUISITOS – Todas as cidades paranaenses estão elegíveis para receberem os recursos, desde que tenham realizado sua adesão e desenvolvam projetos e programas seguindo os eixos da garantia de direitos, como vida e saúde; respeito à dignidade; convivência familiar e comunitária; educação, cultura, esporte e lazer; profissionalização; e fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA