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Jardim do Palácio Iguaçu ganha colmeias de abelhas nativas e horta orgânica

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O jardim que fica nos fundos do Palácio Iguaçu, sede do Executivo Estadual, conta agora com 15 colmeias de abelhas nativas sem ferrão, espécies que são responsáveis pela polinização de 90% das plantas da Mata Atlântica. O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, inauguraram nesta terça-feira (21) os meliponários que fazem parte do programa Poliniza Paraná, que está levando essas colmeias a parques urbanos e unidades de conservação do Estado.

Além das colmeias, o espaço também recebeu um chamado hotel de abelhas solitárias, voltado às espécies como a mangangava, que não vivem em colônias, mas também são muito importantes para a polinização, principalmente de plantas alimentícias como o maracujá, melancia, maçã e castanha-do-pará. Ele foi instalado ao lado da horta orgânica que está sendo cultivada pelos estudantes do Colégio Estadual de Educação Profissional (CEEP) Newton Freire Maia, que também foi inaugurada nesta terça.

A solenidade foi marcada ainda pelo plantio de uma muda de araucária enxertada, desenvolvida em uma parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Embrapa Floresta, e que promete dar pinhão em até seis anos, muito menos tempo que as árvores tradicionais, com média de 20 anos.

Para o governador Ratinho Junior, essas ações são simbólicas e representam a preocupação do Governo do Estado com o meio ambiente. “Este projeto foi inspirado nos Jardins de Mel, de Curitiba, e foi ampliado para todo o Paraná. Queremos que nossas abelhas nativas sem ferrão possam se reproduzir e estejam espalhadas cada vez mais nos parques urbanos do Estado”, afirmou. “São ações como esta que fazem do Paraná o estado mais sustentável do Brasil e exemplo mundial de sustentabilidade”.

No Jardim do Palácio Iguaçu, foram instaladas 15 colmeias das espécies Jataí, Mirim-guaçu, Mandaçaia, Manduri, Guaraipo, que corre risco de extinção, Iraí e Mirim-nigriceps. Elas representam uma boa amostra entre as 39 espécies nativas paranaenses. Em todo o mundo, há mais de 20 mil espécies de abelhas. A maioria tem comportamento solitário, mas existem aproximadamente 420 tipos diferentes de abelhas sociais nativas sem ferrão, e 300 dessas são encontradas no Brasil.

“É simbólico ver essas caixas com abelhas nativas no Palácio Iguaçu, que é um dos símbolos do Paraná, ao lado do mapa do nosso Estado. Os nossos Jardins de Mel agora estão espalhados por todo o Estado”, salientou o prefeito Rafael Greca.

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POLINIZA PARANÁ – O Poliniza Paraná é inspirado nos Jardins de Mel da Prefeitura de Curitiba, que também está espalhando os meliponários nos parques e praças da Capital. No Estado, a iniciativa é feita em conjunto com o programa Parques Urbanos, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e do Instituto Ambiental do Paraná (IAT), para que as colmeias sejam instaladas nos parques que estão sendo implantados nos municípios paranaenses.

“Esta iniciativa devolve à natureza as nossas abelhas, que podem conviver, inclusive, nos espaços urbanos e ajudam na polinização daquilo que a gente se alimenta. A polinização feita pelas abelhas sem ferrão é responsável por um terço dos alimentos que consumimos, além de 90% das espécies de plantas nativas do nosso bioma”, destacou o secretário do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge. “Esse projeto alia conservação à educação ambiental, para que nossas crianças possam entender a importância dessas espécies dentro da biodiversidade”.

Iniciado em janeiro de 2022, o projeto consiste na construção de jardins para criação de abelhas sem ferrão em diversas cidades do Estado, para reintroduzir polinizadores nativos em seus locais de origem, pois muitos se encontram ameaçados de extinção. Na primeira fase, as colmeias foram implantadas em Brasilândia do Sul, Campo Mourão, Kaloré, Maringá, Marumbi, São João e Sapopema.

O Poliniza Paraná é um dos meios de se alcançar as metas definidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, principalmente relacionado ao objetivo 15 – Vida Terrestre. O programa que une conservação, educação ambiental e sustentabilidade também pretende transformar o Paraná em referência na preservação das abelhas nativas, chamadas de melíponas.

Neste mês, a ação ambiental chegou às Unidades de Conservação do Estado. Dez espaços, de nove municípios diferentes, foram selecionados para a expansão do programa, com investimento de R$ 72 mil. O Parque Estadual de Campinhos, em Tunas do Paraná, na Região Metropolitana de Curitiba, foi a primeira unidade a receber o Poliniza, no começo de março.

Em seguida, as colmeias foram instaladas ao Parque Estadual Vila Velha, em Ponta Grossa, e no Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi. Também está prevista a implantação nos parques estaduais do Monge (Lapa); Lago Azul (Campo Mourão); Vila Rica do Espirito Santo (Fênix); do Palmito (Paranaguá); na Estação Ecológica Ilha do Mel; na Floresta Estadual Metropolitana (Piraquara); e no Monumento Natural Estadual Salto São João (Prudentópolis).

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Em 2022, o sucesso do projeto garantiu o 2º lugar no 9º Prêmio A3P, na categoria “Destaque da Rede A3P” (Programa Agenda Ambiental na Administração Pública, do Ministério do Meio Ambiente). O prêmio reconhece o mérito de iniciativas de organizações da administração pública do País na promoção e realização de melhores práticas de sustentabilidade.

Além dos Jardins de Mel, a ideia de criar uma iniciativa de proteção às abelhas em âmbito estadual também ganhou um incentivo dos alunos do 3º ano da Escola Municipal Castro Alves, do município de São João, no Sudoeste. Eles enviaram uma carta à Sedest relatando o projeto “Um doce que vem do campo”, que estavam desenvolvendo, e fizeram um apelo para que a secretaria cuidasse das abelhas. Foi assim que nasceu o Poliniza Paraná.

HORTA ORGÂNICA – Pepino, alface, jiló, tomate, couve, brócolis, repolho, cheiro verde e diversos tipos de temperos estão entre os alimentos cultivados no Palácio Iguaçu pelos estudantes do curso de Técnico Agrícola do CEEP Newton Freire Maia. O cultivo orgânico funciona como uma atividade prática das disciplinas que eles aprendem em sala de aula.

O trabalho é dividido entre as turmas do 1º, 2º e 3º ano do curso, que se alternam para cuidar da horta semanalmente. Eles fazem, por exemplo, a cobertura dos canteiros, que recebem uma palhada de folhas de pínus para evitar a proliferação de ervas daninhas e ajudar na retenção da umidade. Já a adubagem é feita com materiais orgânicos produzidos no próprio colégio.

“Tudo que aprendemos na teoria estamos colocando em prática agora: a palhada, a adubagem, a irrigação e o cuidado com as verduras”, contou o estudante Evandro Souza Costa, de 16 anos. “É bem importante levar as hortas orgânicas para cada vez mais lugares, para as escolas, espaços públicos e nas casas das pessoas, que diversificam o cardápio, ajudam no meio ambiente e ainda trazem economia”.

Junto ao plantio de espécies nativas, a produção agroecológica e a instalação das colmeias, o Palácio Iguaçu também deve ganhar outros projetos sustentáveis, como biodigestores para a produção de gás natural e de placas fotovoltaicas para a geração de energia, explicou o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

“Aquilo que levamos a campo nas propriedades paranaenses para fazer uma agricultura sustentável, também queremos trazer ao Palácio Iguaçu, procurando torná-lo uma vitrine para mostrar que ações práticas, que parecem pequenas, podem ter um reflexo importante no dia a dia dos nossos agricultores”, disse.

Abelas nativas - jardins palácio

A solenidade foi marcada ainda pelo plantio de uma muda de araucária enxertada. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

PRESENÇAS – O vice-governador Darci Piana; o secretário estadual das Cidades, Eduardo Pimentel; e os estudantes da Escola Municipal Julia Amaral Di Lenna também acompanharam a solenidade.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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