IPR Tapicuru: com muita ciência, Paraná entrega nova variedade de feijão para o Brasil
Publicado em
26 de março de 2025
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O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) lançou oficialmente na manhã desta quarta-feira (26) a cultivar de feijão IPR Tapicuru, em solenidade realizada no Polo de Pesquisa e Inovação de Ponta Grossa. O IPR Tapicuru possui alto potencial produtivo – superior a 4,5 toneladas por hectare – e oferece estabilidade em diferentes condições de cultivo.
Com ciclo intermediário, a cultivar chega à colheita cerca de 87 dias após a emergência. Apresenta resistência às principais doenças da cultura do feijão, como ferrugem, oídio e mosaico comum, e ainda tolerância ao ácaro branco, praga que pode comprometer a produção. Entre os atributos que favorecem a adoção pelo produtor também estão o porte ereto e a altura da primeira vagem (25 cm), que facilitam a colheita mecanizada. A IPR Tapicuru demonstrou bom desempenho em cultivos orgânicos, ampliando sua versatilidade.
“Do ponto de vista do consumidor, os grãos cozinham em apenas 21 minutos e resultam em caldo espesso, de cor achocolatada, com sabor marcante, textura macia e sem perda de casca. A cultivar também se destaca pelo alto valor nutricional, com teor elevado de proteína, ferro e fibras. A expectativa é de que as sementes da IPR Tapicuru estejam disponíveis para os agricultores já a partir de 2026”, disse a pesquisadora Vania Moda Cirino, diretora de pesquisas do IDR-Paraná e especialista em melhoramento genético vegetal.
Com a nova variedade, o IDR-Paraná conta atualmente com 11 cultivares de feijão ativas disponíveis ao mercado, adotadas por agricultores de todas as regiões produtoras do País. O Paraná é o maior produtor nacional do grão, alimento central na dieta brasileira. A estimativa para 2025 é de 520,8 mil hectares cultivados nas duas safras, com produção prevista de 983,5 mil toneladas.
A pesquisa com feijão teve início na década de 1970, no antigo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), hoje integrado ao IDR-Paraná. Desde então, já foram lançadas 42 cultivares, com foco em produtividade, resistência a pragas e doenças, adaptação ao clima e qualidade nutricional.
“Imagine quantas pessoas serão beneficiadas, quanta economia gerada, especialmente para quem lida diretamente com o preparo dos alimentos. O compromisso com a pesquisa reforça o compromisso do Paraná em produzir alimentos para todo o mundo”, afirmou o vice-governador Darci Piana.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Márcio Nunes, reforçou a relevância do investimento público em ciência. “Se o Estado quer inovar cada vez mais no campo precisa investir em pesquisa”, declarou.
CONAB – Darci Piana também participou da assinatura do convênio para reforma e modernização de armazéns graneleiros da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) situados no Paraná e em Mato Grosso do Sul. Os recursos são uma parceria também com a Itaipu Binacional e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS/ONU). A reforma da unidade de Ponta Grossa permitirá que o armazém volte a operar em seu potencial máximo, armazenando até 420 mil toneladas de grãos. Hoje, esta capacidade está em 300 mil toneladas.
PRESENÇAS – Participaram do lançamento os secretários Norberto Ortigara (Fazenda), Sandro Alex (Infraestrutura e Logística) e Aldo Bona (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior); a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt; o deputado estadual Marcelo Rangel; o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto, além de pesquisadores, produtores, técnicos e lideranças do agronegócio.
Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná
Published
2 semanas ago
on
5 de maio de 2025
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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2.
Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.
O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor.
De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.
Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.
SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).
Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.
Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .
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