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Invest Paraná levará produtos do Estado a uma das maiores feiras de alimentos da América Latina

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A Invest Paraná levará empresas paranaenses para uma missão internacional em uma das principais feiras voltadas ao setor de alimentos e bebidas da América Latina. A ExpoAlimentaria 2024 acontece de 25 a 27 de setembro, em Lima, no Peru. Será a primeira vez que a agência de atração de investimentos do Estado participa do evento, com o único estande representando um estado brasileiro no Pavilhão do Brasil.

Além da exposição de produtos, também estão programadas rodadas de negócios entre empresas paranaenses e empresários de outros países, além de um seminário. Segundo a organização da feira, é esperada uma movimentação financeira de US$ 540 milhões, recebendo um público superior a mil compradores internacionais e 20 mil visitantes.

A participação foi possível graças a um pedido da Invest Paraná à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), responsável pela participação de empresas brasileiras em eventos no Exterior. A Apex, que abriu um edital voltado apenas para empresários, aceitou a demanda apresentada pela agência do Estado, sendo o Paraná o único a ter um estande próprio na ExpoAlimentaria. A comitiva liderada pela agência é composta por representantes da própria Invest Paraná, além de representantes da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), do Sistema Ocepar e da Cooperativa Witmarsum.

Segundo o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco, o objetivo é levar tanto empresas que ainda não exportam, quanto aquelas que estão em um estágio inicial, visando abrir mercado no Exterior. “De forma inovadora, estamos levando empresas que não tiveram a oportunidade de exportar. Algumas nunca participaram de feiras internacionais, como as empresas do VRS [Vocações Regionais Sustentáveis, programa da Invest Paraná que estimula a profissionalização de pequenos produtores]. É a consolidação do trabalho que estamos fazendo, de dar maturidade para essas empresas pensarem no mercado internacional”, afirma.

“Sozinhos, eles têm medo, têm receio de sair para o mercado internacional. Então nós, de forma organizada, fazemos uma curadoria com eles para que iniciem essas exportações, de não ficarem só com o mercado brasileiro, mas podendo explorar mercados internacionais”, acrescenta.

Estão programadas, até o momento, 14 rodadas de negócios entre empresários paranaenses e internacionais, de países como Costa Rica, Panamá, Chile, Argentina, Peru, Canadá e Estados Unidos, ação possível graças ao apoio do setor comercial consular da embaixada brasileira no país. São importadores que, sabendo que tipo de produtos seriam levados para a feira, solicitaram os encontros. A Invest Paraná também irá promover um seminário sobre oportunidades comerciais entre o Estado e o  Peru, na sede da embaixada brasileira.

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EMPRESAS — Vão participar do estande da Invest Paraná 12 empresas paranaenses do ramo de alimentos e bebidas. São elas: Apis Nobre, Bella Giornata, Certano, Coamo, Cooperativa Integrada, Cooperativa Witmarsum, Dr. Peanut, Fecularia Lopes, Moncloa, Ninfa, Papapá e Pinati.

Antônio Chaves, gerente comercial do setor de laticínios da Cooperativa Witmarsum, em Palmeira, nos Campos Gerais, faz parte da delegação que irá ao Peru em busca de novos negócios. É a primeira vez que participam de uma feira internacional. “Há algum tempo a gente já vem trabalhando, desenvolvendo e melhorando os nossos queijos. Começamos a participar de alguns campeonatos nacionais e internacionais e em todos eles conseguimos sempre pontuação máxima em nossos produtos”, conta Chaves.

Atualmente a cooperativa já exporta commodities. O objetivo na feira é expor 12 tipos de queijos finos, entre eles um especial da marca, além de suco de uva, itens que ainda não são exportados. “Posso dizer com muita tranquilidade: essa missão me antecipou um ano de trabalho, porque antes da Invest a minha perspectiva era começar alguma prospecção em 2025”, diz. “Eu estou 100% preparado como empresa para atender as demandas que surgirem”, garante.

Já a Moncloa, empresa de Curitiba que comercializa produtos pensados para o bem-estar corporal e mental, como infusões para chá, esfoliantes e hidratantes corporais, ainda não exporta. Eles buscaram a Invest Paraná justamente para entender mais sobre internacionalização, em como levar a marca para outros países, principalmente do Mercosul.

“Temos hoje o nosso carro-chefe que são os chás, mercado que está em evolução no Brasil, mas ainda muito pequeno se comparado com outros países da América Latina. Temos muito a desenvolver, e ter a oportunidade de atingir outros mercados é muito importante”, destaca o diretor Comercial e de Marketing da Moncloa, Eduardo Caldeira.

Entre as estratégias para atrair clientes internacionais está o envio de um bule para preparo e degustação nas reuniões B2B, de empresa para empresa. “Com a Invest Paraná dá segurança, porque quando você vai pela primeira vez a chance de cometer erros é muito maior. Para empresas menores, às vezes cometer erros custa muito caro, então ter uma parceira que pode levar você e os produtos com segurança faz toda a diferença”, afirma.

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Além disso, sete produtores que participam do programa VRS também vão ter seus produtos expostos no espaço “Sociobiodiversidade”. São eles: Rancho Latuf, Erva Mate Paraná, Capeleti Erva Mate, Beeland, Conservas Rosana, Caramelo Lindacir e Embrapa Florestas – Inácio Martins (Farinha de Pinhão).

A escolha dos participantes foi feita a partir de uma relação de empresas do setor de alimentos e bebidas, entre aquelas que já estão em algum programa da Invest Paraná, ou de forma prospectiva, por meio de adesão. Caso os importadores tenham interesse em fechar negócio com as empresas paranaenses, a agência realiza uma curadoria, depois da feira, para ajudar no processo de contrato e exportação.

FEIRA — A Expoalimentaria reúne setores-chave como alimentos e bebidas, serviços, máquinas, contêineres e embalagens, insumos e tecnologia e inovação. A participação brasileira será apoiada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), com suporte do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

CANADÁ — Em maio deste ano, a Invest Paraná, também em parceria com a Apex Brasil e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), levou uma série de produtos paranaenses para a maior feira de alimentos da América do Norte, a Sial, no Canadá. Foi a primeira vez que o Paraná teve dois estandes exclusivos no pavilhão brasileiro da feira internacional, sendo um deles dedicado somente para produtos de erva-mate.

“Na feira da Sial, no Canadá, a Apex gostou de levarmos empresas qualificadas embaixo do guarda-chuva da Invest Paraná. Isso deu resultado na questão de exportação, de contratos fechados. Neste do Peru eles não estavam fazendo isso, então entramos em contato com a Apex e eles aprovaram. Fomos qualificados para representar as empresas paranaenses que têm os seus produtos para exportação”, destaca o diretor-presidente da agência, Eduardo Bekin.

Fonte: Governo PR

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Portos do Paraná realiza oficina de coleta e despolpa do açaí juçara em comunidade no Litoral

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Moradores da no Litoral do Paraná, participaram nesta quarta-feira (02) da 2ª Oficina de Coleta, Higienização e Despolpa de Juçara, fruta semelhante ao açaí amazônico. A iniciativa da Portos do Paraná busca estimular uma nova fonte de renda para as comunidades locais, predominantemente compostas por pescadores, além de promover a preservação da palmeira juçara, espécie ameaçada de extinção.​

“Com o conhecimento da despolpa dos frutos, é possível uma mudança cultural, possibilitando renda às comunidades e incentivando o plantio das sementes”, destacou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.​

A oficina integra o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Autoridade Portuária e surgiu como uma demanda dos próprios moradores. “No Sul do Brasil basicamente não temos a cultura do aproveitamento deste fruto. Já no Norte, é muito comum. Estamos trazendo a oficina para estimular esta nova opção”, explicou o coordenador de Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco Pereira Cordeiro. “A sementinha roxa produz um açaí de excelente qualidade”.​

O Instituto Juçara de Agroecologia conduziu as atividades teóricas e práticas. “A coleta da juçara no Litoral é feita entre março e maio. É neste período que a palmeira vai frutificar e os cachos com os frutos vão amadurecer”, comentou o vice-presidente do Instituto, Rafael Serafim da Luz.​

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O fruto da juçara é semelhante ao açaí da Amazônia, porém, a palmeira nativa das áreas litorâneas de Mata Atlântica, Euterpe edulis, difere das palmeiras que produzem o açaí tradicional da região Norte do país. O “açaí juçara” é rico em antocianina, um antioxidante que confere a coloração roxa escura, muito semelhante ao açaí amazônico. Além do fruto, a palmeira também é conhecida por produzir o palmito juçara.​

O fruto é extremamente rico em ferro e cálcio, elementos que complementam muito bem a alimentação. “É uma planta que se desenvolve super bem, de fácil manejo. E a gente vê na casa das pessoas, faz parte da paisagem dos caiçaras”, pontuou Serafim da Luz.​

SELEÇÃO DE GRÃOS – A merendeira Adi Fátima Lourenço possui algumas palmeiras no quintal de casa, uma das quais foi utilizada durante a oficina. “A gente se criou subindo nos pés de juçara, mas não sabia fazer os sucos. E essa oficina vai ajudar na renda mesmo. Dá pra fazer bolo, pão. É um diferencial que as pessoas sempre estão procurando”, comentou Adi.​

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Durante a coleta e higienização, ocorre a seleção dos grãos maduros e sadios, que passam por um processo de lavagem com água sanitária para a esterilização das bactérias. Após o enxágue, eles são encaminhados para a despolpadeira, que remove os caroços, sementes ou cascas, resultando em um líquido engrossado e peneirado.​

CURSOS E OFICINAS –  Pelo Programa de Educação Ambiental, a Portos do Paraná realizou, desde 2019, dezenas de oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes gratuitos para comunidades litorâneas do Estado.

As iniciativas buscam promover, além de práticas permaculturais, a educação ambiental, a organização comunitária e a valorização ambiental, ao mesmo tempo em que apresentam possibilidades de geração de renda para os membros das comunidades.

Entre os temas abordados estão comunicação e atendimento e introdução à maquiagem para jovens, em parceria com o Senac. As mulheres das comunidades de Piaçaguera e do Valadares também puderam participar dos cursos de corte e costura.

Fonte: Governo PR

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