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IAT ajuda a combater três novos focos de incêndio florestal no Paraná

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Equipes do Instituto Água e Terra (IAT) ajudaram a controlar três incêndios florestais em diferentes regiões do Paraná na segunda-feira (20) em decorrência do clima muito seco no Estado nos últimos dias. Uma das ocorrências se deu no Parque Estadual Vila Velha, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. As chamas atingiram uma área de 100 hectares do local, próximo à linha do trem, mas foram contidas no mesmo dia. A suspeita do Corpo de Bombeiros é que o fogo tenha sido causado por ação humana.

“Para combater o fogo, contamos com um grupo de 45 pessoas, entre agentes do escritório de Ponta Grossa do IAT, de voluntários, do Corpo de Bombeiros, e da concessionária Soul, que administra o parque”, afirmou o técnico do IAT responsável pelo Parque Estadual Vila Velha, Juarez Baskoski.

O fogo atingiu também a Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Três focos de incêndio foram registrados na entrada que percorre a linha férrea da Unidade de Conservação (UC), abrangendo cerca de 500 metros quadrados do parque. O fogo foi contido rapidamente com o auxílio dos indígenas que moram no espaço.

“Os indígenas já haviam sido capacitados pelo Corpo de Bombeiros para lidar com incêndios seguindo os protocolos do Programa de Prevenção de Incêndios na Natureza (Previna). Assim, eles imediatamente acionaram o Corpo de Bombeiros e iniciaram as primeiras frentes de combate ao incêndio, e o fogo foi controlado em pouco tempo”, explicou a bióloga do IAT e gerente da Floresta Estadual Metropolitana, Ana Letícia Lowen.

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Por fim, profissionais do órgão ambiental ajudam na contenção de um incêndio em um conjunto de fazendas que constitui uma Área de Preservação Permanente Ecológica (APP) em Maria Helena, no Noroeste do Estado. O primeiro foco de fogo foi registrado na região na sexta-feira (16) e se alastrou por cerca de 1.000 hectares de mata.

Técnicos do Escritório Regional de Umuarama do IAT trabalharam no resgate de animais silvestres atingidos pelas chamas. Além disso, o helicóptero do órgão usado em ações de fiscalização foi equipado com helibalde e disponibilizado para ajudar nos esforços de contenção do incidente. “O fogo já está controlado, mas a aeronave vai ser usada para lidar com o rescaldo dos focos remanescentes do incêndio”, destacou Luis Carlos Borges Cardoso, chefe do núcleo regional de Umuarama.

OCORRÊNCIAS – De acordo com o Corpo de Bombeiros do Paraná, foram registradas 702 ocorrências de incêndio em vegetação em 125 municípios do Estado desde a última sexta-feira (16). O meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Fernando Gomes, aponta que o aumento no número de incêndios tem relação com uma combinação de fatores.

“Percebemos uma redução na precipitação em todo o Estado nos últimos meses, deixando a vegetação mais seca e propensa a incêndios. Além disso, as temperaturas elevadas reduzem ainda mais a umidade, agravando a situação”, afirmou ele. “No entanto, para o próximo final de semana, a previsão é de chuva devido à chegada de uma frente fria. Assim, espera-se que o solo fique novamente umedecido, reduzindo a ocorrência de focos de incêndio”, acrescentou o meteorologista.

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PREVENÇÃO – Porém, antes da chuva, o IAT reforça o aviso de risco elevado de incêndios florestais em razão das questões climáticas. A orientação para quem avistar um foco de incêndio é acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193, também se afastando da área para evitar acidentes. Durante a ligação, forneça o máximo de detalhes possível sobre o local e as condições do incêndio, para facilitar a atuação dos profissionais.

O Instituto possui duas linhas de atuação com o objetivo de combater e monitorar incêndios florestais: o Programa de Prevenção de Incêndios na Natureza (Previna) e o programa de voluntariado em Unidades de Conservação (VOU), que proporciona a formação de brigadistas voluntários.

O Previna foi estabelecido em 2018 com o Decreto Estadual nº 10.859 para proporcionar a preservação dos patrimônios ambientais existentes no Estado. Ele vincula ações de meio ambiente, segurança pública e defesa civil para identificar recursos e organizar a resposta, garantindo que seja rápida e efetiva. Uma parte importante do programa envolve a sociedade civil. Assim as atividades de prevenção se multiplicam.

Fonte: Governo PR

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Combate ao bullying: alunos de colégio estadual criam música e videoclipe para conscientização

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Por meio da música, estudantes e professores do Colégio Estadual Inêz Vicente Borocz, em Curitiba, encontraram uma forma criativa de lembrar o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola – 7 de abril. Elaborada pela comunidade escolar, a canção “Bullying Não” ganhou um videoclipe, inteiramente gravado e editado no colégio. A produção está disponível no YouTube.

A rima pede paz e respeito: “O meu nome é futuro, presente da nação; eu sou de vários credos e digo bullying não! Eu sou de várias raças e você é meu irmão; posso ser diferente, e digo bullying não!”

A ação foi idealizada em setembro do ano passado pelo professor Elias Antonio Bueno, que atua na escola como pedagogo e participa do Grupo de Estudos Formadores em Ação sobre Clima Escolar, iniciativa promovida pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR).

No contexto da campanha Setembro Amarelo, o docente propôs aos estudantes do colégio que unissem música e criatividade com a conscientização sobre o combate ao bullying. Os alunos abraçaram a ideia e participaram ativamente da composição da letra. “Eles lançaram frases sobre o assunto, como se fosse uma tempestade de ideias, e fizeram cartazes. Desse material, nasceu a letra. E alguns talentos que temos na escola, como alunos músicos e cantores, nos ajudaram com arranjo e harmonia na parte musical”, contou Bueno.

Professores de Arte e Computação Gráfica auxiliaram os alunos com a gravação da música e a produção do videoclipe, que rapidamente se espalhou na comunidade escolar. Conforme o pedagogo, a ação contribuiu para reduzir o bullying entre estudantes no colégio. “Com autorização da direção, colocamos a música no intervalo e nas trocas de aula. Eu senti que houve um impacto na escola. Foi uma ação sensacional que deu muito certo e teve o envolvimento dos estudantes”, relatou o pedagogo.

O estudante Daniel Schwebel, do 2º ano do Ensino Médio, concorda. O jovem tecladista participou da elaboração da partitura e da instrumentalização da música, além de ser um dos vocalistas. Para ele, o objetivo da ação foi alcançado. “Com a música, deu para perceber uma redução no bullying. O colégio é bem inclusivo e tem pessoas com Síndrome de Down, autismo, pessoas em cadeiras de rodas, entre outros. E é importante combater o bullying porque, ao praticá-lo, você acaba com a autoestima da pessoa”, opinou o aluno.

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Também assinam a composição da música e a atuação no videoclipe os estudantes do 3º ano do Ensino Médio Adria Emilia, Agatha Barbosa, Amanda Vieira, Beatriz Campos, Camille Victoria, Gabrielle Moreira, Manuella de Bona, Maria Clara, Maria Marciniak, Maria Siqueira, Natallielly Rodrigues, Thifany Rodrigues e Wallace Davi. Os professores Kathelen Guerra, Jorge Fontana e Taináh Nisimura participaram da orientação do projeto.

Nesta segunda-feira (7), Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, a canção foi apresentada ao vivo durante o intervalo das aulas no colégio. Futuramente, conforme Elias, novas composições podem surgir. “Demos continuidade ao projeto, e estamos trabalhando o tema em sala de aula, com a ajuda dos professores. Além disso, temos ensaiado para, quem sabe, a elaboração de uma nova música, ou um novo ritmo”, afirmou.

AÇÕES PERMANENTES – Responsável pelas mais de 2 mil escolas estaduais do Paraná, a Seed-PR desenvolve ações contínuas e permanentes de prevenção ao bullying, às violações de direitos e às violências no ambiente escolar.

Destaca-se, por exemplo, o Grupo de Estudos Formadores em Ação: Clima Escolar, que já atendeu mais de 10 mil profissionais da rede estadual. A formação continuada ofertada a professores, pedagogos e diretores busca melhorar a convivência, a escuta empática e o diálogo no ambiente pedagógico.

Outro exemplo é o Projeto Escola Escuta, lançado pela Seed-PR em 2022 com o objetivo de promover acolhimento e diálogo com os estudantes. Por meio da iniciativa, mais de 5 mil professores e pedagogos já foram capacitados para oferecer apoio social e emocional aos alunos da rede estadual.

Além disso, a Seed-PR orienta as escolas e Núcleos Regionais de Educação (NRE) para a realização de campanhas de prevenção ao bullying, bem como a participação em redes de proteção de crianças e adolescentes. Desde o início do mês, diferentes NRE têm promovido ações no contexto do Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola.

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No Noroeste do Estado, por exemplo, foram promovidas palestras e atividades interativas em colégios de Loanda, Santa Isabel do Ivaí e Diamante do Norte. Já no Colégio Estadual Paraná, em Loanda, uma campanha de combate ao bullying ocorre desde 2024 e tem registrado resultados positivos no clima escolar. Todas as ações recebem apoio do NRE de Loanda.

No Centro-Oeste, o NRE de Goioerê tem se destacado com uma ação abrangente promovida pela equipe multiprofissional do núcleo, que inclui assistentes sociais, psicólogos e pedagogos. Em andamento, a proposta de intervenção alcança diferentes escolas e inclui ações direcionadas a estudantes, professores e pais ou responsáveis dos alunos.

Já o NRE de Dois Vizinhos, no Sudoeste, mantém uma campanha de escuta ativa e apoio às direções escolares desde 2024. A iniciativa, também elaborada pela equipe multiprofissional do núcleo, já alcançou 13 escolas da região, classificadas como prioritárias no âmbito do combate ao bullying.

DIA NACIONAL – O Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola foi instituído pela Lei Federal nº 13.277/2016, devido ao crescente reconhecimento dos impactos negativos do bullying no ambiente escolar. A data se refere à memória do massacre de Realengo, que deixou 13 pessoas mortas em uma escola no Rio de Janeiro, em 7 de abril de 2011 – investigações posteriores indicaram que o autor do ataque foi vítima de bullying na infância.

De acordo com o projeto da lei que instituiu a data, o combate ao bullying e às complexas causas sistêmicas da violência requer o envolvimento de educadores, pais, alunos e do conjunto da sociedade, uma vez que a educação é produzida, também, em ambientes externos às instituições de ensino.

Conforme o texto, configura bullying qualquer ato de violência intencional e repetitivo contra pessoa indefesa, que pode causar danos físicos e psicológicos. O termo “bullying” surgiu do inglês “bully”, que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português.

Fonte: Governo PR

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