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Governo propõe mudanças de tributação para conter importação de leite em pó

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O Governo do Paraná tomou nesta segunda-feira (8) duas medidas para proteger os produtores de laticínios do Estado diante da concorrência com a importação de leite em pó e queijo mussarela. Ambas as medidas envolvem mudanças nas normas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), demanda do setor produtivo para proteger a produção local diante do aumento expressivo da importação de leite desde 2022.

A primeira decisão foi a publicação do Decreto 5.396/2024 , que altera a cobrança do ICMS na importação dos dois produtos. Além disso, o Governo encaminhou à Assembleia projeto de lei para alterar a legislação do ICMS (Lei Estadual 13.212/2001) da importação do leite em pó e do queijo mussarela.

Até então, a importação de qualquer laticínio no Paraná tinha isenção total de ICMS. Com as mudanças, a importação dos dois produtos passa a ter taxação de ICMS. Dessa maneira, tanto o leite em pó quanto o queijo mussarela importados passam a pagar taxa de ICMS de 7% – valor mínimo de cobrança do imposto, já que ambos os produtos fazem parte da cesta básica e, por isso, não podem ser taxados na alíquota cheia de 19,5%. No Paraná, os maiores importadores dos dois produtos são as indústria, para quem passa a valer a regra.

Com o decreto, a importação desses dois laticínio também perde o benefício do crédito presumido de 4% de ICMS. O crédito presumido é uma ferramenta de incentivo fiscal que permite abater o ICMS de outros créditos.

Um dos pontos que o Estado pretende controlar é a importação de países do Mercosul. Segundo o Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio de produtos agropecuários, o Paraná importou 6,5 mil toneladas de leite em pó no ano passado a um custo de US$ 24,6 milhões. Do total, 2,8 mil toneladas vieram da Argentina, custando US$ 10,9 milhões, o mesmo volume do Uruguai, por US$ 10,8 milhões, e as outras 800 toneladas tiveram origem no Paraguai, a um custo de US$ 2,8 milhões.

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O volume representa aumento de 183% em relação às 2,3 mil toneladas importadas em 2022, que custaram US$ 9,2 milhões. De 2021 (682 toneladas) para 2022, o salto já tinha sido bastante considerável (237%), ao custo de US$ 2,3 milhões. Nos dois primeiros meses de 2024 o Paraná importou 250 toneladas pagando US$ 799 mil. 

“Paga-se caro no mercado, mas o produtor paranaense está com dificuldade, fruto de uma importação nunca vista nos últimos um ano e meio”, ponderou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “O que precisamos neste momento é proteger minimamente os produtores porque queremos transformar esse setor em mais uma cadeia vitoriosa até o final da década”.

Os produtores paranaenses receberam em média, em 2021, R$ 2,08 por leite, valor que subiu para R$ 2,58 em 2022. No ano passado o litro caiu para R$ 2,56 e, em 2024, até agora, a média está em R$ 2,19. Comparando-se fevereiro de 2023, quando o litro custava R$ 2,68, com fevereiro deste ano, que ficou em R$ 2,23, a queda é de 16,7%.

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Em maio do ano passado, os secretários da Agricultura apresentaram um pedido de apoio ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A proposta era de suspender a importação por um período, com vistas a ajuste no mercado. Em outubro do ano passado, o governo federal publicou um decreto que autoriza as empresas que não importam lácteos de países do Mercosul e participam do programa “Mais Leite Saudável” a aproveitarem até 50% do crédito presumido de PIS e Cofins da compra do leite in natura de produtores brasileiros, mas sem taxar a importação.

“Precisamos ter capacidade de reação, sob pena de inviabilizar uma atividade importantíssima, que congrega 60 a 70 mil famílias no Paraná”, acrescentou Ortigara. O Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil. Foram 3.626.378 de litros entregues a laticínios em 2023. Minas Gerais lidera o ranking, com 23,8% da captação nacional. O Paraná, que detém a cidade que mais produz, em Castro, tem 14,8% do mercado.

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em conjunto com entidades do setor pecuário, também entregou sugestão ao governo federal para incluir a postergação de pagamento de empréstimos ou o refinanciamento de dívidas, especialmente para agricultores familiares, na divulgação do Plano Safra 2024/25. O Estado ainda está promovendo eventos técnicos no Interior para dialogar com produtores.

Fonte: Governo PR

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Governo capacita 150 novos voluntários em prevenção e combate a incêndios

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Os 150 voluntários aprovados na primeira fase do Programa de Prevenção de Incêndios na Natureza (Previna), com aulas teóricas no formato a distância (EaD), seguem agora para a etapa prática. O objetivo é aumentar o contingente disponível para atuar em situações nas Unidades de Conservação (UCs), especialmente no segundo semestre do ano, período de maior registro de ocorrências.

A etapa prática do processo de formação dos novos integrantes do programa de Voluntariado em Unidades de Conservação do Paraná será no próximo dia 03 de maio. A maioria dos 150 participantes é da Região Metropolitana de Curitiba e do Litoral.

“Dentro das atribuições do Previna, uma delas é capacitar voluntários para atuar nessas ocorrências. O objetivo agora é reforçar os conhecimentos adquiridos na parte EaD e formar esses futuros brigadistas nas atividades práticas de combate a incêndios florestais”, explica major Daniel Lorenzetto, chefe da Divisão de Gestão de Desastres da Defesa Civil Estadual e coordenador do Previna.

“Quando finalizar, eles serão cadastrados como aptos para atender essas ocorrências em todo o Estado. Os novos brigadistas vão receber uma identificação e quando houver uma situação eles poderão atuar em conjunto com o Corpo de Bombeiros e o IAT”, detalha.

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FORMAÇÃO DOS BRIGADISTAS VOLUNTÁRIOS– Ao todo, são 40 horas de atividades, divididas em 25 horas de conteúdo teórico na modalidade de Ensino a Distância (EaD) e 15 horas de capacitação prática. As aulas online foram disponibilizadas em março e os aprovados nesta primeira fase seguem para o treinamento prático.

São repassados conceitos relacionados às ações de prevenção e controle de incêndios florestais, com especial atenção à segurança da população e das equipes de resposta, garantindo também o menor prejuízo a áreas verdes.

A prática de combate acontecerá na Floresta Metropolitana, em Piraquara, realizada em parceria entre a Defesa Civil Estadual, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) e o Instituto Água e Terra (IAT). O objetivo é reforçar o contingente disponível para atuar em situações nas Unidades de Conservação (UC), especialmente no segundo semestre do ano, período de maior registro de ocorrência.

“É sempre muito importante capacitar as pessoas que moram no entorno ou frequentam unidades de conservação para atuarem na prevenção e combate a incêndios, pois geralmente eles são os primeiros a identificarem e iniciarem o combate”, reforça o gerente de Áreas Protegidas do IAT, Jean Alex dos Santos.

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“Quando o foco ainda está começando, aumenta a chance de extinção do fogo antes de causar grandes impactos ambientais”, explica ele. Em 2024, o Paraná registrou mais de 13, mil casos de incêndios florestais, mais do que o dobro das ocorrências de 2023.

“A partir de maio, começamos a ter um tempo mais seco. É quando aumentam as ocorrências em quantidade e complexidade. Esta é uma das iniciativas do Estado para se preparar para o período crítico de ocorrências, entre julho e setembro, quando diminuem as chuvas”, destaca Lorenzetto.

Fonte: Governo PR

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