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Governo libera R$ 8,9 milhões para projetos de extensão universitária em 2023

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O Governo do Estado publicou nesta segunda-feira (5) um novo edital do programa Universidade Sem Fronteiras (USF) para financiar 56 projetos de extensão das universidades estaduais e 29 ações extensionistas das demais instituições de ensino superior do Paraná, públicas e privadas. Serão contempladas propostas nas áreas da saúde, educação, agroecologia, inclusão social, inovação e diversidade cultural. O prazo para inscrição dos projetos encerra em 10 de fevereiro.

Ao todo, serão desembolsados recursos da ordem de R$ 8,96 milhões, oriundos do Fundo Paraná de fomento científico, dotação da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). O montante será aplicado no custeio de bolsas para professores, estudantes de graduação, alunos de iniciação à pesquisa e extensão e profissionais recém-formados. Os projetos podem pleitear os valores máximos de R$ 102,1 mil ou R$ 105,5 mil.

A iniciativa acontece simultaneamente com o lançamento da Política de Extensão Universitária para as instituições estaduais de ensino superior do Paraná, que tem foco a transformação social e o desenvolvimento regional sustentável. O objetivo é orientar as diferentes ações extensionistas e possibilitar a atuação das sete universidades, de forma estratégica e multidisciplinar, inseridas nos cenários regional, nacional e internacional.

O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destaca a cooperação governamental e acadêmica para a padronização da extensão universitária. “Fizemos uma série de debates e discussões para validarmos, coletivamente, a institucionalização dessa política, que irá nortear as universidades e o governo em relação às ações de fomento do estado para a área da extensão na educação superior”, afirma.

O documento é resultado de um amplo estudo desenvolvido pela Seti em parceria com as pró-reitorias de extensão das instituições estaduais de ensino superior paranaenses, além de consultas públicas realizadas com as comunidades acadêmicas. As atividades extensionistas compreendem cinco modalidades: programas; projetos; cursos e oficinas; eventos; e prestação de serviços.

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POLÍTICA DE ESTADO – Reconhecido com uma política pública, o USF tem amparo na Lei nº 16.643/2010 e compromisso com temas socioeconômicos. As ações de extensão apoiadas pelo programa são desenvolvidas, predominantemente, nas cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e periferias dos grandes centros urbanos, como Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Paranaguá, Toledo, Apucarana e Umuarama.

Segundo o coordenador da Unidade Gestora do Fundo Paraná, Luiz Cézar Kawano, o programa contribui para ampliar e fortalecer a educação superior e consolidar a interação entre as universidades e a sociedade. “O conhecimento científico gerado por meio da pesquisa e disseminado pelas atividades de extensão universitária representa um fator essencial para a formação profissional, capaz de promover o desenvolvimento econômico, social e cultural no Paraná”, explica.

POLÍTICA DE EXTENSÃO – A padronização para as ações extensionistas das instituições estaduais de ensino superior paranaenses estão alinhadas com a Política Nacional de Extensão Universitária, estabelecida em resolução do Ministério da Educação (MEC). No Paraná, as áreas prioritárias se orientam pelas diretrizes pactuadas no Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (Forproex), de 2012, considerando os planos estratégicos de cada universidade.

O documento paranaense é um instrumento relevante na elaboração de subsídios científicos e tecnológicos para execução de projetos de extensão nas universidades. As instituições estaduais de ensino superior estão distribuídas estrategicamente no cenário regional do território estadual e são fundamentais para contribuir com as políticas públicas governamentais em favor da população e de forma articulada com a formação profissional dos estudantes.

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QUALIFICAÇÃO – A Seti também destinou aporte de R$ 226,7 mil do Fundo Paraná para a promoção de um curso de formação extensionista para professores, estudantes e profissionais da carreira técnica-administrativa de instituições de ensino superior, públicas e privadas. Com carga horária total de 180 horas, o conteúdo será aplicado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em formato híbrido, com atividades presenciais e remotas síncronas e assíncronas.

O objetivo é atender demandas do processo de curricularização das atividades de extensão, com previsão de capacitar, inicialmente, 350 pessoas ao longo de seis meses. A programação abrange sete módulos, com temas como: planejamento, desenvolvimento e avaliação de práticas extensionistas; gestão de políticas para a extensão universitária; e ações extensionistas como instrumentos pedagógicos na transformação social; entre outros.

Serviço:

Inscrições: até 10 de fevereiro – Edital

Divulgação das propostas classificadas: a partir de 28 de abril

Prazo para execução dos projetos: um ano, conforme plano de trabalho proposto

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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