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Governo do Paraná promove a Primeira Conferência dos Povos Indígenas

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A 1ª Conferência Estadual dos Povos Indígenas do Paraná teve início nesta sexta-feira (1º) com a abertura oficial em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado. O  evento, promovido pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), segue até este domingo (3) com a eleição dos primeiros conselheiros indígenas da história do Paraná.

No início das atividades, a secretária estadual da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, destacou a presença de representantes do Governo Federal, secretarias de governo, indígenas e cumprimentou os conferencistas.

Para a secretária, a eleição não é apenas um marco inclusivo, mas um sinal claro do compromisso do Governo do Paraná com a representatividade efetiva dos povos indígenas na formulação de políticas públicas.

“Ao eleger seus representantes aqui, em meio a este encontro, estamos abrindo um novo capítulo na história do nosso estado. Um capítulo onde as vozes indígenas são não apenas ouvidas, mas são peças fundamentais no processo decisório”, afirmou.

O procurador-geral do Estado, Luciano Borges, disse que o evento é um marco na história do Paraná. “Aquilo que os senhores pleitearam por mais de 20 anos nessa geração nós estamos concretizando hoje, através dessa conferência, que é o instrumento para definir as políticas públicas daqui para frente”, enfatizou. “Isso demonstra uma preocupação de resgatar uma dívida histórica com a dignidade das etnias desse povo que foi oprimido e dizimado por mais de cinco séculos”, acrescentou.

Douglas Jacinto da Rosa, coordenador geral de Proteção Territorial na Secretaria de Direitos Ambientais, Direitos Territoriais dos Povos Indígenas, Ministério dos Povos Indígenas, disse que ver esse esforço no Estado do Paraná certamente vai render bons frutos às comunidades indígenas e o governo federal a partir do Ministério dos Povos Indígenas se coloca à disposição para a tornar esse fluxo cada vez mais qualificado. “De modo que a gente consiga chegar a todas as comunidades indígenas aqui do Paraná e do Brasil, de modo geral”, afirmou.

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ATIVIDADES – Durante três dias, representantes da sociedade civil, do poder público e órgãos ligados às questões indígenas vão dialogar e discutir ações que fortaleçam a causa indígena, respeitando a diversidade étnica e cultural paranaense. No domingo, último dia do encontro, será realizada a primeira eleição de membros do conselho e elaborado um documento que reúne as propostas discutidas ao longo da conferência.

O líder da etnia Kaingang, Cacique Miguel Alves, defende que a população indígena deve acreditar que o conselho irá funcionar de uma forma paritária para beneficiar todas as comunidades indígenas, etnias e povos. “O nosso objetivo é que tenhamos acesso, dentro da política do Governo do Estado, das ações de projetos indígenas”, afirmou.

O encontro é o primeiro envolvendo o tema no estado e reúne organizações não governamentais e governamentais que atuam diretamente nas demandas e políticas referentes aos povos indígenas do paraná, das etnias kaingang, guarani, xetá e demais comunidades indígenas do nosso estado.

CONSELHO – Em abril, a Lei n° 21.430/2023, sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, criou o Conselho Estadual dos Povos Indígenas do Paraná (CEPI/PR) que deu origem à criação da 1ª Conferência Estadual dos Povos Indígenas. Ao todo, 26 conselheiros serão eleitos representando a sociedade civil e poder público, sendo 11 obrigatoriamente indígenas.

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De acordo com o líder indígena do povo Guarani, Cacique Everton Lourenço, algumas prioridades foram elencadas para serem debatidas na conferência. “A primeira é moradia, pois há muito tempo não há construção de moradia dentro das nossas comunidades, o acesso ao saneamento e à Educação”, explicou.

A diretora de Igualdade Racial, Povos e Comunidades Tradicionais da Semipi, Clemilda Santiago Neto, ressalta que a criação do conselho atende a uma reivindicação de mais de 20 anos dos povos indígenas.

“Ele representa um espaço de garantia de direitos os quais estão assegurados na Constituição Federal desde 1988”, destaca. “Também será um espaço de promoção e fortalecimento da autonomia destes povos na construção de políticas públicas que contemplem seu direito à vida, ao desenvolvimento sustentável, respeitando sua trajetória histórica, sua organização social e sua cultura”, acrescentou.

“É um acontecimento muito importante no nosso meio indígena. Até então, a gente nunca tinha tido uma oportunidade de formar esse conselho dos povos indígenas, e agora é um grande passo que a gente tá dando”, disse a líder da etnia Xetá, Indioara Luiz Paraná, da Aldeia Kakané Porã.

PARTICIPAÇÕES – Estiveram presentes na cerimônia de abertura os deputados estaduais, professor Lemos, e Goura. Representantes de municípios que possuem comunidades indígenas em seus territórios também estiveram presentes.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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